quarta-feira, 28 de julho de 2010

“Sakaram” o Karun

Sim, o dinheiro vale muito. Por isso não coloquei o título como: “A grana falou mais alto” ou “O poder do din-din”, já que isso é óbvio. Muitas vezes as pessoas fazem o inimaginável por dinheiro. Uma pena... mas o assunto aqui é outro: F1. A notícia é sobre o tal tema. A Hispania, time de Bruno Senna, seguirá com Sakon Yamamoto em um dos carros.

O japonês, que já pilotou a Super Aguri e a Spyker, segue no cockpit da HRT. Ele tomou o lugar de Senna, na Inglaterra, e ocupou o carro de Chandhok no último GP, na Alemanha. No próximo final de semana temos o famoso circuito de Hungaroring. Pelas previsões, quem fica de lado para a entrada de Yamamoto será o indiano.

Sem muito o que fazer, a Hispania deixa Senna – sempre mais veloz que os dois – com uma das vagas. A outra fica incrementada com os cerca de 30 milhões – em reais – vindos dos patrocínios de Yamamoto. A equipe afirma que Chandhok ainda correrá pela equipe este ano.

Quadro: PiPoCa

Em Cartaz: Os fantasmas de Scrooge

Tema de Hoje: Alonso X Massa
A história voltou a assombrar o Brasil. Não os mesmos personagens, mas o mesmo diretor. A Ferrari, mais uma vez, privilegiou o piloto com vantagem no mundial. Desde o fantasma de 2002, quando Barrichello cedeu a posição para Michael Schumacher, o jogo de equipe nunca foi tão descarado.

No filme em cartaz, Scrooge recebe a visita do fantasma do sócio – obviamente, já falecido. O homem rico e maldoso é informado que receberá três espíritos: O Natal passado, presente e futuro.

Se olharmos para trás, vemos inúmeros casos recentes deste tipo de troca de posição. Ocorreu muito na McLaren, entre 1998 e 1999, com Hakkinen e Coulthard. Era filosofia da equipe inglesa não permitir as lutas internas, já que isso prejudicaria na briga pelo título mundial.

Em setembro o julgamento será feito para punir ou não a Ferrari com relação ao campeonato – a multa em dinheiro já existe. Espero que o conselho da FIA, que decidirá isso em Paris, tenha bom senso e não permita o jogo de equipe descarado. É o momento de acabar com o fantasma da F1 futura, antes que seja tarde e o esporte seja marcado por manipulações atrás de manipulações.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Mais um recorde para Barrichello

or Bruno Gerhard

Barrichello ao lado de "The Stig", o piloto misterioso

Dessa vez não foi nada relacionado ao tempo que Barrichello está na Formula 1, mas também está relacionado a tempo.
No caso, o brasileiro  quebrou o recorde da pista particular do programa “Top Gear”, da rede BBC2. Rubens Barrichello dirigiu um Suzuki Liana e venceu seus desafiantes, entre eles Hamilton e Button.
Veja os tempos:
1 – Rubens Barrichello – 1m44s3
2 – The Stig – 1m44s4
3 – Nigel Mansell – 1m44s6
4 – Lewis Hamilton – 1m44s7 (no molhado)
5 – Jenson Button – 1m44s7
6 – Jenson Button – 1m44s9 (no molhado)
7 – Damon Hill – 1m46s3
8 – Mark Webber – 1m47s1 (no molhado)
Assista ao vídeo do programa (sem legendas). Uma entrevista muito boa (não estranhem as letras do painel no estilo “ambulância”, o vídeo foi gravado “ao contrário”):




“Nada mau para o piloto número 2″

Por Bruno Gerhard
Webber comemora vitória e ironiza Vettel

Com essa frase sarcástica Mark Webber agradeceu a equipe ontem, quando venceu o grande prêmio da Inglaterra (só fez isso só). Para quem não entendeu, eu explico.
A equipe RBR, onde corre o australiano vencedor do Gp de ontem, atualizou o carro para ter um melhor desempenho. A atualização foi na asa dianteira do carro. Duas peças foram feitas, uma para cada piloto. Porém, Vettel quebrou a asa do seu carro durante o treino. A equipe, devido a classificação no campeonato e aos treinos livres de sábado, onde Vettel estava melhor, resolveu tirar a asa dianteira do carro de Webber e coloca no carro de Vettel. Logo, Webber considerou-se o segundo piloto, aquele que não recebe as atualizações antes do companheiro, que fica no “prejuízo” e, ao ganhar a corrida, ironizou a equipe falando para que o mundo inteiro ouvisse: “Nada mau para o piloto número 2″.
Após a corrida Webber ainda se mostrou decepcionado com a equipe e disse que não renovaria o contrato se soubesse que isso aconteceria. Nunca teria renovado se soubesse que fariam isso comigo. Fiquei decepcionado. Vamos ver como será no futuro. Continuarei a agir da mesma forma e espero que tenha acabado. Tive vários obstáculos na minha carreira, às vezes no lado pessoal. Acho que podemos julgar o caráter de uma pessoa vendo como ela reage a uma adversidade. Tenho um pouco mais disso que os outros pilotos”

                A asa da discórdia

Isso deixa claro que a batida entre os dois pilotos no GP da Turquia, quando Vettel fez sinais de que Webber era louco, não foram engolido por nenhum dos dois pilotos e que o clima tende a esquentar na RBR.

Um momento, digamos…tenso!
O destaque vai para Rubens Barrichello, que ótima corrida levando a equipe Williams “nas costas”. Chegou em 5º e agora tem 29 pontos, ao contrário do companheiro Nico Hulkenberg que até o momento fez apenas 2.
Confira o resultado final da corrida de Silverstone:
1 – Mark Webber (AUS/RBR) – 52 voltas em 1h24m38s200
2 – Lewis Hamilton (ING/McLaren) – a 1s360
3 – Nico Rosberg (ALE/Mercedes) – a 21s307
4 – Jenson Button (ING/McLaren) – a 21s986
5 – Rubens Barrichello (BRA/Williams) – a 31s456
6 – Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) – a 32s171
7 – Sebastian Vettel (ALE/RBR) – a 36s734
8 – Adrian Sutil (ALE/Force India) – a 40s932
9 – Michael Schumacher (ALE/Mercedes) – a 41s599
10 – Nico Hulkenberg (ALE/Williams) – a 42s012
11 – Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) – a 42s459
12 – Sebastien Buemi (SUI/STR) – a 47s627
13 – Vitaly Petrov (RUS/Renault) – a 59s374
14 – Fernando Alonso (ESP/Ferrari) – a 1m02s385
15 – Felipe Massa (BRA/Ferrari) – a 1m07s489
16 – Jarno Trulli (ITA/Lotus) – a 1 volta
17 – Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) – a 1 volta
18 – Timo Glock (ALE/Virgin) – a 1 volta
19 – Karun Chandhok (IND/Hispania) – a 2 voltas
20 – Sakon Yamamoto (JAP/Hispania) – a 2 voltas
Não completaram:
Jaime Alguersuari (ESP/STR) – a 8 voltas/rodada
Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) – a 23 voltas/asa traseira
Robert Kubica (POL/Renault) – a 33 voltas/mecânico
Lucas di Grassi (BRA/Virgin) – a 43 voltas/hidráulico
Melhor volta: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) – 1m30s874, na 52ª

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Hamilton vence e assume a ponta do mundial

Por Bruno Gerhard

Hamilton, 13ª vitória na carreira
Após largar na pole o inglês Lewis Hamilton venceu o GP do Canadá, conquistando a décima terceira vitória na carreira no mesmo lugar em que conquistou a primeira vitória, no ano de 2007.
A largada foi conturbada. Felipe Massa, que largou em sexto, se chocou com Liuzzi, precisou trocar o bico e fez uma corrida de recuperação. No final da corrida, quando tentava ultrapassar Schumacher, foi fechado, danificou a asa dianteira da Ferrari e teve que trocá-la. Resultado: 15º lugar (com uma punição de vinte segundos por exceder a velocidade máxima (60 Km/h) nos boxes.

Schumacher fecha a porta para Massa que acaba quebrando a asa dianteira.
A turma da RBR, tão acostumada com as vitórias em 2010, acabou ficando com o quarto e com o quinto lugar, respectivamente Vettel e Webber.

Hamilton não deu chances para a RBR
Outro destaque da corrida foi Fernando Alonso, o excelente espanhol chegou em terceiro, mas liderou a corrida por alguns momentos. Hamilton aproveitou a falha de Alonso na tentativa de ultrapassar Buemi, que no momento era líder da prova (sim, Buemi era líder da prova) e tomou o lugar de Alonso que não se recuperou mais.

Buemi (a frente), seguido por Hamilton e Alonso. Momento em que o inglês da McLaren assumiu a liderança da prova.
Os dois últimos destaques ficam para Lucas Di Grassi (19º), que apesar do carro ruim conseguiu terminar a corrida sempre andando à frente do companheiro de equipe Timo Glock e, também para Karun Chandhok, que terminou em 18º, ou seja, completou a corrida e ainda chegou na frente da Virgin de Di Grassi.

Com a vitória Lewis Hamilton chega aos 109 pontos, três a mais que Jenson Button e seis a mais que Mark Webber, assumindo a liderança do mundial de pilotos, tal qual a McLaren assume a liderança do mundial de Construtores com 215 pontos.

Confira o resultado da corrida:
1 - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1h33m53s456
2 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 2s254
3 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 9s214
4 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - a 37s817
5 - Mark Webber (AUS/RBR) - a 39s291
6 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 56s084
7 - Robert Kubica (POL/Renault) - a 57s300
8 - Sebastien Buemi (SUI/STR) - a 1 volta
9 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - a 1 volta
10 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
11 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 1 volta
12 - Jaime Alguersuari (ESP/STR-Ferrari) - a 1 volta
13 - Nico Hulkenberg (ALE/Williams) - a 1 volta
14 - Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 1 volta
15 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1 volta (punido)
16 - Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a 2 voltas
17 - Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a 2 voltas
18 - Karun Chandhok (IND/Hispania) - a 4 voltas
19 - Lucas di Grassi (BRA/Virgin) - a 5 voltas

Não completaram:
Timo Glock (ALE/Virgin) - a 20 voltas/mecânico
Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a 28 voltas/mecânico
Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - a 40 voltas/motor
Bruno Senna (BRA/Hispania) - a 57 voltas/câmbio
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 69 voltas/acidente
Melhor volta: Robert Kubica (POL/Renault) - 1m16s972, na 67ª

sábado, 12 de junho de 2010

Enquanto isso, na Fórmula 1

Em meio ao maior espetáculo da Terra, a F1 está um pouco de lado no final de semana. Enquanto vemos algumas surpresas no mundial da FIFA, no Canadá, tudo conforme o esperado. Jenson Button liderou o primeiro treino livre e Sebastian Vettel, com o melhor tempo do final de semana, fez a melhor marca no segundo.

A pista do Canadá é caracterizada pelo muro que sempre está pertinho dos carros. Quanto mais próximo, mais rápida é a performance dos pilotos, porém, com mais possibilidade de batida. As zebras também são muito atacadas no GP. Os pilotos reclamaram muito da aderência da pista: suja, fez com que algumas equipes tivessem problemas de pneus, como a RBR de Vettel.

Entre os brasileiros, Massa e Barrichello estiveram mais regulares. O piloto da Ferrari foi 5º no segundo treino e andou forte. Ele fez vários testes no carro. Rubinho chegou a andar entre os 10 mais rápidos e deve lutar pelos pontos no final de semana. Bruno Senna esteve mais lento que Chandhok nos dois treinos. Lucas di Grassi não foi bem. Ele terminou em último lugar.

A corrida e o treino classificatório seguem com a possibilidade de chuva. A água chegou a cair, mas bem antes dos treinos livres, portanto, não chegou a atrapalhar em nada. Mesmo com o show do futebol, a F1 não para.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Copa do Mundo ou Fórmula 1?

Para muitos será difícil escolher entre a F1 e a Copa. Claro, de 4 em 4 anos, o evento do futebol é o mais importante com relação aos esportes. Mas o GP do Canadá é a corrida perfeita para segurar os fãs, pelo menos nas poucas horas entre treino e corrida. Mesmo assim, a sua dúvida vai acabar agora.

No horário de Brasília, a Fórmula 1 deve começar às 13h. Os horários da Copa, sempre com relação ao fuso brasileiro, são 8:30, 11:00 e 15:30. Isto mesmo, você poderá assistir Sérvia e Gana, às 11 de domingo, a corrida, a partir das 13h, e a estreia da Alemanha, às 15:30, contra a Austrália. Final de semana para lá de esportivo.

Além da magia da Copa, o GP do Canadá sempre reserva grandes surpresas. Com muitos acidentes e quebras a prova deve ser muito boa.Geralmente as provas acabam com poucos carros na pista e com equipes menores na zona de pontuação, como no caso da Super Aguri – lembra dela? – em 2007. Takuma Sato terminou a prova canadense no 6º lugar.

Os resultados finais sempre são diferentes e inesperados. Em 2007, por exemplo, a corrida reservou a primeira vitória de Lewis Hamilton. Ao lado do inglês, no pódio, Nick Heidfeld ficou no segundo lugar e Alexander Wurz, da Williams, completou o terceiro degrau – boa sorte para Barrichello.

Naquele mesmo ano, o acidente de Robert Kubica ficou marcado para muitos. O polonês, no ano seguinte, em 2008, se redimiu: venceu a prova, a primeira da carreira. Uma dobradinha fantástica da BMW, com Heidfeld em 2º. David Coulthard, pela então visitante rara de pódios, a RBR, terminou no 3º lugar.
Surpresas aguardam ao fã confesso da F1. Para aqueles que gostam de assistir só a largada, é a boa chance de conferir a prova do início ao fim. Basta emendar com a Copa e assistir uma corrida sempre caótica, que ainda deverá ter um ótimo gostinho: de acordo com a previsão, a chuva pode cair.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Quadro: PiPoCa F1

Em cartaz: O príncipe da Pérsia: As areias do tempo

Tema de hoje: Fernando Alonso

Alonso precisa voltar a sorrir. Já faz tempo desde que ele venceu nas areias do Bahrein, a primeira corrida do mundial. O príncipe, não de Pérsia, mas das Astúrias, de lá para cá, só colecionou resultados amargos. Foram quatro corridas atrás de Massa. Na terceira etapa, se já não bastasse as primeira derrotas para o companheiro, Alonso viu o brasileiro assumir a ponta do mundial.

O motor da Ferrari do espanhol também deixou a desejar. Inúmeros problemas fizeram o motor italiano quebrar na mão do bicampeão. Além disso, as duas últimas corridas foram um caos desde o princípio. Em Mônaco, teve problemas no treino livre 3. O chassi do carro foi afetado e ele não andou no sábado. Na Turquia, o asturiano não chegou, seque, na Super Pole.


Finalmente na Ferrari e realizado – o sonho de menino era correr na equipe –, Alonso, agora, precisa voltar a ter um desempenho de campeão. Mesmo com uma maré de azar e alguns resultados ruins, ele não desgarrou dos líderes. Está em 4º no mundial, porém, a diferença para Webber cresce a cada prova. Já são 14 pontos de diferença para o primeiro colocado da tabela – 93 a 79.

O ponto positivo é que ele está na frente de Massa. O brasileiro não conseguiu resultados expressivos. Principalmente quando Alonso teve péssimas posições de largada. Não se pode duvidar do trabalho da Ferrari, que precisa suar para se nivelar à RBR. Muito menos do talento de Alonso. Uma prova como o Canadá, caótica e esquecida devido a Copa do Mundo, é fundamental para o príncipe das Astúrias voltar a sorrir.

domingo, 30 de maio de 2010

Maluquice: Dobradinha cai no colo da McLaren

O que parecia uma corrida decidida, se tornou uma das mais discutidas da temporada. Brigas dentro de casa são válidas? Na RBR, sim. Enquanto Mark Webber conseguia manter o ritmo para assegurar o primeiro lugar, Vettel fez questão de ir para cima. Mas no momento errado. O alemão freou em cima da curva, o carro balançou e acertou o australiano. A McLaren quase fez o mesmo, voltas mais tarde, porém, o toque foi insignificante. Hamilton venceu a primeira no ano.

Mordido desde o treino classificatório, Vettel assumiu o 2º lugar logo na primeira curva. O perdeu na mesma volta. Nas paradas de box, a velocidade do pit da Red Bull foi mais rápido que o da McLaren. Os ingleses deixaram Hamilton perder o 2º lugar. Enquanto isso, no pelotão de trás, Kubica sustentava a posição, enquanto atrás dele vinha Massa, Petrov e Alonso – demorou para chegar, pois largou em 12º.

A volta 40 foi a mais importante da corrida. Vettel, visivelmente mais rápido, atacou Webber na curva 12. O alemão não teve controle total do carro, que perdeu levemente o controle e acertou o companheiro. Pior para Vettel. O jovem saiu do carro muito bravo, e fez sinais de loucura para o acontecido. O australiano não agiu errado, apenas manteve a trajetória e não cedeu a posição.

A colisão entre as RBRs fez as duas McLarens pularem para a ponta. Vettel abandonou e Webber teve que parar para trocar o bico. Na volta 49, Button resolveu atacar o companheiro. “Na 12 eu o passei por fora. Por mais umas cinco curvas nós nos divertimos muito, mas foi difícil manter o 1º lugar”, comentou o campeão de 2009, logo após a corrida, em entrevista coletiva, transmitida pelo Sportv.

Nas últimas voltas as batalhas por posição não cessaram. Alonso deixou Petrov para trás. Pior para o russo, que tocou levemente na Ferrari e teve o pneu dianteiro direito furado – ele abandonou a prova. Alguersuari ainda tirou a felicidade de Kobayashi nas últimas voltas. O japonês era o 10º e estava marcando o primeiro ponto da Sauber. Porém, o espanhol da STR errou e devolveu os primeiros pontinhos do time suíço.

Agora, com também 3 vitórias no mundial, a McLaren assumiu a ponta, com um ponto a mais que a RBR. São 172 contra 171. A Ferrari é a terceira com 146. Apesar de “perder a vitória”, Webber é o líder com 93 pontos. Button e Hamilton estão logo atrás com 88 e 84 pontos. Sem pontos no dia, Vettel é o 5º com 78 pontos, atrás de Alonso, com 79.

1º Lewis Hamilton – McLaren – 1:28:47.620
2º Jenson Button – McLaren – +2.6
3º Mark Webber – RBR – +24.2
4º Michael Schumacher – Mercedes – +31.1
5º Nico Rosberg – Mercedes – +32.2
6º Robert Kubica – Renault – +32.8
7º Felipe Massa – Ferrari – +36.6
8º Fernando Alonso – Ferrari – +46.5
9º Adrian Sutil – Force Índia – +49.0
10º Kamui Kobayashi – Sauber – +65.6
14º Rubens Barrichello – Williams +1 VOLTA
19º Lucas di Grassi – Virgin + 3 VOLTAS

sábado, 29 de maio de 2010

Nada de Massa: Webber garante a 3ª pole seguida

O retrospecto de Felipe Massa lhe garantia um pequeno favoritismo para o GP da Turquia. Uma pena, o brasileiro cravou apenas a 8ª melhor marca do treino. Webber fez a Austrália marcar 3 poles seguidas novamente – a última vez foi em 1960, com Jack Brabham. A RBR marcou a 7º pole do ano, nada mais do que todas as que foram disputadas. Vettel, com problemas na suspensão do carro, larga em 3º.

Os grandes campeões da F1 tiveram problemas no sábado. Ao todo, 10 títulos mundiais foram prejudicados por erros próprios. O que mostra que apenas o talento não pode bater a forte RBR. Lewis Hamilton errou no 3º treino livre. Na colisão, após se perder na curva 8, o carro do inglês ficou com todos os pneus furados. Apesar do problema pela manhã, o piloto se recuperou e terminou o treino em 2º.

Michael Schumacher também terminou bem, porém, no final do treino, quase teve a corrida prejudicada. Sempre ela, a curva 8, difícil de ser contornada, teve o heptacampeão desgovernado. O motor da Mercedes do alemão morreu e ele não conseguiu voltar para os boxes. Amanhã ele larga no 5º lugar.

O último e mais prejudicado campeão da F1 foi Alonso. O espanhol deixou para os minutos finais a entrada no treino classificatório. Ainda no Q2, a segunda fase do treino, o piloto da Ferrari errou em uma das voltas. Com o pneu mole desgastado, o bicampeão não conseguiu se classificar para a Super Pole. Ele larga no 12º lugar.
Entre os outros brasileiro, Rubens Barrichello fez o possível para classificar a Williams para o Q2. Conseguiu – Liuzzi errou e teve poucas chances, acabou no Q1 –, ele larga em 15º. Bruno Senna andou mais rápido que Chandhok – novamente – e fez mais: ficou a frente da Virgin de Lucas di Grassi. O companheiro de Glock andou forte nos treinos livres, mas problemas de potência de motor deixaram o carro lento em retas. O que prejudicou o desempenho final.

Confira o grid para amanhã

1º Mark Webber – RBR – 1:26.295
2º Lewis Hamilton – McLaren – 1:26.433
3º Sebastian Vettel – RBR – 1:26.760
4º Jenson Button – McLaren – 1:26.781
5º Michael Schumacher – Mercedes – 1:26.857
6º Nico Rosberg – Mercedes – 1:26.952
7º Robert Kubica – Renault – 1:27.039
8º Felipe Massa – Ferrari – 1:27.082
9º Vitaly Petrov – Renault – 1:27.430
10º Kamui Kobayashi – Sauber – 1:28.122

11º Adrian Sutil – Force Índia – 1:27.525
12º Fernando Alonso – Ferrari – 1:27.612
13º Pedro de la Rosa – Sauber – 1:27.879
14º Sebastian Buemi – STR – 1:28.273
15º Rubens Barrichello – Williams – 1:28.392
16º Jaime Alguersuari – STR – 1:28.540
17º Nico Hulkenberg – Williams – 1:28.841

18º Vitantonio Liuzzi – Force Índia – 1:28.958
19º Jarno Trulli – Lotus – 1:30.237
20º Heikki Kovalainen – Lotus – 1:30.519
21º Timo Glock – Virgin – 1:30.744
22º Bruno Senna – Hispania – 1:31.266
23º Lucas di Grassi – Virgin – 1:31.989

24º Karun Chandhok – Hispania – 1:32.060

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Previsão turca: Foto da largada de domingo

Na sua opinião, a foto a cima prevê o grid de largada para amanhã? Não, obviamente, pela presença da Lotus e da Williams na segunda fila. Porém, com Webber na pole – ele tem três em seis corridas – ao lado de Alonso, pode ser bem provável. Nos treinos de sexta, entretanto, eles não brilharam como as Mclarens. Hamilton dominou o primeiro treino. Button fez o melhor tempo do dia no segundo: 1:28:280.

O momento de testar fica por conta dos treinos livres. RBR e Force Índia aproveitaram para utilizar os novos dutos aerodinâmicos. Na equipe austríaca apenas Vettel usou o composto. Enquanto algumas equipes procuram novas soluções para melhorar o rendimento do carro, a Hispania segue de mal a pior. Sakon Yamamoto estreou como piloto reserva do time. Ele fez tempos piores que alguns carros da GP2.

A Ferrari comemora o GP de número 800. Mas precisa melhorar muito para ter com o que se alegrar neste final de semana. No tempos agregados, Alonso ficou atrás das duas RBRs e McLarens. Massa foi apenas o 10º. O brasileiro – que possui ótimo retrospecto na Turquia – ainda errou na curva 8. Perdeu o carro e quase bateu.

Barrichello testou bastante a Williams. Fez tempos mais lentos que o parceiro Hulkenberg, porém, utilizou diferentes opções para o carro. Bruno Senna, mais uma vez, andou na frente de Chandhok. Na Virgin, di Grassi, com o carro atualizado – igual ao de Glock –, foi 3 décimos mais rápido que o companheiro. O revés da sexta foi o acidente de Adrian Sutil, no final do treino 1. Webber também teve problemas na RBR, mas mecânicos.
Confira os melhores tempos do dia

1 - Jenson Button (McLaren) - 1m28s280 (50)
2 - Mark Webber (RBR) - 1m28s378 (50)
3 - Sebastian Vettel (RBR) - 1m28s590 (57)
4 - Lewis Hamilton (McLaren) - 1m28s653 (52)
5 - Fernando Alonso (Ferrari) - 1m28s725 (50)
6 - Nico Rosberg (Mercedes) - 1m28s914 (46)
7 - Michael Schumacher (Mercedes) - 1m28s974 (46)
8 - Robert Kubica (Renault) - 1m29s225 (57)
9 - Vitaly Petrov (Renault) - 1m29s501 (60)
10 - Felipe Massa (Ferrari) - 1m29s620 (47)
11 - Adrian Sutil (Force Índia) - 1m29s629 (33)
12 - Nico Hulkenberg (Williams) - 1m29s987 (40)
13 - Kamui Kobayashi (Sauber) - 1m29s987 (54)
14 - Pedro de la Rosa (Sauber) - 1m30s176 (51)
15 - Sebastien Buemi (STR) - 1m30s386 (55)
16 - Vitantonio Liuzzi (Force Índia) - 1m30s627 (49)
17 - Rubens Barrichello (Williams) - 1m30s766 (51)
18 - Jaime Alguersuari (STR) - 1m30s933 (64)
19 - Heikki Kovalainen (Lotus) - 1m31s610 (61)
20 - Jarno Trulli (Lotus) - 1m32s990 (33)
21 - Lucas di Grassi (Virgin) - 1m33s013 (49)
22 - Timo Glock (Virgin) - 1m33s312 (44)
23 - Bruno Senna (Hispania) - 1m33s420 (35)
24 - Karun Chandhok (Hispania) - 1m33s740 (38)
25 - Sakon Yamamoto (Hispania) - 1m36s137 (26)

Por enquanto, só no rali

Kimi Raikkonen é o nome mais forte para assumir uma vaga para 2011 na Red Bull? Mas que vaga? Na última semana, Christian Horner, chefe da equipe RBR, deu a entender que Sebastian Vettel e Mark Webber devem seguir no ano que vem. Depois de duas vitórias seguidas, o australiano, líder do mundial, está há algumas assinaturas de renovar o contrato com os austríacos.

“Kimi comprometeu-se aos ralis. Ele parece estar desfrutando desse ambiente”, comentou Horner para a revista eletrônica Autosport. Webber vem desempenhando um papel muito importante no ano de 2010. Ele já venceu duas corridas e desponta como um dos principais nomes ao título deste ano.

Outras especulações começam a terminar. Os boatos de que Felipe Massa estaria de saída da Ferrari, estão menores. Para 2011, por enquanto, Kubica deve seguir na Renault. Diferente do que alguns achavam e já colocavam o polonês no lugar do brasileiro da equipe italiana. Outro assunto que está no fim é o fornecedor de pneus para 2011. Com o fim do contrato da Bridgestone, a Pirelli deve entrar na F1.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Carros da História: Lotus

Lotus

A equipe foi uma das grandes e tradicionais da Formula 1, permaneceu durante 36 anos na categoria e voltou este ano, mas apenas no nome, não tem nada daquela Lotus destaque nos anos 60 e 70. Foi na Lotus, em 1985, que Ayrton Senna conseguiu a primeira vitória (no circuito do Estoril, Portugal).

Confira os números que a história nos conta:
Ano de estréia: 1958 (2010)

Ano de saída: 1994
Vitórias: 73
GPs Disputados: 489
Campeonatos: 7 (1963, 1965, 1968, 1972, 1973 e 1978)
Pilotos que fizeram história na equipe: Innes Ireland, Mario Andretti, Jim Clark, Graham Hill, Jochen Ridnt, Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna.













Fotos: http://www.hweitzmann.net/

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Quadro: Minha PROVA

O 1º GP lança mais uma novidade: a interatividade. Agora é o momento de VOCÊ participar. Envie-nos um texto e conte qual foi a corrida de F1 que marcou sua vida. Envie para williamkayser@yahoo.com.br e tenha o seu texto publicado aqui. A equipe 1º GP ficará a espera da sua participação. Mostre aos amigos, familiares e colegas o dia que a F1 esteve mais do que presente em sua vida. Participe!

Felipe Botion, estudante, Maringá-PR, tema: "A primeira vitória de Barrichello"

Era manhã de 30 de julho de 2000. A corrida era na Alemanha, no belíssimo circuito de Hockenheim, mais conhecido como Floresta Negra.

Esse dia não foi especial somente para mim. Foi especial também para milhões de brasileiros que esperaram pouco mais de sete anos para ver a bandeira verde e amarela tremulando no alto do pódio da F1. Foi sensacional rever um brasileiro no lugar mais sonhado da F1.

Quando se encerraram os treinos no sábado, pensei comigo mesmo que o GP de domingo seria mais um como todos os outros. Vitória de Schumacher ou Mika Hakkinen. Rubinho era apenas o 18º no grid de largada. O motivo dele ter ido tão mal assim, não me recordo. E também nem vale a pena, né? O final que é importante lembrar. Um final feliz.

Acordei no domingo, às 9h da matina, meio desanimado para ver a corrida. Estava meio friozinho na quente Maringá-PR. Para sair da cama em um domingo de manhã e ainda por cima um friozinho tentador e chamativo, é somente por uma boa causa.

Ritual de sempre, ir na geladeira, encher um copo com leite com “toddy”, deixar por um tempo no microondas e depois ir para a sala ver a corrida.

Vamos à corrida. Logo na largada Schumacher e Fisichela se tocam, ambos ficaram de fora da prova. Ainda bem. E Rubinho, diferente de seu companheiro de equipe, largou muito bem. Logo na quinta volta, o brasileiro já ocupava a quinta colocação na prova. Mais algumas voltas para frente e o velho Rubens já ocupava o terceiro lugar.

Um fato que ajudou o Rubinho na corrida foi que um bêbado entrou na pista, deixando esse GP ainda mais conturbado. Rubinho tem sorte quando uns malucos entram na pista, vide o GP da Inglaterra em 2003.

Curada a ressaca do senhor bêbado, outro fato, bastante corriqueiro na F1, aconteceu: chuva. Praticamente todos os pilotos foram para os boxes trocar de pneus. Rubinho, não. Ele ficou firme e forte, mas logo atrás vinha o finlandês Hakkinen, tirando quase dois segundos por volta.

Não sei como que o Rubinho conseguiu segurar sua Ferrari naquela chuva. Só sei que eu estava sentado no sofá de casa torcendo, e muito, para aparecer logo no vídeo a famosa bandeirinha quadriculada. Hakkinen e Coulthard vinham atrás. Qualquer vacilo de Rubinho e pronto, fim de corrida.

Confesso que escrevendo esse texto, vi o vídeo dessa vitória umas sete vezes no Youtube. Até o tão contestado Galvão Bueno mandou bem nesse dia. A narração dele deu um toque a mais na sensacional vitória de Rubinho.

Como foi bom ver o Schumacher fora. Como foi bom aquele bêbado ter invadido a pista. Como foi bom ter começado a chover. Como foi bom levantar cedo para ver essa corrida. Como foi bom ver um brasileiro vencer uma corrida após sete anos de angustia e espera. Como foi bom ver logo a bandeirinha quadriculada, Hakkinen vinha logo atrás. Como foi bom ver o Rubinho cruzar a reta. E, finalmente, como foi engraçado ver o Rubinho no pódio sendo carregado por Hakkinen e Coulthard.