segunda-feira, 30 de março de 2009

O sorriso que saiu com muita dificuldade


Jornais brasileiros, como o “LANCE!” já faziam as contas. Com Rubens Barrichello, na primeira fila, o Brasil poderia chegar a 100ª vitória na Fórmula 1 – Senna 41, Nelson Piquet 23, Fittipaldi 14, Massa 11, Barrichello 9 e José Carlos Pace uma –.

As contas e esperanças ficaram na largada, quando com problemas na embreagem, a BGP001 do brasileiro demorou a sair do lugar. Não bastando isso, Barrichello ainda sofreu dois leves toques, logo na primeira curva. O primeiro do finlandês Heikki Kovalainen, da McLaren, que acabou com o difusor do carro da Brawn Gp – farei um texto explicando a função desta tal peça mágica –. “Quando a McLaren me acertou na traseira, quebrou o danado difusor, aquele que todo mundo fala que é o motivo de a gente estar melhor. Corri o GP todo com ele quebrado, o que mostra que o carro é robusto” contou o brasileiro ao site esportivo da globo. No mesmo momento da prova, Rubinho ainda se tocou com o piloto da casa Mark Webber, da RBR. A batida quebrou o lado esquerdo da asa dianteira do piloto brasileiro. Mesmo assim ele seguiu na corrida.

A sorte começou a partir para o lado de Barrichello, na 10ª volta, quando – o que nos últimos anos era inpensável – o protagonista deste texto, ultrapassou o finlandês da Ferrari, Kimi Raikkonen. Para não dizer só da ultrapassagem, Rubinho ainda tocou no ex-campeão mundial, o que danificou ainda mais a asa que já estava comprometida. Com 6 voltas mais, Nico Rosberg, da Williams, parou nos boxes. Com problemas na troca do pneu dianteiro esquerdo, o alemão ficou 21,1 segundos parado. Bom para Rubinho.

Na 18ª volta – no momento certo –, Kazuki Nakajima, o japonês da Williams, se perdeu após passar por cima de uma zebra, e bateu de bico, nos muros de Albert Park. O Safety Car, fez sua primeira apresentação no ano, e Barrichello aproveitou para fazer sua parada e consequentemente a troca do bico com a asa danificada. A parada foi de 22,2 segundos, e o brasileiro caiu para 10º. A partir daí, muitos problemas e erros. Iniciados com Nelsinho Piquet, da Renault. Raikkonen, e Felipe Massa da Ferrari, também abandonaram. Rosberg, com os pneus gastos, foi perdendo posições. Os que não pararam no pit stop, foram parando e Rubinho já era o 4º. Há 3 voltas do fim o polonês Robert Kubica – apressado – da BMW, tentou a ultrapassagem em cima de Sebastian Vettel, o alemão promissor da RBR. A disputa pelo segundo lugar, acabou fora das pistas. Pois por fora, Kubica tentou a investida, mas Vettel, espalhou na curva – devido aos pneus – e colidiu com o polonês.

Podia ser uma dobradinha comum – já que Jenson Button, o inglês da Brawn GP venceu –, mas a sorte premiou Barrichello, apesar dos erros, com o segundo posto da corrida. “Eles (Brawn) estão em outro nível. Se a Corte de Apelações não fizer nada no dia 14, então eu acho que eles vão ganhar as 17 provas”. Comentou o espanhol Fernando Alonso, da Renault, para o site esportivo da globo.

Que seja assim Alonso, e pelo andar da carruagem, apesar dos apesares, a sorte parece estar favorecendo o brasileiro. O andamento do circo da F1 responderá, mas o ano do título chegou.

domingo, 29 de março de 2009

A Formula 1 esta louca...

Assim como os freios de Nelsinho Piquet. Pelo menos, foi assim que ele qualificou seus freios após sua saída de pista: “Os freios ficaram loucos.”. Mas está tudo louco, é impossível determinar posições faltando três voltas para o término da corrida.
Os pneus estão falando mais alto. Quem tem mais pneu no fim da corrida, chega na frente. Que o diga Nico Rosberg (Williams), na volta 52 estava em 5º, na volta 54 já estava em 9º com o desgaste dos pneus.
Santa seja a sorte de Barrichello (e Hamilton também), depois de largar mal, cair para 7º lugar, ter que trocar a asa dianteira, ficar 20 segundos parado nos boxes, fazer uma ultima parada faltando 8 voltas para o fim da corrida e graças aos senhores Robert Kubica e Sebatien Vettel (“Desculpe a todos” – Disse Vettel após a batida) que bateram à 3 voltas do término da corrida, Barrichello chegou em 2º.

E novamente o atual campeão Hamilton brigou por posição com Felipe Massa, porém...valendo o 10º lugar (Massa que saiu na volta 46 com problemas na sua Ferrari e Hamilton - que havia chegado em 4º - herdou o 3º lugar após a punição ao piloto Italiano Jarno Trulli, acusado de ultrapassa-lo com o carro de segurança na pista).

Bonita mesmo foi a corrida de Jenson Button (companheiro de equipe de Barrichello), largou bem, seus pneus duraram, ele liderou de ponta a ponta, nenhum susto visível, sempre manteve uma margem de 2 a 5 segundos de diferença para o 2º colocado (que durante toda corrida foi Vettel) e ganhou de forma tranqüila, mostrando que pode ser um dos favoritos ao título mundial.
Como a corrida terminou com Safety Car (carro de segurança) na pista, todos os pilotos terminaram praticamente juntos e Button teve tempo suficiente para cruzar a linha de chegada "devagar". Importante ressaltar, sobre a Brawm GP, que foi a primeira vez desde 1954 que uma equipe fez dobradinha na estréia.

Confira as loucuras dos tempos finais do GP de Melbourne, Austrália:

Piloto Equipe Tempo
1 - J. Button (Brawn GP) - 58 Voltas em 1h34m15s784
2 - R. Barrichello (Brawn GP) - a 0s 807
3 - L. Hamilton (McLaren) - a 2s 914
4 - T. Glock (Toyota) - a 4s 435
5 - F. Alonso (Renault) - a 4s 879
6 - N. Rosberg (Williams) - a 5s 722
7 - S. Buemi (STR) - a 6s 004
8 - S. Bourdais (STR ) - a 6s 298
9 - A. Sutil (Force India) - a 6s 335
10 - N. Heidfeld (BMW Sauber) - a 7s 085
11 - G. Fisichella (Force India) - a 7s 374
12 - J. Trulli (Toyota) - a 26s 604 (punido)
13 - M. Webber (RBR) - a 1 volta
14 - S. Vettel (RBR) - a 2 voltas
15 - R. Kubica (BMW) Sauber - a 3 voltas
16 - K. Raikkonen (Ferrari) - a 3 voltas
17 - F. Massa (Ferrari) - a 12 voltas/mecânico
18 - N. Piquet (Renault) - a 33 voltas/acidente
19 - K. Nakajima (Williams) - a 40 voltas/acidente
20 - H. Kovalainen (McLaren) - a 58 voltas/acidente
Volta mais rápida: Nico Rosberg (Williams) - 1m27s706

Próxima corrida: Sepang, Malásia – 5 de abril, 6h da manha.
(Lembrando que o Bolão do 1º GP ja esta no ar, confira o "ótimos" apostadores:
Bruno Gerhard para o 1º GP

terça-feira, 24 de março de 2009

Vai acabar

Chega. Especulações, idéias, malandragens, ansiedade, etc. Tudo isso chega ao fim nessa semana. A partir das 22h30 de quinta, a Sportv transmite o primeiro treino livre da nova Fórmula 1. Daí em diante, o fã da Fórmula 1 não fará mais contas, não fará previsões no escuro. Tudo estará às claras.

Quase nenhuma mudança nos cockpits. As únicas que ocorreram foram na equipe que leva o nome da empresa austríaca de bebidas energéticas, Red Bull. Na RBR, equipe principal – que mesmo sendo a toda poderosa, ficou atrás da prima mias nova em 2008, e leva em seu chassi os números 14 e 15 –, o veloz alemão Sebastian Vettel, autor da façanha de colocar a STR à frente da RBR, agora pilota pela equipe de cima. Ele substitui o aposentado escocês David Coulthard. Já o STR4, que perdeu Vettel para a equipe de cima, trouxe no lugar do alemão, o suíço Sebastien Buemi, dono do carro de número 11.

A dança das cadeiras parece não ter acontecido na F1 este ano. Apesar da mudança da Honda, para Brawn GP, mesmo assim os pilotos seguiram os mesmo, o inglês Jenson Button e o brasileiro Rubens Barrichello.

A grande mudança ficou mesmo no regulamento, que mudou completamente a visão dos torcedores e dos especialistas em relação as equipes e pilotos – aliás a mudança que colocaria o campeão com o maior número de vitórias e não de pontos, foi por água à baixo –. A toda poderosa Mclaren já não é poderosa assim. O brasileiro Barrichello já não é mais um piloto em fim de carreira e sim o grande nome ao título mundial. Independente de tudo isso, a dança das cadeira devem voltar em 2010, já que 12 pilotos tem seu contrato finalizado esse ano – Kovalainen, Alonso, Piquet, Heidfeld, Rosberg, Nakajima, Vettel, Bourdais, Fisichella, Sutil, Barrichello e Button –.

Fique tranquilo amigo torcedor. A ansiedade vai acabar. Confira lista dos números para o ano de 2009, que a FIA anunciou na segunda-feira:

1. Lewis Hamilton – McLaren
2. Heikki Kovalainen – MaLaren

3. Felipe Massa – Ferrari
4. Kimi Raikkonen – Ferrari

5. Robert Kubica – BMW Sauber
6. Nick Heidfeld – BMW Sauber

7. Fernando Alonso – Renault
8. Nelsinho Piquet – Renault

9. Jarno Trulli – Toyota
10. Timo Glock – Toyota

11. Sébastien Bourdais – STR
12. Sébastien Buemi – STR

14. Mark Webber – RBR
15. Sebastian Vettel – RBR

16. Nico Rosberg – Williams
17. Kazuki Nakajima – Williams

18. Adrian Sutil – Force India
19. Giancarlo Fisichella – Force India

20. Jenson Button – Brawn GP
21. Rubens Barrichello – Brawn GP

sábado, 21 de março de 2009

Enquanto isso na McLaren...

Imagem: globo.com

Faltam oito dias para a primeira largada da Fórmula 1 2009. O tempo está correndo e a McLaren não. Para os adeptos da escuderia (que no Brasil são muitos, principalmente depois da era Ayrton Senna) a primeira corrida poderia ser adiada em pelo menos um mês.

Durante a pré-temporada, foi possível identificar problemas no carro da equipe, o MP4-24. Os tempos não foram bons e a tal asa traseira estava colocando um ponto de interrogação na história. Enfim a equipe resolveu assumir o erro e comprovar o que estava sob suspeita:
“Iremos para Melbourne com expectativas realistas(...) Começaremos a temporada totalmente cientes de que não temos ainda um pacote técnico que permita uma luta pelos primeiros lugares aos nossos pilotos", disse o novo chefe da equipe Martin Whitmarsh. Porém, o mesmo mostrou que a equipe está confiante e determinada: "Apesar de tudo, começamos a nossa temporada com grande determinação para voltarmos a andar na frente e não descansaremos até termos feito isso. E o mais importante: não esquecemos como vencer".

Resta a equipe as esperanças e o bom trabalho. Tendo em vista temporadas anteriores, um carro que costuma “nascer” ruim, com algum tipo de problema, não tende a melhorar muito. Talvez, pelo tamanho da McLaren e por sua experiência na Fórmula 1, ela poderá provar o contrário surpreendendo a todos, mas acredito que, se houver alguma reação, será do meio da temporada para frente (caso da Renault no ano passado) porém, poderá ser tarde de mais.
Boa Sorte a equipe, aos fãs da McLaren e da Formula 1. Respostas a partir de Domingo, 29 de março, 3 horas da manha, não perca.

Bruno Gerhard para o 1º GP.

quinta-feira, 19 de março de 2009

FIA apronta mais um tempero para 2009

E a nova Fórmula 1, não para de incrementar suas regras. Nesta última semana a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), adotou mais uma para a lista. A decisão do campeão mundial agora é diferente. Não será o piloto que pontuar mais, e sim o piloto que vencer mais grandes prêmios. Por exemplo, mesmo que Lewis Hamilton, da Mclaren marque 89 pontos e Felipe Massa, da Ferrari, obtenha 87, o maior número de pontos não dará ao inglês o título mundial. Ele só receberá o título caso tenha mais vitórias que o brasileiro. Os pontos ficam em segundo plano, sendo critério de desempate, – nunca um campeonato ficou empatado no número do pontos, para uma decisão de título – caso Massa e Hamilton tenham o mesmo número de vitórias.

Caso o novo sistema fosse implantado desde o início da Fórmula 1, doze campeonatos teriam o desfecho diferente do que foi:



A Emoção termina mais rápido{-}

Com o sistema de vitórias, predominando para o título mundial, o campeonato poderá se tornar monótono. Se o piloto A, da equipe X, vence de cara 4 de 6 corridas, o que faremos com o piloto B, da mesma equipe X? Tal exemplo fica pior em uma equipe como a Ferrari, que possui dois pilotos com chance de título, o brasileiro Massa e o finlandês Kimi Raikkonen, o segundo campeão em 2007 – Raikkonen, inclusive venceu em 2007 o título da F1, de forma apertada, e como zebra, conseguindo um feito inédito na última corrida e ficando 1 ponto à frente de Hamilton. Caso o campeão fosse quem obtivesse mais vitórias, o finlandês correria em Interlagos como o grande favorito, já que era o piloto com mais vitórias até então (terminou o ano com 6 vitórias, contra 4 de Hamilton e Alonso) –. Logo as equipes terão de escolher o primeiro piloto. Aquele que vai lutar pelo título para defender a equipe. Ao segundo piloto, basta apenas a função de escudeiro, e a luta para... Quem sabe ser o vice do ano.

Reginaldo Leme, comentarista da TV Globo, discorda do novo sistema imposto pela FIA. “Não concordo com a mudança, não tem muito sentido o piloto com maior número de pontos durante o ano não ser o campeão. Há o risco de o campeonato ser decidido a 3 ou 4 provas do fim da temporada”. Exemplifica o comentarista para o jornal O LANCE, do dia 18 de março. Ex-piloto de Fórmula 1, Ingo Hoffman, também dá a sua opinião no mesmo jornal impresso. “É ridículo. Uma medida totalmente infundada que pode até mesmo fazer com que algumas equipes mandem um carro voltar aos boxes em uma determinada corrida, caso não tenham chance de vencer para poupar o equipamento” comenta o ex-piloto.

Hoje, pelo campeonato paulista de futebol, ignoraremos o Palmeiras, líder com 36 pontos. Digamos que o Corinthians – em segundo, 30 pontos – fosse o primeiro da tabela, e o São Paulo – terceiro, 29 pontos – fosse o vice-líder. O São Paulo seria o beneficiado com a nova regra, já que possui uma vitória a mais (9-8) que o Timão, portanto se o campeonato determinasse o campeão por ponto corridos, a equipe do Morumbi seria a vencedora. A regularidade acaba perdendo o valor.

Torna-se algo confuso. É esse o adjetivo que usa o espanhol bi campeão de Fórmula 1, Fernando Alonso, piloto da Renault. “Não entendo a necessidade de mudar as regras deste esporte constantemente. Acho que este tipo de decisões só pode confundir os torcedores” opina o asturiano em texto publicado no site de esportes da globo. De acordo com o correspondente na Europa, do jornal O LANCE, Luiz Fernando Ramos, é realmente isso que pensa a Associação dos Times de Fórmula 1 (FOTA). O jornalista transcreve a opinião da associação, dizendo que a medida só serviria para “tornar o esporte mais confuso para torcedores e patrocinadores”.

www.ddavid.com/formula1/images/piq1.jpg
O grande perdedor, caso o sistema já existisse seria o brasileiro Nelson Piquet, tri campeão mundial da categoria que perderia dois títulos, em 83 e 87.

Por outro lado... {+}

Nelson Piquet manteria o título de 81. Já que com o mesmo número de vitórias do concorrente da época, Alain Prost, o brasileiro venceria pelo critério de desempate, a soma de pontos. Piquet somou 50, contra 49 do francês.

Desempate esse que será a grande cartada para a luta dos pilotos até o final de cada prova. Em todos os anos de disputa da Fórmula 1, em 9 oportunidades (1958, 1961, 1964, 1976, 1981, 1984 – meio ponto – 1994, 2007 e 2008), a diferença do primeiro, para o segundo colocado.

Mesmo para leigos, o sistema de vitórias beneficia aquele que lutou mais pela vitória. Wagner Colluci, radialista profissional e leitor assíduo do 1º GP, não tem duvidas na sua opinião. “Quem ganha mais tem que ser o campeão, essa é a lei geral. Justo. É o cara que ganhou mais, pois se o outro manter a média de 2º e 3º, e ficar na frente no número de pontos, não será justo, pois ele não venceu nenhuma vez.

A opinião de Colluci cabe muito bem ao ano de 1958, onde o inglês Stirling Moss, pela equipe Vanwall, venceu 4 corridas, mas o campeão, foi o também inglês Mike Hawthorn, pela Ferrari, com apenas uma vitória.

http://luiscezar.blogspot.com/2008/07/melhores-fotos-de-2008.html
O número de vitórias sagrando o grande campeão, tornará lutas intensas pelo primeiro posto. Com um final de temporada eletrizante, com muitos pilotos com chance de título. A frieza de Kimi Raikkonen nada adiantará no momento de buscar regularidade. O torcedor se interessará mais pelo circo da velocidade. Quem sabe até, vendo pilotos diferentes frequentando o ponto mais alto do pódio. Gênios do volante é que não vão faltar.

Enfim...{-/+}

Seja qual for a sua opinião para a novo critério, tenha certeza que daqui uma semana, fortes emoções vão rolar nas pistas de todo o mundo. Para quem sabe o melhor ano da Fórmula 1. Só não vale ficar em cima do muro, como o amigo e estudante do 3º ano de publicidade e propaganda, Pedro Nami. “Eu acho polêmico. Pois ao mesmo tempo o piloto que teve mais vitórias teve seus méritos, mas o regular também, porque ficou lá em cima da tabela a temporada inteira, e as vezes o que mais venceu não ficou em cima da tabela o tempo inteiro” comenta.

Análise e dê sua opinião. Mas a resposta, deixo para os pilotos dentro da pista

domingo, 15 de março de 2009

Albert Park, o inicio


Albert park, Melbourne, Austrália. Este é o palco para o primeiro espetáculo do ano. Na categoria desde o dia 10 de março de 1996, quando substitui o GP de Adelaide (também na Austrália), o circuito é a porta de entrada tradicional para os anos da Formula 1. Sempre foi o “1º GP” nos anos em que esteve presente. Tentaram, e até mesmo chegou a sair o calendário de 2009 com o Gp do Bahrein sendo o primeiro da temporada, mas a tradição falou mais alto. Os fãs da Formula 1 já estão acostumados a esperar pelo GP de Melbourne para ver os novos carros. Convenhamos, ver a nova formula 1 no meio do deserto, apenas com areia por todos os lados - caso do Bahrein - não seria tão interessante quanto a corrida no parque de Melbourne, ao redor do lago que leva o seu nome.

O circuito é utilizado apenas uma vez por ano. Com isso, os pilotos enfrentam o problema do asfalto pouco aderente e grande desgaste dos freios.

Com o contrato renovado até o ano de 2015, o circuito já foi cotado para ter uma corrida noturna, o que não foi concretizado e provavelmente não será. O Problema do circuito é que a pista está se tornando cada vez menor (em questão de largura) em comparação aos novos circuitos que estão surgindo. O que impede ultrapassagens.

Como os carros que chegarão a Melbourne ainda não estarão com os 100% do seu potencial e confiabilidade, o Grande Prêmio traz muitas surpresas, já que, tem a maior taxa de quebras de todos os circuitos da temporada. Pilotos e carros que não costumam freqüentar o pódio, acabam subindo em um dos degraus para estourar a champanhe.
O Circuito tem muitas “pequenas curvas” e principalmente “chicanes”, que são curvas em formato da letra “S”.

Para os fãs de Felipe Massa, essa não costuma ser uma boa corrida, na Ferrari, por exemplo, em 2006 se acidentou na primeira curva, em 2007 chegou em sexto lugar e em 2008 teve problemas com o motor do carro.

Lembrando que esse ano, para melhor adaptação ao horário europeu, o GP vai acontecer às 17 h, horário local, (3 horas da manhã de sábado para domingo, horário de Brasília).

Seja Bem vindo ao circuito de Albert Park, anote na agenda e ligue o despertador, dia 29 de Março começa a temporada 2009 da Formula 1.

Abaixo um vídeo “onboard” (com a câmera do carro) de Lewis Hamilton, vencedor do Gp de 2008.
(Agradecimentos especiais para quem esta ajudando o blog. Eduardo, obrigado por fazer a nossa imagem de entrada)



sexta-feira, 13 de março de 2009

Nada se cria, tudo se transforma

Hoje é mais que moda ter um Messenger, é praticamente obrigação. Hora e outra a equipe de produção atualiza o programa, e você corre para baixar a nova versão. São sempre mudanças pequenas que lhe agradam ou não. Agora pense que de uma hora para outra, o Messenger que você tanto usa, muda drasticamente. Aparecem utilidades novas, as antigas desaparecem. Seria estranho no começo. E difícil até todos se adaptarem. Uns se sairiam melhor que outros.

É isso que sofre a Fórmula 1, nesta versão 0.9 (leia zero ponto nove). O carro está totalmente diferente dos anos anteriores. Ano em ano, as mudanças acontecem. Neste ano a mudança foi enorme. Tudo em favor do apaixonado por F1. Claro, que as mudanças aconteceram para que as – cada vez menores – ultrapassagens aumentem. Mas sim, pensando no divertimento dos fanáticos. Aos menos atentos aqui vão as principais mudanças do ano:

1) A asa traseira, esta mais alta e estreita.

2) Já a asa dianteira está mais comprida. No ano de 2008, cada ponta da asa chegava até a parte interna do pneu. Agora elas se estendem até o lado externo dos pneus.

3) Os pneus slicks voltam a ser usados. Eles não possuem sulcos (riscos no pneu ou rachaduras, como preferir) o que diminui o atrito com a pista e consequentemente traz mais velocidade.

4) Apêndices ou alegorias como as orelhas de dumbo (foto 1), os chifres (foto2), estão proibidos. A única restrição é a barbatana de tubarão, que ainda pode ser usada.

5) A regra para a troca de motores também mudou. Caso o motor quebre no treino classificatório, o piloto pode fazer a troca para a corrida, sem ser penalizado. Esta troca pode ocorrer 8 vezes, a partir da 9ª, o piloto passa a ser penalizado, perdendo posições no grid. Ou seja, 8 propulsores novos podem ser usados no ano.

6) A grande diferença para esse ano é a instalação do KERS. Aportuguesando, seria o sistema de recuperação de energia cinética. O KERS, visa aproveitar a energia que se acumula nos discos de freio, após cada freada. São necessárias aproximadamente 7 segundos de freadas (não precisa ser uma freada de 7 segundos, podem ser 7 freadas de 1 segundo por exemplo) para o KERS se acumular desta energia. Com o KERS abastecido, o piloto aciona um botão no volante, que transforma essa energia acumulada em 81,6 cavalos de potência, a mais para o motor. Esta potência adicional dura 6s67. A engrenagem que fica acoplada ao motor gira 64 mil vezes por minuto. Quebra à vista?

Espero que esteja mais fácil a visualização das mudanças para a versão 0.9 da Fórmula 1. E acabo tocando novamente no tema “surpresa”. Pois elas podem não parar nas mudanças, e sim no grid.

William Kayser para o 1º GP.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Equipes 2009 - Expectativas



Novas regras, novos carros, novos compostos de pneus, nova aerodinâmica, nova equipe e até mesmo novos pilotos. É assim que se apresenta a Formula 1 2009. As equipes estão reformuladas e os novos conceitos aerodinâmicos deixam um ponto de interrogação no ar.

Acompanhando os testes do inicio de ano, podemos chegar a algumas conclusões sobre as dez equipes que formarão o grid.

A atual campeã Ferrari, chega como favorita. Tráz bons desempenhos nos testes, algumas quebras a serem revistas, mas nada que outras equipes não tenham enfrentado.

A McLaren, vice-campeã, também apresenta problemas de quebras, mas o maior desafio da equipe se encontra na parte traseira do carro: a Asa. Fizeram uma nova asa que não funcionou. Os tempos nas ultimas semanas não são bons. Testaram o carro com a asa mais larga e baixa, do ano passado, voltaram com outra “nova asa” e os tempos continuam altos de mais. Com o fim dos testes, o melhor tempo da equipe é o 11º dentre todos os tempos. Segundo Ron Dennis – chefe da equipe -“ O carro não é tão rápido quanto gostaríamos que fosse”.

A Renault surge com ótimas expectativas, um Fernando Alonso sorridente, um Nelsinho Piquet preocupado e um carro horrível. Não no desempenho, mas no visual. A equipe tem mostrado evolução e se continuar nesse ritmo poderá lutar por vitórias. Alonso acredita que está na luta pelo titulo. Espero que lute mesmo, já que, no ano de 2010, a escuderia vai perder seu principal patrocínio o banco holandês ING.

A Williams demonstra esperança em um carro razoável. O queridinho do Sir. Frank (Williams), Nico Rosberg, espera bons resultados, ou então, deverá sair da equipe já no ano que vem – até logo então -.

A Toyota está na sua “ultima esperança”. Praticamente “lançando ultimatos” à FIA – Federação Internacional de Automobilismo - por sua própria falta de competência. Dizem que, se não obtiverem bons resultados esse ano, poderão deixar a categoria máxima do automobilismo em 2010, apesar das declarações do atual presidente da equipe, John Hovett, afirmando que estão garantidos na categoria até o ano de 2012 – será?.

A Red Bull Rancing trás o atual “queridinho da Formula 1” Sebatian Vettel. O Garoto mostrou que tem talento – Venceu o Gp da Itália em 2008 pilotando um carro mediano (STR) – mas precisa de um carro decente para colocá-lo (o talento) em pratica. Junto dele, vem o acidentado Webber, que finalmente deve ter o tal “bom carro” que sempre pediu. Considerado por muitos o carro mais bonito do ano, o modelo, que recebe o nome de RB5, foi desenhado pelo Rei da Aerodinâmica Adrian Newey.

A irmã pobre - queria eu ser pobre assim – da Red Bull, a Toro Rosso (STR), é um carro lançado há poucos dias e com pouco a ser analisado. Não deve nem chegar perto da vitória que conquistou no ano passado. No visual, é uma cópia modificada da RBR.

A BMW quer lutar pelo titulo. Não é o que os testes demonstram, mas a equipe está super confiante. Manteve os mesmos pilotos do ano passado – Kubica e Heidfeld –. Meu companheiro de Blog deve gostar da equipe, pois, foi a ultima “casa” do seu preferido, o Villeneuve.

A Force India chegou bem nos testes que fez. Segundo o aposentado David Coulthard, a equipe poderá ser a surpresa do ano – o que será que ele sabe que nós não sabemos? –. Na minha modesta opinião, preferia a pintura do carro do ano passado. Esse ano resolveram pintar o carro com as cores da bandeira da Índia. “Na minha perspectiva, podemos ganhar corridas talvez em 2010, mas em 2009 eu ficaria feliz se pontuarmos com regularidade” disse o chefe da equipe, Vijay Mallya. Na atual temporada a equipe usará motores Mercedes.

E por fim, a Brawn Rancing. Equipe nova, ótimos testes, novos utensílios aerodinâmicos. Jogo de Marketing ou agradável surpresa?

Respostas que somente o tempo nos dirá.

Bruno Gerhard para o 1º Gp

quarta-feira, 11 de março de 2009

Está dada a largada do 1º GP

Globo.com/esporte

Todo pontapé inicial é cercado de muita expectativa. Desde a abertura de algum evento ou o início de uma apresentação. Nomes, idéias, estilos, tudo se coloca em prova. Será bem recebido ou não?

A equipe Brawn Gp abriu suas portas finalmente. Já de início, surpreendeu muita gente com o nome de Rubens Barrichello como um dos pilotos titulares da equipe. Deixando de lado o primeiro sobrinho, Bruno Senna. Os nomes eram muitos – o mais forte Brawn Racing (inclusive acreditava nesse nome) –, mas na hora “H”, a tal Brawn Gp se tornou noticiada no Mundo todo.

Nada muito diferente deste blog. Com suas devidas proporções, tive juntamente com meu companheiro de blog, uma primeira dura missão. O nome. Algumas idéias ótimas pintaram, como por exemplo: “Aquecendo os motores” (finalista), “Paddock”, “12ª equipe” (mesmo sabendo que haverá 10 este ano), “Acelerando”, entre outros. Idéias mais fracas sempre se apresentam, e também não foi diferente. “Mangueira” (a idéia mais comentada entre os amigos), “Jovem F1”, “Pit Stop”, “Largada”, foram alvos fáceis de risadas, mas claro, todas elas idéias do meu parceiro (risos).

Nomes a parte, a Brawn Gp iniciou os testes em Barcelona, na Espanha, muito bem. No primeiro dia de testes (09-03), Jenson Button alcançou o 4º lugar. Barrichello no dia seguinte alcançou o 2º posto pela manhã, e terminou o dia em 3º. Algo surpreendente para a “nova equipe”. Até o prezado momento, Button já é o numero 2, com o tempo obtido pela manhã. Digo, acabei de olhar os tempos novamente, e as manchetes já noticiam que Button bateu a Ferrari de Massa, e cravou o primeiro tempo do dia.

Tudo se inicia com o sonho de fazer a diferença. Nada que não se tem futuro, se dá início. Ross Brawn e companhia tem sua carta na manga – deixando de lado se estão usando pouco combustível, o que é obvio –. O 1º GP, e não estou falando de Melbourne 29-03, começa por baixo e devagar. Mas com o mesmo intuito de todos que um dia ousaram dar o primeiro passo: Surpreender.

William Kayser para o 1º GP.