domingo, 28 de março de 2010

As frases pós corrida



Há cada corrida, uma entrevista coletiva, há cada entrevista coletiva uma nova frase, a cada nova frase uma nova surpresa e assim por diante. Enquanto alguns gostam da prova, riem e se divertem, outros a odeiam, se frustram e saem decepcionados, mas ambos os lados (assim como nós) esperam ansiosamente a próxima corrida, que aliás, acontecerá já no próximo final de semana, no circuito de Sepang, na Malásia.

Eis algumas frases pós-corrida que demonstram muito do sentimento e opinião de cada piloto:

Jenson Button (Vencedor): É muito especial. Demorou um pouco para eu conseguir me familiarizar com o carro, mas a equipe foi fantástica e me recebeu bem. É difícil colocar em palavras, mas é um sentimento especial e nós vamos ganhar muito com isso. Preciso agradecer à McLaren pelo seu trabalho duro.

Lucas di Grassi (abandonou): Tudo parou de funcionar, e só deu para levar aos boxes. Foi um bom começo, mas ainda temos muito o que fazer no carro para começar a disputar para valer com as outras equipes que já estão estabelecidas há mais tempo na F-1.

Michael Schumacher (10º): Poderia ter feito uma boa corrida hoje. Foi uma pena ter sido atingido logo após a largada. Mas estas coisas acontecem e você tem apenas que dizer: 'corridas são assim'. (...) mas devo dizer que me diverti muito e nosso ritmo hoje foi promissor.

Sebastian Vettel (Abandonou - era o líder): Nós tivemos uma falha de freio. Antes, na volta, eu senti algumas vibrações. Não havia nada que eu pudesse fazer e eu perdi o carro. É uma pena.

Fernando Alonso (4º) : O carro estava perfeito e fomos capazes de executar um trecho de prova muito longo com os pneus macios. (...) nós sabemos que é muito difícil ultrapassar na Fórmula 1 e não se deve correr riscos desnecessários entre companheiros de equipe. (...)Estou satisfeito com o resultado.

Bruno Senna (Saiu da corrida com apenas 3 voltas): É normal nesta fase, nem dá para ficar estressado. Começo é assim mesmo. As marchas pararam de entrar e não deu para continuar. Foi uma corrida muito difícil, pelas condições do asfalto(...).

Robert Kubica (2º): Para ser honesto, nós não estávamos esperando terminar no pódio. Para a Renault e para mim, foi um resultado especial. Nós precisamos nos manter realistas. Não estamos prontos para terminar no pódio regularmente.

Rubens Barrichello (8º): Foi uma boa corrida, mas deveríamos ter terminado em sétimo. Achei que todos também entrariam nos boxes, por isso fiz o pit stop. (...) O carro está bom, mas precisamos melhorar antes de pensar em chegar ao pódio.

Mark Webber (9º) - Causou a batida com Hamilton): Eu pedi desculpas a Lewis. Isso é uma corrida de carros. Bem, eu briguei. (...) para as pessoas em casa, talvez devêssemos fazer algo diferente. (...) talvez tenha sido um pouco mais apresentável.

Felipe Massa (3º): É fantástico ter um segundo e um terceiro lugar neste início de ano. Meu melhor resultado na Austrália havia sido um sexto lugar.

Outra frase bacana a destacar aconteceu durante o intervalo da Rede Globo no final da corrida. Na televisão tudo certo, já na internet, o intervalo não foi ao ar, a edição não cortou e o microfone dos apresentadores ficou ligado. Então, Galvão Bueno, Reginaldo Leme e Carlos Gil fizeram um bom bate papo para trocar algumas informações e o destaque ficou para a pergunta de Galvão:

“Reginaldo Leme, que horas são?”

Uma ótima semana à todos.


Gp da Malásia, que acontece no próximo final de semana

Bruno Gerhard

Fórmula Show: Da chacota ao alto do pódio

A frase que Jenson Button resumiu a prova na Austrália foi incrível: “Achei que fosse uma decisão catastrófica”. Era um campeão mundial ousando mudar a estratégia logo no início da corrida, já que a pista – molhada por causa da fina chuva que caiu no início da prova – estava secando. O inglês perdeu o carro e foi para a brita. Acabou taxado de precipitado. No final, após mais ousadia, sem trocar os pneus desgastados, vitória de Button.

Dez títulos mundiais resumiram o que é a primeira curva de Melbourne. Michael Schumacher, Fernando Alonso e Button se enroscaram. Pior para o alemão e para o espanhol. O heptacampeão do mundo teve que trocar o bico do carro. O espanhol ficou virado ao contrário e caiu para a última posição. Alguns metros mais á frente, uma forte colisão envolvendo Kobayashi, Buemi e Hulkenberg provocou Safety Car na pista.

Quando a ousadia de Button se mostrou certa e o inglês começou a virar voltas mais rápidas que todos, foi a hora de parar. Na volta 9, a maioria dos carros entrou para o pit lane. Com isso o inglês subiu várias posições. Para alguns pilotos foi a única parada na corrida. A partir daí foi a resposta da maior categoria do automobilismo. Adjetivada de monótona após a primeira corrida, no Bahrein, o circuito de Albert Park protagonizou um show a parte.

Constantemente aconteciam brigas por posições. Uma mais bonita do que a outra. Alguns pilotos tentavam passar dois ao mesmo tempo. Incrível. Entre um lindo momento da prova, protagonizado por Massa, Webber, Hamilton e Alonso, Sebastian Vettel, o pole position e lider incontestável da corrida, perdeu o controle do carro e saiu inexplicavelmente da pista. Fim de prova para o melhor carro do final de semana.

Na 34ª volta os ponteiros começavam a segunda parada no pit. Entretanto, Button, que aproveitou o problema de Vettel e assumiu a liderança, Kubica e as duas Ferrari decidiram arriscar. Os quatro não pararam. Logo atrás deles, Webber e Hamilton, que brigaram a prova inteira, pararam, trocaram os pneus e voltaram para a pista com voltas quase 2s mais rápidas que os líderes.

Quando finalmente chegaram em Alonso, o então 4º colocado – já haviam deixado para trás Nico Rosberg –, Webber tentou se aproveitar do ataque de Hamilton para cima de Alonso. A afobação ou gana exagerada, colocou os dois para fora da pista. Os que não pararam uma segunda vez, tiveram a sorte ao lado deles. Sobre Barrichello, ele poderia ter chegado em 7º, mas fez a troca e perdeu posições. Ele terminou em 8º e marcou 4 pontos.

Final de corrida com a segunda vitória seguida de Button na Austrália. Ele venceu em 2009, pela Brawn. O inglês, com uma pitada de sorte, arranca no mundial e já é o 3º na tabela com 31 pontos. Ele está atrás de Alonso, líder com 37 e Massa com 33.

1º Jenson Button (ING) McLaren 1:36:33:531
2º Robert Kubica (POL) Renault +12.0
3º Felipe Massa (BRA) Ferrari +14.4
4º Fernando Alonso (ESP) Ferrari +16.3
5º Nico Rosberg (ALE) Mercedes +16.6
6º Lewis Hamilton (ING) McLaren +29.8
7º Vitantonio Liuzzi (ITA) Force Índia +59.8
8º Rubens Barrichello (BRA) Williams +60.5
9º Mark Webber (AUS) RBR +67.3
10º Michael Schumacher (ALE) Mercedes +69.3

Confusão logo na largada

Forte acidentes envolvendo Kobayashi e Hulkenberg

Na volta nº9, a maiorias dos pilotos parou no box

Linda festa para Jenson Button, o vencedor da prova

sábado, 27 de março de 2010

Deu Alemanha...de novo



Sebastian Vettel conseguiu novamente a pole position, desta vez na 26ª edição do Grande prêmio da Austrália (dez corridas foram realizadas em Adelaide), em Melbourne, no circuito de Albert Park. Mas a alemanha não foi representada somente por Vettel. Dentre os dez primeiros do grid, quatro vieram das terras germanicas.

Na primeira parte do treino (onde saem os 7 mais lentos) apenas uma supresa: Vitaly Petrov. O piloto russo, bancado pelos Russos que também bancam a Renault, não foi bem e ficou em 18º. Fora isso, tudo dentro do comum. Ficaram de fora Heikki Kovalainen (Lotus), Jarno Trulli (Lotus), Timo Glock (novamente na frente de Lucas di Grassi - Virgin), Lucas di Grassi (Virgin) e, fechando o pelotão, os dois carros da Hispania ou HRT, Bruno Senna e Karun Chandhok, na respecitva ordem. Vale lembrar que apesar das duas ultimas posições, a HRT mostrou uma evolução em comparação com o Bahrein.



Na segunda fase do treino, a descepção ficou por conta de Lewis Hamilton, da McLaren, que consegiu apenas o 11º lugar (mas, ao contrário dos dez primeiros, usará pneus novos na primeira parte da corrida). Nico Hulkenberg também descepcionou, uma vez que o companheiro Rubens Barrichello conseguiu passar para a última fase do treino e o alemão ficou em 16º.

A briga pela pole position foi acirrada. Há todo momento um novo piloto adicionava ao lado de seu nome o primeiro lugar. E assim foi, até que Sebastian Vettel (e só ele) conseguiu baixar o tempo para a casa do um minuto e 23 segundos. Assim sendo, o tempo da pole foi de 1m23s919.

Logo atrás do alemão (provando a superioridade que todos já suspeitavam) a outra RBR, com o piloto da casa Mark Webber, que tem a chance de ganhar (finalmente) em casa (parece que já vimos essa história por aqui, boa Barrichello).



Em terceiro sai o espanhol Fernando Alonso, depois Jenson Button (seis posições a frente de Hamilton), Felipe Massa (de novo atrás do espanhol, Massa revelou que não achou o acerto ideal para a pista de Melbourne...o cicuito parece mesmo não ter sido feito para ele), Nico Rosberg, Michael Schumacher (ainda atrás de Rosberg, mas a diferença parece estar acabando), Rubens Barrichello (com o carro que tem nas mãos, esse provávelmente é o máximo que poderia conseguir, e conseguiu), Robert Kubica (blefe e marketing no primeiro treino livre) e fechando o grupo dos dez, Adrian Sutil, da Force India.



A Corrida começa as 3 da manhã, no horário de Brasília, serão 58 voltas, num total de quase 308 quilometros de (esperamos) muita emoção.

A seguir os tempos do treino classificatório de hoje:


1 Sebastian Vettel – ALE - RBR -1m23s919
2 Mark Webber - AUS - RBR - 1m24s035
3 Fernando Alonso – ESP – Ferrari - 1m24s111
4 Jenson Button – ING - McLaren - 1m24s675
5 Felipe Massa – BRA – Ferrari - 1m24s837
6 Nico Rosberg – ALE – Mercedes - 1m24s884
7 Michael Schumacher – ALE – Mercedes - 1m24s927
8 Rubens Barrichello – BRA – Williams - 1m25s217
9 Robert Kubica – POL - Renault -1m25s372
10 Adrian Sutil – ALE - Force Índia - 1m26s036

11 Lewis Hamilton – ING – McLaren - 1m25s184
12 Sebastien Buemi – SUI – STR - 1m25s638
13 Vitantonio Liuzzi – ITA - Force Índia - 1m25s743
14 Pedro de la Rosa – ESP – Sauber - 1m25s747
15 Nico Hulkenberg – ALE – Williams - 1m25s748
16 Kamui Kobayashi – JAP – Sauber - 1m25s777
17 Jaime Alguersuari – ESP – STR - 1m26s089

18 Vitaly Petrov – RUS – Renault - 1m26s471
19 Heikki Kovalainen – FIN – Lótus - 1m28s797
20 Jarno Trulli – ITA – Lótus - 1m29s111
21 Timo Glock – ALE – Virgin - 1m29s592
22 Lucas di Grassi – BRA – Virgin - 1m30s185
23 Bruno Senna – BRA – Hispania - 1m30s526
24 Karun Chandhok – IND – Hispania - 1m30s613

Santo de casa não faz milagre

A expressão é mais conhecida que pegadinha de 1º de abril – aliás, está chegando. Certa vez, em 2002, no mesmo circuito que a F1 corre este final de semana, em Albert Park, Mark Webber fez. Guiando a fraca Minardi, o australiano chegou na 5ª posição. É bem verdade que naquela ocasião apenas 8 carros terminaram a prova. Mas os milagres não são assim? – aliás, em Melbourne não é tão milagre uma falta de carros assim na bandeirada.

Desta vez o piloto tem nas mãos a chance de vencer em casa. Parece ter o melhor carro para o circuito e está cheio de gás. No início do treino livre 3 – TL3 –, David Coulthard cerrou os punhos, olhando para Webber, numa espécie de “arrebenta”. Foi o que ele fez, com 1:24.719 e o tanque bem leve, semelhante ao provável da classificação, dentro de algumas horas.

O TL3 foi cheio de estresse. Em várias ocasiões os pilotos reclamaram um do outro. Os “esquentadinhos” Buemi, Alonso e Barrichello ergueram a famosa “mãozinha” em protesto a barbeiragem de outro carro. As reclamações vieram por conta de fechadas na pista, típicas de pilotos desacostumados com o trafego.

A Hispania, protagonizante das tais fechadas de pista, acabou fora dela. Com problemas, Bruno Senna e Karun Chandhok não completaram o treino por completo e geram dúvida – e muito trabalho para a equipe – sobre a participação na classificação oficial.
O treino classificatório acontece às 3h, com transmissão da Rede Globo. Confira os melhores tempos do último treino livre: http://www.formula1.com/results/season/2010/825/

sexta-feira, 26 de março de 2010

Renovada por dentro e por fora

A Renault chegou modificada para o GP da Austrália. Com Robert Kubica, a equipe terminou o TL1 (treino livre 1) na primeira posição. Mas não foi só isso. A equipe já esbanja patrocinadores na lataria do carro, algo que faltou no início do ano. Leve ou não – cheio ele realmente não estava –, o polonês cravou a marca de 1:26.927 e começou na frente em Melbourne. Vitaly Petrov foi o 9º.

No TOP 8 da F1, duas ausências. Mark Webber, que pilota em casa, doi apenas o 14º. O heptacampeão mundial, Michael Schumacher, terminou a primeira sessão na 12ª posição. O intruso entre os 8 melhores foi Sebastien Buemi – junto com Kubica. Aliás, a STR voltou a andar rápido, como fez na pré-temporada. Entre os “bons”, em sequência, ficaram: Rosberg, Button, Massa, Vettel, Alonso e Hamilton.



O treino foi interrompido duas vezes. Ambas por problemas com uma Sauber. Isso mesmo, uma. Kamui Kobayashi cortou uma chicane e acertou um cone. Pouco mais de dez minutos depois, quando voltou para a pista, a asa dianteira do carro do japonês se soltou, “deixando o piloto como simples passageiro”. De la Rosa também sofreu com o carro suíço, que parou no meio da pista, no final do TL1.


A Force Índia, como já havia informado no mês passado, optou pelo jovem Paul di Resta, no primeiro treino livre. Adrian Sutil foi sacado. O escocês ficou na 11ª posição, uma atrás do parceiro Liuzzi. O garoo foi bem na estreia. Diferente da Williams. Com Barrichello e Hulkenberg, a equipe só ficou a frente das 3 novatas – Hispania, Virgin e Lotus – e do “acidentado” Kobayashi.


Confira os tempos do TL1 em http://www.formula1.com/results/season/2010/825/6707/

quarta-feira, 24 de março de 2010

Vídeo: Circuito de Melbourne

Aproveitando o embalo do post de meu amigo William Kayser, trago o vídeo (em inglês) feito no simulador da Red Bull, com o piloto australiano Mark Webber, mostrando o belo e diferente circuito da Austrália, que deixou de ser o "1º GP" da temporada:



Mais detalhes sobre o circuito de Melbourne, na Austrália, no post a baixo.

Jovem, mas com histórias para contar

São 25 anos de GP da Austrália, 15 deles disputados nas ruas de Melbourne, no circuito improvisado de Albert Park. Fatos curiosos, brigas, cacetadas, erros, acertos, ultrapassagens e até uma morte marcaram as inúmeras corridas por lá realizadas. O maior vencedor é Michael Schumacher. Quando o assunto é pole position, Ayrton Senna domina, com 6, todas em Adelaide, antiga casa do evento.

Em 1996, Melbourne começou a abrigar a etapa australiana da Fórmula 1. Em apenas duas ocasiões a temporada não se iniciou no circuito. Em 2006, quando o calendário começou no Bahrein, com vitória de Fernando Alonso – ele foi o campeão daquele ano –, pela Renault, e este ano, quando o mesmo Alonso venceu, novamente no Bahrein.


Na abertura do campeonato de 96, o novato Jacques Villeneuve quase fez “barba, cabelo e bigode”. Marcou a primeira pole e a melhor volta da prova. Só não venceu, pois teve problemas no carro. Acabou em segundo, atrás do companheiro de Williams, Damon Hill. Primeiro pódio do futuro campeão de 1997. A Austrália também colocou nos degraus do pódio, pela primeira vez, mais dois campeões mundiais: Kimi Raikkonen em 2002 e Lewis Hamilton em 2007.

Albert Park está acostumado a ver acidentes. Não é de hoje que os problemas acontecem. Desde a abertura, quando Martin Brundle capotou gravimente, até a batida de Sebastian Vettel e Robert Kubica, nas últimas voltas de 2009, a pista – que possui vários pontos de ultrapassagem – tem muitas batidas.



Os mais marcantes acidentes rodearam Ralf Schumacher. Em 2001, Villeneuve acertou a traseira do alemão. O canadense decolou e uma das rodas atingiu um fiscal de pista, ferindo-o fatalmente. No ano seguinte quem voou foi Ralf. Após a largada, o piloto da Williams bateu em Rubinho, o então pole-position.



Caso poucos pilotos terminem a prova de 2010, não se surpreenda, na Austrália isso é mais do que normal. Nos últimos anos foi assim. O mais marcante em 2008, quando 7 carros terminaram a prova, mas para aumentar o número, um deles, Barrichello, foi eliminado da prova. Surpresas imensas aguardam os fãs da F1.

sábado, 20 de março de 2010

Primeiro GP na telinha - Bahrein - melhores momentos

Confira os comentários que fiz a respeito do GP do Bahrein, o primeiro da temporada. As imagens são do programa Arquibancada, realizado na TV Girafa, toda a sexta-feira, 11h30 e na Rádio Cesumar FM, segundas e quartas, às 11h30 e sábados ao meio dia, sempre ao vivo. Assista aos melhores momentos e as analises do 1ºGP de 2010.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Nova Brawn? Que nada

Branca, sem patrocínio e com os primeiros tempos dos testes. Parecia muito com o desempenho da equipe inglesa, campeã de construtores no ano passado. Apenas lembrava, mas de longe chegou a ser a equipe estreante que fez dobradinha logo na primeira corrida de 2009. Juntos, Pedro de la Rosa e Kamui Kobayashi, somaram 39 voltas no Bahrein, 10 a menos que o total da corrida – 49.

Em entrevista para o autosport, Willy Rampf, diretor técnico da equipe suíça, explicou os problemas que tiraram Koba e de la Rosa da prova, com 11 e 28 voltas, respectivamente. “As falhas foram causadas por vazamentos hidráulicos em ambos os casos, mas por razões diferentes. Para os dois problemas, teremos soluções prontas para a próxima corrida”, afirmou o Rampf.

Inclusive, no treino classificatório, a equipe não teve um bom desempenho. Os carros ficaram no Q2. O japonês ficou com a 16ª posição. O espanhol de la Rosa foi o 14º. Nos 3 treinos livres do Bahrein, os suíços tiveram apenas uma vez entre os 10 primeiros colocados.

Teoricamente a Sauber era o carro que menos desgastava os pneus. Mas a preocupação do diretor técnico, não sugere isso. “Estou curioso sobre como os pneus estarão trabalhando [em Melbourne]. No ano passado, o mais suave dos dois compostos se degradava depois de apenas algumas voltas. Desta vez, a Bridgestone está nos proporcionando um composto mais duro.”
A Sauber, que poderia ser a surpresa do início da temporada, ficou longe disto. Para a prova da Austrália a equipe almeja um novo pacote para buscar melhores posições. Acredito que deveriam pensar em concluir a prova. Depois devem sonhar com posições melhores. Assim devem pensar o novatos.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Motor sob suspeitas

Com 3 anos de ausência da Fórmula 1, o motor Cosworth voltou para a categoria da F1. Apesar disso, retornou mais contestado do que nunca. Em 2006 a fabricante cedeu os propulsores para a Williams e STR. Este ano são 4 times que usam os motores ingleses: Lótus, Hispania, Virgin e, mais uma vez, a Williams.

Nos últimos anos a fabricante foi sinônimo de última posição. Arrows e Minardi são exemplos de equipes do fundo do pelotão que usavam Cosworth. O retorno da equipe foi marcado por problemas na Virgin e na HRT, mas o primeiro ponto do ano veio, com a Williams de Rubens Barrichello. Para a fabricante, foi uma boa reestréia.


"Do ponto de vista do desempenho do motor, eu acho que nós podemos estar muito satisfeitos com o desempenho do CA2010 no Bahrein. Ambos os pilotos da Williams terminaram a corrida. Rubens marcou um ponto com o décimo lugar. Eu também tenho conversado com vários dos pilotos que nos deram pontos positivo e construtivos sobre o desempenho do CA2010", disse Mark Gallagher, diretor geral da companhia F1 Business.


Gallagher gostou do desempenho do motor. Encontrou pontos positivos na Lótus, que quase terminou a prova com os dois carros – Jarno Trulli teve problemas hidráulicos e abandonou na última volta do Bahrein. Já pelo lado da Virgin, o diretor ressaltou o final de semana como um todo, elogiando a classificação do sábado da equipe e não ressaltou os problemas do domingo.


Bruno Senna abandonou a corrida com problemas no motor. A situação da HRT, de acordo com o diretor, foi diferente. “O abandono de Bruno Senna foi causado por uma instalação de água do radiador quebrado, o que significava que ele perdeu toda a água de seu carro”, explicou Gallagher. As atualizações do motor acabaram, já que a temporada 2010 começou e todos os motores ficam congelados ao longo do ano.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Eles estão com medo


Enquanto os outros estão com medo deles, a Ferrari - sim, a Ferrari - após uma dobradinha no Gp do Bahrein - com uma "pequena ajuda" da RBR - está desenvolvendo o F10-B, nova versão do carro deste ano, pois não estão seguros quanto ao carro atual, pelo menos são esses os rumores.
Mas, porque isso aconteceria logo depois de uma corrida vitoriosa da equipe de Maranello?


Pois bem, os rumores do desenvolvimento de um novo carro já começaram em janeiro, quando a equipe contratou o engenheiro Giuseppe Azzollini (ex-Toyota) e com ele veio a ideia do novo difusor (principal caracteristica do carro B), que seria utilizado pela Stefan Gp, proibida de participar do mundial deste ano pois a FIA acreditou estar "muito em cima da hora".


O problema desse novo difusor (lembrem-se que no ano passado o difusor da Brawn deu parte do titulo a Jenson Button, vejamos a importancia que a peça assume) é que ele não foi desenhado para o chassi atual da Ferrari, assim sendo, o carro B seria redesenhado para que o difusor pudesse ser encaixado.


Além disso, a equipe italiana está preocupada com o super aquecimento nos motores, quando a temperatura é demasiada elevada, tal como aconteceu no Gp do Bahrein e resultou na perca de rendimento no carro de Felipe Massa, que teve de tirar o pé do acelerador para não causar danos ao veículo. Lembrando que antes da corrida, a Ferrari já havia trocado o motor dos dois carros. Para resolver o problema Stefano Domenicali, chefe do time, acredita que basta algumas mudanças na parte aerodinamica. Com isso o sistema de refrigeração e de ar que entra para ajudar no procedimento, seria melhor.

Apesar da vitória, o pessoal da Ferrari anda desconfiado e poderemos ter um carro B logo, logo. Mas, será tão bom quanto esse e com menos problemas?
Veremos! Uma ótima terça-feira a todos.

Nova discussão

A Fórmula 1 vive mais uma polêmica. Não tão avassaladora quanto os escândalos que surgiram nos últimos anos. A discussão em pauta é sobre a provável monotonia do GP do Bahrein. Em ano de Copa do Mundo, menos patrocínios aparecem para a categoria mais forte do automobilismo.

Dois temas foram sugeridos durante os últimos dias. O primeiro seria eliminar a obrigatoriedade do pit stop. Todos os carros são obrigados a usar os dois tipos de pneus por prova, o mole e o duro – exceto quando chove, pois regra caí. Assim, algumas equipes teriam a oportunidade de completar a prova inteira sem mudança alguma. A segunda sugestão seria um mínimo de duas trocas de pneus por prova, para todos os pilotos.


Todos os pensamentos surgem para que a corrida tenha mais ultrapassagens – leia como “divertimento” para o público. “Em resumo só existe uma forma de "criar" ultrapassagens: os carros mais rápidos tem que largar atrás dos mais lentos. Mas isso não é justo”, disse Lucas di Grassi, via Twitter.


O piloto brasileiro acredita que se as regras não mudarem, a monotonia deve continuar na F1. “Em condições normais, os carros mais rápidos largam mais pra frente e a tendência é de abrir vantagem, independente de todo o resto”, comenta di Grassi. A indecisão segue, brevemente os chefões da categoria devem bater o martelo.

domingo, 14 de março de 2010

Um dia de atraso

O favoritismo da Ferrari só se confirmou na corrida. Fernando Alonso venceu a primeira do ano. Graças a um ótimo desempenho de Sebastian Vettel – não fosse o mau rendimento do motor, nas últimas voltas, venceria a prova –, os pilotos da equipe italiana ficaram ofuscados. Mas o problema da primeira curva, quando o propulsor da RBR teve problemas com Mark Webber, apareceu no fim da prova impedindo que Vettel conquistasse a vitória.

Fernando Alonso voltou a vencer depois de mais de um ano, quando conquistou a vitória do Japão, pela Renault, em 2008. Felipe Massa voltou ao pódio, logo na reestreia na F1 e a Ferrari mais uma vez fez a dobradinha, que não vinha desde junho, no GP da França de 2008. Lewis Hamilton se aproveitou do problema com Vettel e chegou no pódio.

A corrida não foi das melhores, mas as táticas foram finalmente observadas. Grande parte dos pilotos fez apenas 1 pit. Apenas Alguersuari e Hulkenberg fizeram dois, mas por problemas de pista. A diferença de voltas que o pneu duro aguentou mais que o mole, foi pouca. Os pilotos que fizeram a primeira perna da prova mais longa, como Barrichello e Liuzzi, não tiveram grande vantagem com relação aos ponteiros.

As estratégias devem melhorar muito. Ninguém chegou a arriscar uma parada a mais, usando um jogo de pneus moles e novos de vantagem. O tempo perdido em um pid adicional, seria compensado na pista. O piloto que usou o box mais rápido, foi Vettel, com uma perca total de 22.260 segundos.


Sem táticas ousadas ou problemas gritantes de pneus, a prova foi, em certo ponto, monótona, mas tem tudo para melhorar, já que as equipes tinham esta primeira prova como uma incógnita. Dos 10 pilotos que pontuaram, além dos 8 carros mais fortes – Ferrari, McLaren, RBR e Mercedes – Liuzzi e Barrichello marcaram os primeiros pontos nas posições 9 e 10 respectivamente.

Alonso começa na frente de Massa. Mas um campeão não vive apenas de vitórias, e sim de regularidade. Quando o espanhol vencer, o brasileiro precisa estar o mais próximo dele. Ao longo do dia você terá mais comentários sobre o 1º GP da temportada.

1º Fernando Alonso (ESP) Ferrari 1:39:20.396
2º Felipe Massa (BRA) Ferrari +16.0
3º Lewis Hamilton (ING) McLaren +23.1
4º Sebastian Vettel (ALE) RBR +38.7
5º Nico Rosberg (ALE) Mercedes +40.2
6º Michael Schumacher (ALE) Mercedes +44.1
7º Jenson Button (ING) McLaren +45.2
8º Mark Webber (AUS) RBR +46.3
9º Vitantonio Liuzzi (ITA) Force India +53.0
10º Rubens Barrichello (BRA) Williams +62.4
Em 2006, Alonso também venceu a primeira do ano: Foi campeão. Ele é o 5º estreante da Ferrari a vencer o 1ºGP pelo time

Bruno Senna teve problemas no motor. Di Grassi também abandonou

Barrichello demorou para parar. Chegou a ser 5º

O engenheiro de Massa apontou um problema. Nada grave

sábado, 13 de março de 2010

Primeiro GP na telinha - Os Veteranos da Formula 1

Michael Schumacher, Jarno Trulli, Pedro de la Rosa, Mark Webber e, é claro, Rubens Barrichello, é sobre eles o vídeo "Veteranos na Formula 1", que você confere a seguir:

Primeiro GP na telinha - Regras da "nova" Formula 1

Novo vídeo do Primeiro GP na TV!

Desta vez, William Kayser e Bruno Gerhard comentam sobre a classificação, os motores, o reabastecimento e os pneus para o ano de 2010.
Confira no vídeo abaixo, deixe seu comentário.

(Houve um problema rápido no vídeo, perto dos cinco minutos, mas o áudio está funcionando normalmente. Garanto que o problema foi devido a pressa de colocar o video para você, amigo que acompanha o Primeiro GP, antes da corrida de amanhã, para que fique sabendo exatamente como funciona essa "nova" Formula 1!)


Ao estilo mineirinho

Sem liderar nenhum dos treinos livres no Bahrein, bem quietinho, na dele, Sebastian Vettel começou o ano do mesmo jeito que terminou em 2009: em 1º. Ele marcou sua 6ª pole position da carreira. Sempre vale lembrar: quando o alemão larga na frente, as chances de vitória são enormes, em todas as 5 vitórias da carreira, em apenas uma – a última – ele não foi o pole. O “Baby Schumi” mostrou que na atual fase da F1, a Alemanha deve acreditar apenas nele.

Como esperado, o Q1 e o Q2 eliminaram 7 pilotos. O treino já estava praticamente tudo esquematizado, faltava apenas montar as peças do tabuleiro. No Q1, os 6 carros das novas equipes: Lotus, Virgin e Hispania iriam ficar de fora da sequência do treino – a fragilidade das equipes está clara. No 3º treino livre, realizado às 5h de Brasília, a roda da Virgin de Timo Glock simplesmente se desprendeu, no meio da pista. Um piloto de uma equipe maior se incluiria no grupo dos primeiros 7 eliminados. Foi o jovem Jaime Alguersuari da STR.


No Q2 mais prognósticos. Saem mais 7 carros, ou seja, 10 seguem para a Super Pole. A analise detalhada dizia: 4 equipes estão praticamente na próxima fase: Ferrari, RBR, Mclaren e Mercedes. Apenas dois pilotos de outras equipes somariam ao grupo. Robert Kubica pela Renault e o surpreendente Adrian Sutil da Force Índia, se classificaram para a parte final do treino. Rubens Barrichello foi eliminado por 163 milésimos: 11º lugar para ele.

Não fosse o veloz Vettel no Q3, o que havia sido premeditado por muitos, com Fernando Alonso e Felipe Massa na luta pela pole, aconteceria. O brasileiro foi o 2º, 1:54.242, o espanhol ficou na 3ª posição com 1:54.608. A RBR foi a que menos andou para garantir suas posições. Ao todo, no treino, entre os ponteiros, Mark Webber deu apenas 13 voltas, enquanto Vettel, o pole, com 1:54.101, fez 14. Pneus menos desgastados para eles e vantagem para o domingo.

Confira o grid:

  • 1 - Sebastian Vettel/RBR - 1m54s101
  • 2 - Felipe Massa/Ferrari - 1m54s242
  • 3 - Fernando Alonso/Ferrari - 1m54s608
  • 4 - Lewis Hamilton/McLaren - 1m55s217
  • 5 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m55s241
  • 6 - Mark Webber/RBR - 1m55s284
  • 7 - Michael Schumacher/Mercedes - 1m55s524
  • 8 - Jenson Button/McLaren - 1m55s672
  • 9 - Robert Kubica/Renault - 1m55s885
  • 10 - Adrian Sutil/Force Índia - 1m56s309
  • 11 - Rubens Barrichello/Williams - 1m55s330
  • 12 - Vitantonio Liuzzi/Force India - 1m55s653
  • 13 - Nico Hulkenberg/Williams - 1m55s857
  • 14 - Pedro de la Rosa/Sauber - 1m56s237
  • 15 - Sebastien Buemi/STR - 1m56s265
  • 16 - Kamui Kobayashi/Sauber - 1m56s270
  • 17 - Vitaly Petrov/Renault - 1m56s619
  • 18 - Jaime Alguersuari/STR - 1m57s071
  • 19 - Timo Glock /Virgin - 1m59s728
  • 20 - Jarno Trulli/Lotus - 1m59s852
  • 21 - Heikki Kovalainen/Lotus - 2m00s312
  • 22 - Lucas di Grassi /Virgin - 2m00s587
  • 23 - Bruno Senna/Hispania - 2m03s240
  • 24 - Karun Chandhok/Hispania - 2m04s904

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