terça-feira, 20 de abril de 2010

Abrem-se as aspas e (re)começa o espetáculo

Por Bruno Gerhard

                                                                         "..."

Continuando com as nossas frases pós corrida, que demonstram um pouco da personalidade e os sentimentos de cada um após as provas, peço permissão para começar o título de hoje com essa que remete a famosa e tão lembrada frase do mestre Fiori Gigliotti: "Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo". Uma homenagem do Primeiro GP a essa que foi uma das mais belas obras de arte da narração esportiva e transmitiu para inúmeros fãs do futebol jogos e mais jogos, que por ele eram transformados em espetáculos e que merece ser lembrado não apenas em datas específicas.

Falando de Fórmula 1 agora, vamos as esperadas frases semanais:

Jenson Button (1º): Para mim, foi a melhor vitória da minha carreira. Cada triunfo torna-se mais especial que o outro. Essa conquista foi bem difícil. Nós fizemos escolhas corretas durante a prova. (...) Meus primeiros meses com a equipe têm sido extraordinários. Sinto-me integrado à McLaren.

 Lewis Hamilton (2º): Tive um início de corrida muito difícil. Não foi fácil administrar o tempo de parada no boxe. Acho que fui para o pit stop muito tarde. É óbvio que não fiz a escolha certa de pneus. Parabéns a Jenson, ele ganhou com um trabalho incrível. 

Fernando Alonso (4º): A ultrapassagem sobre Felipe? Se ele não fosse meu companheiro de equipe, não existiriam tantos comentários. Para mim, foi uma manobra normal e, definitivamente, não comprometerá nosso relacionamento.

Felipe Massa (9º): Saí um pouco mal do cotovelo, meu carro patinou um pouco e ele colocou por dentro. A gente veio junto até a entrada dos boxes. Ele estava do lado de dentro, teve um pouco de vantagem na entrada da curva. Está tudo bem. É claro que foi uma situação que não é fácil, mas está tudo bem. (...) Lógico que a posição que perdi me fez perder mais três em seguida.(...) É claro que vou falar com ele. Nós trabalhamos juntos e falamos do trabalho em geral.

Stefano Domenicali (Chefão da Ferrari): Sabemos que a classificação é muito importante (...) A diferença entre os carros é incrivelmente pequena, e se você comete um erro de pilotagem, sai de primeiro ou segundo e vai para sétimo ou oitavo. Este campeonato está assim. Quanto à ultrapassagem de Fernando sobre Felipe (...) acho que se trata apenas de um incidente de corrida e não há problema algum entre os dois pilotos. Quando se compete para ganhar, pode haver momentos como este. Há uma leve sensação de decepção depois dessas primeiras quatro corridas. (...) A partir de Barcelona, temos que voltar ao pódio, o que é totalmente possível.

 Michael Schumacher (10º): (...)Tive boas emoções, mas, infelizmente, algumas ruins também. (...)Acho que todo o fim de semana não funcionou para mim. (...) Estava difícil de prever quando a chuva iria parar, a hora de trocar os pneus, o quanto forçar. Foi uma nova experiência para mim.

Rubens Barrichello(12º): Nada aconteceu como planejado. Fui chamado aos boxes para colocar pneus intermediários no início da prova, e tudo deu errado a partir disso. Fizemos boas paradas, mas já era tarde para recuperar.

Sam Michael (diretor-técnico da Williams): Foi decepcionante não marcar pontos. (...) No geral não acertamos nas decisões. Rubens fez um bom início de corrida. Pelo menos nesta área, temos melhorado desde a Malásia.

Semana que vem trago mais algumas frases, já aproveitando para agradecer a você que nos segue, lê e comenta (ou não) nossos textos. Este blog é feito para você e por você. Muito obrigado e até o próximo texto!
Abraço e bom feriado à todos!

domingo, 18 de abril de 2010

Mais um xeque mate do estrategista

Já foram duas corridas caóticas este ano na Fórmula 1. Em ambas, o triunfo foi de Jenson Button. Esperto, inteligente e atento as condições climáticas, o inglês fez, agora na China, mais uma corrida de mestre. O atual campeão do mundo é o líder da temporada mais equilibrada dos últimos anos.

Em uma corrida cheia de paradas, quem pensou mais rápido se deu melhor. Button parou duas vezes no pit lane, enquanto adversários diretos fizeram até 5 paradas, como o caso de Fernando Alonso; Sebastian Vettel, Lewis Hamilton e Felipe Massa pararam 4 vezes. Os atrativos de mais uma ótima corrida começaram na volta de apresentação, quando a chuva começou a cair. Na largada, o apressado Alonso avançou antes das luzes vermelhas se apagarem: drive through.

Nas primeiras curvas alguns carros bateram. Na colisão estavam Liuzzi, Buemi e Kobayashi. O acidente colocou o Safety Car na pista. Muitos carros, com a ânsia de conseguirem o “pulo da gato”, correram para os boxes. Em vão, alguns pilotos como Rosberg, Button e Kubica não pararam e assumiram a ponta da prova. A chuva não caiu forte e os “espertinhos” tiveram que fazer uma segunda parada para colocar novamente os pneus de pista seca.

Lewis Hamilton fazia uma corrida de recuperação incrível. Mas a vantagem para os lideres, que não haviam parado no pit, era de quase 40s. Na volta número 19, Button assumiu a liderança e ultrapassau Rosberg. A corrida parecia caminhar para um final previsível, quando Jaime Alguersuari tocou em Bruno Senna. Pedaços da STR na pista, fizeram a comissão de prova decidir pela segunda entrada do carro de segurança na volta 22.

Enquanto a chuva voltava a apertar e os pilotos faziam mais pit stops, a corrida ficou mais interessante ainda. Muitos pegas começaram a surgir na pista após a relargada. Aliás, a relargada que quase foi destruída por Button. Ele diminui tanto a velocidade que obrigou muitos pilotos a pararem o carro ou saírem pelo acostamento da pista. O show particular de Hamilton voltou a aparecer. Ele passou Kubica e Rosberg, assumindo a 2ª posição.

Mais pits stops próximo a volta 38. Button fazia sua segunda parada, enquanto alguns já estavam na 4ª. O inglês soube levar o carro com tranqüilidade até o fim da prova, apesar do susto que tomou, quando perdeu o carro no final da grande reta. Nada para abalar o atual campeão, que venceu e assumiu a ponta da tabela com 60 pontos. A dobradinha da McLaren teve a companhia de Rosberg no terceiro lugar. Este sim, regular desde o início do ano e, sem vencer, é o segundo do mundial com 50 pontos. O mundial segue quente e a chuva... incessante.

1º Jenson Button – McLaren 1:46:42.163
2º Lewis Hamilton – McLaren +1.5
3º Nico Rosberg – Mercedes +9.4
4º Fernando Alonso – Ferrari +11.8
5º Robert Kubica – Renault +22.2
6º Sebastian Vettel – RBR +33.3
7º Vitaly Petrov – Mercedes +47.6
8º Mark Webber – RBR +52.1
9º Felipe Massa – Ferrari +57.7
10º Michael Schumacher – Mercedes +61.7
12º Rubens Barrichello – Williams +63.6
16º Bruno Senna – Hispania +2 VOLTAS

sábado, 17 de abril de 2010

Olha o cara aí: Vettel na pole

Por Bruno Gerhard

O taradão larga em 1º
Com nenhuma roda saltando dos carros os treinos ocorreram normalmente, mas nas posições, alguns imprevistos. Enquanto muitos apostavam nos ingleses da McLaren que roubaram a cena durante os treinos livres e que possuem o duto de ar acoplado ao carro que anda muito bem em retas, os "quase não austríacos" da RBR mostraram qual equipe ainda está mandando na Fórmula 1...pelo menos nos treinos classificatórios.
A primeira parte do treino, onde saem os 7 um pouco menos velozes que os outros 17, nenhuma grande surpresa, tal como aconteceu na Malásia. A decepção ficou por conta do segunda-chance-na-F1 Vitantonio Liuzzi. Liuzzi esse, que algumas vezes faz boas classificações, mas que hoje ficou apenas em 18º no Grid. Bruno Senna que sai em 23º conseguiu ficar à frente de seu companheiro e último no grid, o indiano Chandhock, ufa... Lucas di Grasi sai em 22º, novamente ficando atrás de Timo Glock que larga em 19º. Quanto tempo ainda darão para Di Grassi sair da promessa e se tornar uma realidade, pelo menos igualando os tempos de Glock?

Ufa...ele superou o indiano!
O "Q2" (né Galvão?) pode-se dizer que foi dentro do esperado. Os dois carros da nova/velha Sauber andando um pouco mais à frente do que de costume e rezando para que o motor Ferrari, dessa vez, aguente o tranco na corrida de amanhã. O eterno Rubinho larga em 11º, mas não poderia ir muito além e, pelo menos desta vez, ficou à frente do companheiro Hulkenberg que larga em 16º.
A última parte do treino foi como sempre (que bom), um troca troca de posições. A Ferrari, para não repetir o erro do treino passado, soltou Fernando Alonso logo no inicio da terceira parte. Hamilton confiante, fazia voltas boas mas não suficientemente boas para a pole. O australiano Mark Webber fez o primeiro tempo nos instantes finais do treino e supreendeu, mas não mais que o seu companheiro, o taradão do Vettel, que a bordo da sua "Liz Gostosa" (nome que o taradão deu ao seu carro) superou Webber e cravou a marca de 1m34s558.

Cena rara: Schumacher à frente de Rosberg. Não, não foi assim quando o treino chegou ao fim.
Felipe Massa fez diferente de seu companheiro Alonso (3º): "optou" por não brigar com os primeiros colocados logo na primeira curva e larga apenas em 7º. Nico Rosberg, o 4º, continua se perguntando: "Quem é Schumacher?", pois o experiente alemão vai largar em 9º. Atrás de Rosberg aparecem as duas McLarens, sendo que o tão cotado para a pole, Hamilton (6º), não superou nem o companheiro Button que  e larga em 5º.

"Vamos lá pessoal, todo mundo tirando a foto enquanto ainda somos os primeiros..."
Previsões de chuva para amanhã e, como vocês sabem, ela pode mudar totalmente os rumos de uma corrida.

Confira como ficou o Grid de largada para a 4ª etapa do mundial de Formula 1, no Grande Prêmio de Shangai:

1 Sebastian Vettel – RBR - 1m34s558
2 Mark Webber – RBR - 1m34s806
3 Fernando Alonso – Ferrari - 1m34s913
4 Nico Rosberg – Mercedes - 1m34s923
5 Jenson Button I-McLaren - 1m34s979
6 Lewis Hamilton – McLaren - 1m35s034
7 Felipe Massa - Ferrari - 1m35s180
8 Robert Kubica - Renault -1m35s364
9 Michael Schumacher – Mercedes - 1m35s646
10 Adrian Sutil - Force Índia - 1m35s963
11 Rubens Barrichello Williams - 1m35s748
12 Jaime Alguersuari – STR - 1m36s047
13 Sebastien Buemi – STR - 1m36s149
14 Vitaly Petrov – Renault - 1m36s311
15 Kamui Kobayashi – Sauber - 1m36s422
16 Nico Hulkenberg – Williams - 1m36s647
17 Pedro de la Rosa – Sauber - 1m37s020
18 Vitantonio Liuzzi - Force Índia - 1m37s161
19 Timo Glock – Virgin - 1m39s278
20 Jarno Trulli – Lótus - 1m39s399
21 Heikki Kovalainen – Lótus - 1m39s520
22 Lucas di Grassi – Virgin - 1m39s783
23 Bruno Senna – Hispania - 1m40s469
24 Karun Chandhok –Hispania - 1m40s578

O Gp da China acontece na madrugada de sábado para domingo, às 4h da manhã, horário de Brasília.
Abraço à todos!

Prévia da Super Pole

O terceiro treino (TL3) de sexta-feira, aliás, como a novela das 21h, que sempre começa mais tarde, o TL3 é na verdade no sábado. Mesmo dia da classificação e também estabelece algumas dicas para a pole position. Nos dois primeiros treinos os carros de motores Mercedes, foram bem. A RBR ficou de lado na história. Porém, hoje, com o treino de qualificação mais próximo, o time resolveu brilhar.

Com um acerto aerodinâmico quase que perfeito, a RBR parece ter o melhor carro do mundial. Em uma pista como a de Xangai, que alterna curvas de baixa, alta e grandes retas, o acerto do carro fica praticamente indecifrável. Porém, neste circuito, a McLaren vem sendo colocada como favorita. O carro pode ter uma maior ângulo de asa traseira, deixado o carro estável nas curvas, e usa o duto de vento nas retas, para tirar a pressão da mesma asa traseira.

Os carros só usaram os pneus macios no final do treino. Após um acidente de Vitaly Petrov, da Renault, quando o TL3 ficou paralisado por alguns minutos, as equipes entraram para menos de 10 minutos emocionantes. Mark Webber, com 1:35.323, bateu o tempo de Hamilton, que persistiu por grande parte do treino. O inglês voltou para a pista, mas não conseguiu retomar a liderança.

A Ferrari, que trabalhou longos trechos de voltas nos primeiros treinos livres, está pensando somente na prova. A equipe italiana não deve ser veloz na China. Eles não acharam o acerto ideal do carro. Nos primeiros treinos usaram pouca pressão aerodinâmica, foram rápidos nas retas. No TL3 a equipe aumentou a carga aerodinâmica. Não foi tão rápida na reta, mas foi mais regular na parte mista do circuito.

Com relação aos favoritos, Webber só não foi o mais rápido no primeiro trecho. Nos outros dois ele liderou. Mesmo não tendo um motor – Renault – que fale alto na reta, a RBR foi veloz na terceira parte da pista chinesa. Porém, o australiano foi só o 10º na tabela de máxima velocidade. Apesar do domínio da RBR nas poles de 2010, acho que a McLaren escondeu o jogo no TL3 e deve cravar a pole position logo mais.

Confira os principais tempos do TL3:

1º Mark Webber – RBR – 1:35.323
2º Lewis Hamilton – McLaren – 1:35.564
3º Sebastian Vettel – RBR – 1:35.691
4º Jenson Button – McLaren – 1:35.747
5º Fernando Alonso – Ferrari – 1:35.857
6º Nico Rosberg – Mercedes – 1:35.913
7º Michael Schumacher – Mercedes – 1:36.262
8º Robert Kubica – Renault – 1:36.343
9º Felipe Massa – Ferrari – 1:36.416
10º Kamui Kobayashi – Sauber – 1:36.634
16º Rubens Barrichello – Williams – 1:37.585
21º Lucas di Grassi – Virgin – 1:39.749
23º Bruno Senna – Hispania – 1:40.316

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Made in China

Os problemas que assombraram a primeira bateria de testes na China, não foram produtos oficiais da Fórmula 1. O suíço Sebastian Buemi, da STR, sentiu isso na pele. Parte da suspensão do carro se desmanchou em plena reta. Mais especificamente um cabo que liga o pneu até a carenagem, não foi exatamente a suspensão, que continuou firme após a batida. Mas foi algum erro no carro, já que o piloto chegou reclamando no box.

As falhas não pararam por aí. O acontecimento com os carros italianos não foi só no STR de Buemi. A Ferrari também apresentou falhas. O carro de Fernando Alonso simplesmente pegou fogo. Aparentemente a suspeita fica por conta de alguma falha no motor. Nada ainda confirmado.
Finalmente um treino livre 1 (TL1) movimentado. Apesar dos carros usarem apenas pneus duros durante a primeira sessão, algumas conclusões já foram tiradas. O motor Mercedes realmente fala mais alto na reta de mais de 1km da pista chinesa. Não em velocidade, mas em potência.

No Speed Trap, local onde os carros atingem a maior velocidade da pista, a Ferrari foi de longe a mais veloz. Com apenas 6 voltas, nenhuma para marcar tempo, Alonso cravou a marca de 315km/h, só batida por Felipe Massa, no final do treino, com 316km/h. O dobro da marca de Jenson Button, o primeiro tempo da manhã. O inglês chegou a 308km/h, mas cravou 1:36.677 e fez a volta mais rápida.

A Ferrari ainda inovou. Usou pela primeira vez o duto de ar, que canaliza parte da ventilação do carro, para a asa traseira, gerando instabilidade e perda de pressão. Tudo isso para deixar o carro mais rápido na reta. São armas e mais armas que se apresentam no circo da F1. O motor Mercedes ainda cravou os quatro melhores tempos. Sebastian Vettel ficou cerca de 1s atrás da marca de Button. O alemão foi o 5º com 1:37.601. Mas eu já vi esse filme antes.

Confira os brasileiros e os 10 melhores tempos:

1º Jenson Button – Mclaren - 1:36.677
2º Nico Rosberg – Mercedes – 1:36.748
3º Lewis Hamilton – Mclaren – 1:36.775
4º Michael Schumacher – Mercedes – 1:37.509
5º Sebastian Vettel – RBR – 1:37.601
6º Robert Kubica – Renault – 1:37.716
7º Vitaly Petrov – Renault – 1:37.745
8º Mark Webber – RBR – 1:37.980
9º Adrian Sutil – Force Índia – 1:38.008
10º Felipe Massa – Ferrari – 1:38.098
16º Rubens Barrichello – Williams – 1:38.678
21º Lucas di Grassi – Virgin – 1:42.181
22º Bruno Senna – Hispania – 1:43.875

sábado, 10 de abril de 2010

Vai estragar tudo?

Por Bruno Gerhard

 O CARA da Formula 1
 
O senhor chamado Bernie Ecclestone, também conhecido como "Chefão da Formula 1", novamente veio à tona. Dessa vez titio Bernie chegou para confirmar que autódromos tradicionais, daqueles que todos esperam para assistir durante a temporada, cujo quais as pessoas lembram os nomes das curvas e de histórias inesquecíveis e eternas, estão prestes a sair do calendário.

Ecclestone não revelou quais são os circuitos, mas podemos relatar alguns dos tradicionais presentes no caledário deste ano, para que você tenha uma ideia:

- Silverstone, Inglaterra
- Hungaroring, Hungria
- Monza, Itália
- Montreal, Canadá
- Barcelona, Espanha
- Spa, Béligca
- Suzukua, Japão
- Interlagos, Brasil
- Monte Carlo, Monaco

O circuito brasileiro, segundo o próprio Ecclestone, não corre riscos. Dentre os citados acima, creio que apenas três estão na mesma situação que o Brasil. Monza, que além de ser na Itália (país que possuí maior número de torcedores da Ferrari), teve recentemente o contrato renovado para receber Gps até 2016, mesma situação que o circuito de Hungaroring que para ajudar, trás todos os anos provas emocionantes e por último Monaco, que ganhou, há poucas semanas, a votação do "circuito mais adorado" pelo povo. Os demais, na minha humilde opinião, estão em risco, principalmente Silverstone (em richa com Ecclestone) e Barcelona (afinal de contas, a Espanha têm dois Gps).

Será que a partir do proximo ano, o que veremos serão vários circuitos desenhados por Hermann Tilke. Enormes, espaçosos, sem grama, brita, porém muito asfalto nas extensas áreas de escape?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Palco de grandes "F1LMES"

Acostumada a receber astros do mundo todo e ser atacada por terríveis monstros, Nova Iorque poder ser palco para a Fórmula 1. Depois de extraterrestres, tsunamis, incêndios e até mesmo do ataque do feroz Godzilla, as ruas de Manhattam podem abrigar a velocidade. A categoria começa a visar novos mercados para o futuro. Entretanto, as ruas norteamericanas não são os únicos alvos.

No próximo ano a F1 terá um palco na Índia – agora entenderam o porquê da estreia de Chandhok? –, um centro ainda pouco explorado. Em 2012, a categoria máxima do automobilismo deve estrear na Rússia. O sonho de Eclestone é promover, em 2013, o evento nas ruas de Nova Iorque. Talvez para bater de frente com a beleza de Mônaco. Claro, com um visual totalmente novo e diferente.

Este ano a Fórmula 1 vai conhecer uma nova sede. É o GP da Coréia do Sul, palco da antepenúltima etapa do mundial e, talvez, abrigo para um novo campeão mundial. A F1 moderna já procura novos espaços para ter o predomínio no gosto mundial. A China, próxima prova, está no calendário desde 2004, quando Rubens Barrichello venceu. O tecnológico circuito de Abu Dhabi (foto), nos Emirados Árabes, estreou no ano passado.
Para abrigar as novas casas, a F1 terá que se desfazer de velhas conhecidas. Talvez o GP da Europa seja extinto. Sempre com duas sedes, em Nurburgring ou Valência, é a corrida que tem mais chances de desaparecer do mapa. Aliás, falando em extinção, no filme Godzilla, um ovo sobrou no final, mas o filme 2 não saiu! E a Fórmula 1 em Manhattam? Jogo de marketing? Seria um evento especial, espero que ocorra!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Frases pós corrida - Malásia

Por Bruno Gerhard


Continuamos com nossa fase de frases pós corrida. Frases estas que, como já disse antes, muito querem dizer sobre cada piloto e equipe...pelo menos no momento "pós corridas". O mais interessante é ver o quanto a opinião de cada um desses pilotos mudou no decorrer da semana. Podemos identificar blefes, momentos de nervosismo, sarcarsmo....
Sem  mais, fico por aqui e deixo vocês com as frases pós corrida do Gp de Kuala Lumpur, na Malásia:

Sebastian Vettel (1º - Aleluia): “Foi crucial para a equipe se manter relaxada e não entrar em pânico. A
temporada é longa, mas este é o melhor resultado que poderíamos alcançar, com a dobradinha.”

Mark Webber (2º): " Tivemos problema de estratégia (...). O importante é que o carro está respondendo muito bem. O resultado final foi muito bom."

Nico Rosberg (3º): "Foi um resultado fantástico. Infelizmente, a largada não foi tão boa. (...) Claro que a gente tem que melhorar, mas o resultado aqui foi excelente."

 Lewis Hamilton (6º): "Não disse nada. Chegou à frente de Button e o chororô que se mantinha desde o início da temporada cessou...por enquanto."

Felipe Massa (7º - Líder do mundial de pilotos): “A sensação de liderar é, sem dúvida, boa(...), mas ainda há 16 corridas pela frente e nada muda. Fizemos um bom trabalho nestes três GPs(...).Temos muito trabalho a fazer, por isso precisamos ficar concentrados para não desperdiçar nossos esforços.”

Fernando Alonso (Quebrou à duas voltas do final - estava em 9º): “Desde o início as coisas deram errado. Foi provavelmente a corrida mais difícil da minha vida em termos de pilotagem, porque eu tive de improvisar a cada curva. Foi um fim de semana difícil. Às vezes, somos nós, às vezes, são os outros. Você tem que aproveitar as oportunidades.”

Rubens Barrichello (12º) para Lucas Di Grassi (14º): “Nós perdemos uma boa oportunidade hoje (...).A porcaria do nosso carro ainda não está legal. Vamos sorrir senão vamos chorar. Eu vou chorar ali no canto.”

Michael Schumacher (Não completou): "Perdi uma porca da roda, então não tinha mais movimentação à esquerda. Estávamos em uma boa posição e, apesar de ser uma longa corrida, parecia que estava tudo bem."

Kimi Raikkonen (O que é Fórmula 1?): “Se não tivessem dito, eu nem lembrava que tinha GP da Malásia neste fim de semana.”


RBR (Adrian Newey): “O duto da McLaren é inteligente e abre possibilidades. Entretanto, estou preocupado com a segurança dele. É uma questão complicada, mas ele será incorporado junto com algum novo pacote, em um momento oportuno. Estamos desenvolvendo o dispositivo.”

Ferrari (Stefano Domenicali): “Somos competitivos, estamos fortes e precisamos dar um jeito nas falhas.”

Mercedes (Nick Fry): Ele (Schumacher) aprende um pouco mais a cada corrida e tudo depende de se acertar em uma delas. Pode demorar um pouco, mas era o que esperávamos. Eu não subestimaria Schumacher.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sorteio para escolher o pole

Acredite se quiser. É justamente o que você leu no título deste texto. Bernie Ecclestone, um dos chefões da F1 – comercial –, sugeriu que, para as corridas ficarem mais divertidas para os fãs da categoria, o grid deveria ser sorteado. Ecclestone levou em consideração a chuva que caiu na Austrália e nos treinos da Malásia, para explicar as ótimas corridas que ocorreram nas duas últimas semanas.

De acordo com o inglês, ninguém deve se fantasiar, pois as corridas devem ser como a do Bahrein, taxada como monótona. “Não fiquem iludidos, tivemos sorte com a chuva. Precisamos fazer algo. Pela primeira vez, as equipes chegaram à conclusão de que mudanças são necessárias. Não precisamos inverter o grid de largada, precisamos apenas de mais ultrapassagens”, disse para a BBC.


O chefe da F1 ainda propôs uma ideia curiosa. “Por que não colocar uma garota bonita e sortear os pilotos que serão os dez primeiros do grid?”, opinou. Independente do que acha Ecclestone, acredito que não foi apenas a chuva que deixou as corridas interessantes. No GP do Bahrein, abertura do mundial, nenhum piloto ou equipe tinha a ideia da hora exata de parar para troca dos pneus. Resultado: Todos pararam praticamente nas mesmas voltas.




Na corrida seguinte, claro, além da chuva, que embolou os carros bons e ruins, vimos táticas de duas trocas de pneus, que resultam em um carro rápido no fim da prova. Outros arriscaram apenas uma troca, o que gerou brigas por posições no final das corridas. A F1 não precisa das soluções mágicas de Ecclestone. Quanto mais os estrategistas elaborarem um boa tática, melhor ficarão os Grandes Prêmios.


domingo, 4 de abril de 2010

Enfim, os melhores

Finalmente pintou a primeira vitória de Vettel e da RBR no ano, aliás, veio com dobradinha. Entretanto, poderia ser a terceira. O carro projetado por Adrian Newey se apresenta como principal candidato ao título. Mesmo com apenas 3 corridas. Apesar disso, a falta de regularidade de Vettel, no início do ano, não o deixa na liderança do mundial de pilotos. Com o melhor começo de temporada na carreira, Felipe Massa é o líder com 39 pontos.

Nico Rosberg, ovacionado pelos malaios, que viram a Petronas no pódio – empresa local –, deve agradecer ao motor Mercedes. Não apenas pela potência, mas por ter deixado Michael Schumacher na mão, já na 11ª volta. Os primeiros colocados foram decididos no início da prova. Os dois primeiros, na primeira curva. Sebastian Vettel ultrapassou o pole Mark Webber e liderou a prova inteira.

Mclaren e Ferrari, que largaram no fundo do pelotão, usaram estratégias diferentes para cada piloto. O lado inglês pensou melhor. Hamilton foi quem se deu bem. Ele ficou na frente dos concorrentes e foi abrindo espaço, ultrapassando os outros pilotos no começo da corrida. Button tentou, novamente, o pulo do gato, usando a tática de trocar os pneus já na 9ª volta. Deu certo, ele ficou a frente das Ferrari no fim da prova, mas com o desgaste dos compostos, perdeu rendimento.

A Ferrari optou por ficar na pista por um bom tempo. Felipe Massa trocou os pneus duros, por moles, cerca de 10 voltas antes de Alonso. O carro de Massa se comportou bem no final. O brasileiro não só encostou em Button, como o passou e chegou a colar em Sutil e Hamilton, 5º e 6º colocados. Alonso, com problemas na marcha, parou mais tarde no box. Também levou vantagem com relação a Button. Quando o espanhol tentou a ultrapassagem, o motor italiano estourou.


No final da fila, após ficar parado na largada – anti-stall de novo? –, Barrichello fez a mesma tática de Button, parou logo cedo. A estratégia funcionou, mas a Williams, com pneus desgastados, também não teve bom rendimento no fim e o brasileiro perdeu posições. Ele acabou parando uma segunda vez. Bruno Senna e Lucas di Grassi completaram a prova. Com o abandono de Alonso, di Grassi ficou a 3 posições da zona de pontuação.

Ah, mais uma vez a previsão das equipes errou. Principalmente a da Williams, que foi ao ar na transmissão. A chuva não caiu. Uma pena. O mundial deixou os 5 líderes separados por poucos pontos: 1º Massa – 39; 2º Alonso, 37; 3º Vettel, 37; 4º Button, 35; 5º Rosberg 35. Descaque para os pilotos Jaime Alguersuari e Nico Hulkenber, ambos marcaram os primeiros pontos da carreira. Sem esquecer de Kubica, que mais uma vez fez milagre com a Renault e chegou em 4º.

  • 1º Sebastian Vettel - RBR 1:33:48.412
    2º Mark Webber - RBR +4.8
    3º Nico Rosberg - Mercedes +13.5
    4º Robert Kubica – Renault +18.5
    5º Adrian Sutil – Force India +21.0
    6º Lewis Hamilton – McLaren +23.4
    7º Felipe Massa – Ferrari +27
    8º Jenson Button – McLaren +37.9
    9º Jaime Alguersuari – STR +70.6
    10º Nico Hulkenberg – Williams +73.3
    12º Rubens Barrichello – Williams +1 VOLTA
    13º Lucas di Grassi – Virgin +3 VOLTAS
    15º Bruno Senna – Hispania +4 VOLTAS

MELHORES MOMENTOS:

Vettel passou Webber na primeira curva

O motor Ferrari não esteve bem, as duas Saubers quebraram
Schumacher voltou a pé para o box

Com o pneu desgastado no fim, Barrichello precisou de duas paradas

Mesmo sem a chuva, muitos carros abandoram na Malásia: 8

sábado, 3 de abril de 2010

Que venha o dilúvio

Uma chuva intensa pode acabar com qualquer carro de ponta na F1. Ruim para eles, bom para os menores. Algumas das equipes da categoria, como a Hispania, Virgin e Lotus possuem no aguaceiro de Kuala Lumpur, a esperança para brilharem e marcarem os primeiros pontinhos – talvez únicos. Com as condições niveladas, muitos favoritos podem sair da pista.

No ano passado, uma forte tempestade interrompeu a prova da Malásia. Entretanto, a chuva chegou a dar uma trégua, mas o Sol já estava sumindo e a visibilidade piorava a cada minuto. Por isso a prova não seguiu. Este ano, com a realização da corrida com uma hora de antecedência, as pequenas equipes vêem a chance do pontuar.

Na corrida passada, em Melbourne, na Austrália, 14 carros completaram as 58 voltas do circuito. Chandhok, pela Hispania e Kovalainen, pela Lotus, ficaram a poucas posições do 10º lugar – colocação que recebe ponto no novo sistema de pontuação, implementado este ano. Em Sepang, a chuva do treino classificatório foi capaz de tirar campeões mundiais da pista, o que pode acontecer novamente na corrida.

O grande perigo da pista molhada é a aquaplanagem. No trânsito cotidiano, isso ocorre quando os pneus perdem contato com a pista, já que o pneu não consegue cortar toda a camada de água do asfalto. Na F1 é diferente. Por serem muito baixos, os carros possuem a tendência de flutuarem, caso a camada de água seja muito grande.

O acerto na altura do carro é fundamental para condições adversas. “Erramos na altura, mas não tínhamos experiência aqui nestas condições. O carro estava um pouco baixo... Se continuar chovendo desse jeito, não será fácil se manter na pista. Gosto de pilotar na chuva, mas nesta quantidade é muito complicado, explica Bruno Senna ao site do Globo Esporte.

A equipe favorita para estas condições é a RBR. O carro projetado por Adrian Newey possui uma tecnologia nova, capaz de – sem a interferência física dos mecânicos – aumentar a altura do carro. O segredo ainda não foi desvendado, mas deve estar na suspensão. Com chuva, um carro baixo pode aquaplanar facilmente. Por enquanto, só a RBR pode aumentar ou diminuar a altura do carro durante a prova – isso a favorece, já que um carro alto, não é tão rápido quanto um baixo; a equipe pode fazer essa mudança no meio da corrida.

Mark Webber na pole



O que todos temiam (e previam) aconteceu, a chuva chegou e nenhuma equipe estava realmente preparada com o acerto ideal para as condições que se estabeleceram pelo senhor do tempo. O resultado disso, foi um estranho e louco treino classificatório, com muitas rodadas, Ferraris e McLarens larganda bem atrás e três pilotos brasileiros nas quatro ultimas posições do grid.

A primeira parte do treino começou com uma grande dúvida para pilotos e equipes, entrar com pneus intermediários ou pneus para chuva? A pista intercalava lugares secos com lugares muito molhados. Grande parte dos pilotos que saiu com intermediário teve problemas, Petrov, Buemi, Liuzzi e Senna (que abandonou na caixa de britas). Depois, a chuva aumentou ainda mais, todos voltaram com pneus para chuva e mais um show de rodadas e saidas de pista com Hamilton, Petrov (novamente), Alonso, Massa e Button (que teve de abandonar o treino).



Com todas essas rodadas e a incrível falha da Ferrari, que acreditou na previsão do tempo (que não acertou quase nenhuma das previsões até então) e esperou para sair dos boxes com os dois carros, que acabaram ficando fora logo na primeira parte, assim como Hamilton e sua McLaren. Trulli, Chandhok, Senna (novamente atrás do indiano) e Di Grassi completara o fim do grid.



Massa afirmou que o erro foi de todos da equipe. Alonso minimizou os fatos dizendo que a posição é apenas uma piada e que muita coisa podera acontecer na corrida de amanhã. Ao contrário dele, Hamilton disse que para conquistar algo no domingo, o trabalho deverá ser duro.

Na segunda parte do treino as equipes, para não cometerem o mesmo erro da Ferrari, logo fizeram fila na saída dos boxes. A pista menos molhada deu a oportunidade dos pilotos usarem os pneus intermediários. Mesmo assim Glock rodou e Buemi saiu da pista. As surpresas ficaram por conta de Kobayashi que passou para a ultima parte do treino e Petrov, que além de ficar em 11º, viu seu companheiro Robert Kubica passar novamente para a ultima fase e ainda deu uma bela cabeçada no televisor que fica em cima de seu carro nos boxes.



A "Super Pole" (salve Galvão) começou de uma maneira controvérsa. Os carros novamente fizeram fila para sair dos boxes, os dois carros da Force India tomaram a dianteira, mas Robert Kubica "furou" a fila e saiu na frente de todos. Mesmo assim, nenhuma volta foi computada, pois a chuva aumentou e o treino foi paralisado e assim permaneceu por 12 minutos. Sebastian Vettel concordou com a paralisação: "Estávamos mais nadando que pilotando". No reinicio do treino, com menos chuva, os dois carros da Force India alinharam lado a lado para que polonês nenhum fizésse gracinha novamente.




Com temperatura ambiente em 26º e a pista em 24º (bem menos do que todos os outros dias de treino), quem se deu bem foi Mark Webber. O Australiano foi o unico a arriscar com pneus intermediários e marcou o tempo de 1m49s327 e, vejam isso (salve Marcelo Tas), MAIS DE UM SEGUNDO de diferença para o segundo colocado Nico Rosberg (que novamente ficou a frente de Schumacher, aliás, bem a frente de Schumacher). Rubens Barrichello, o brasileiro mais bem colocado no grid, largará em sétimo e lamentou a escolha errada dos pneus "deveria ter escolhido pneus intermediários na minha última tentativa, que me proporcionariam um tempo melhor". O problema de Barrichello foi terminar atrás de seu companheiro Nico Hulkenberg, o quinto.

Previsão de chuva forte para o horário da corrida de amanhã, tudo pode mudar em uma única volta. Veremos. Um abraço!



Tempos do treino classificatório:

1 Mark Webber – RBR - 1m49s327
2 Nico Rosberg - Mercedes - 1m50s673
3 Sebastian Vettel - RBR- 1m50s789
4 Adrian Sutil - Force Índia - 1m50s914
5 Nico Hulkenberg – Williams - 1m51s001
6 Robert Kubica – Renault - 1m51s051
7 Rubens Barrichello – Williams - 1m51s511
8 Michael Schumacher - Mercedes - 1m51s717
9 Kamui Kobayashi – Sauber - 1m51s767
10 Vitantonio Liuzzi - Force Índia - 1m52s254

11 Vitaly Petrov – Renault - 1m48s760
12 Pedro de la Rosa – Sauber - 1m48s771
13 Sebastien Buemi – STR - 1m49s207
14 Jaime Alguersuari – STR - 1m49s464
15 Heikki Kovalainen – Lótus - 1m52s270
16 Timo Glock – VRT - 1m52s520
17 Jenson Button – McLaren - sem tempo El

18 Jarno Trulli – Lótus - 1m52s884
19 Fernando Alonso - Ferrari - 1m53s044
20 Lewis Hamilton – McLaren - 1m53s050
21 Felipe Massa – Ferrari - 1m53s283
22 Karun Chandhok – Hispania - 1m56s299
23 Bruno Senna – Hispania - 1m57s269
24 Lucas di Grassi – VRT - 1m59s977

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Como no primeiro treino

Tudo se repetiu no segundo treino livre – TL2 – da Malásia. Os carros com os motores Mercedes lideraram, mas desta vez, um “intruso” esteve entre eles. Sebastian Vettel, que quase ficou com o primeiro tempo do dia, acabou na segunda posição do treino dois. Hoje intruso, amanhã, na classificação, é o favorito. Este ano só deu Vettel na pole position.

O único problema da RBR é o motor. Mark Webber teve problema no propulsor Renault. O motor francês quebrou no TL2 e o australiano ficou apenas na 20ª posição, com apenas 13 voltas. Na ponta, apenas 0.266 milésimos separaram o tempo de Hamilton, 1:34.175, do segundo lugar de Vettel – 1:34.441. Outro destaque dos treinos malaios foi a Renault de Robert Kubica. O polonês ficou logo atrás dos carros que usam motor Mercedes, nos dois treinos. Ele foi o 5º no TL1 e o 6º no TL2, já que Vettel esteve entre os 4 mais rápidos a tarde. Nico Rosberg ficou novamente a frente de Michael Schumacher, pouco mais de 2 décimos.
A Ferrari não esteve bem, principalmente com Felipe Massa, apenas o 15º no TL2. Apesar das más posições, Massa seguiu otimista. “Tentamos encontrar um bom acerto e compreender o comportamento dos pneus. Precisamos trabalhar mais para melhorar o desempenho imediato. Mais uma vez, agora em uma pista com curvas rápidas, tenho um bom sentimento sobre o F10”, disse o brasileiro para o globoesporte.com.
A chuva segue nas previsões do tempo para o final de semana. Porém, a chuva, de acordo com a previsão postada no site da F1, deveria aparecer nos treinos de sexta. Mas não choveu. Será tudo uma grande suposição até os treinos classificatórios e a corrida.

Sol na Malásia; não foi 1º de abril

Enquanto o mundo fala das chuvas malaias, Kuala Lumpur teve uma manhã de Sol forte. A temperatura chegou a 38 °C, a pista estava muito quente. Em pleno 1º de abril, a chuva resolveu enganar todos e não apareceu. O que não enganou ninguém foi a potência dos motores Mercedes. Com duas grandes retas, o circuito de Sepang propicia um ótimo rendimento do motor. Resulto: As quatro primeiras posições.

Lewis Hamilton marcou 1:34:921 na parte inicial do treino. Foi o suficiente para terminar na primeira posição do TL1 – treino livre 1. O motor alemão foi formidável na primeira sessão de treinos livres. Nico Rosberg, pela Mercedes, foi o 2º. Atrás dele, Jenson Button e Michael Schumacher.

A outra equipe que usa o propulsor alemão é a Force Índia, que acabou no 7º lugar com Adrian Sutil. Paul di Resta substituiu Liuzzi e foi o 15º. As RBR não foram tão bem. Vettel chegou a reclamar dos freios durante o treino. Mas o time sempre é forte na classificação e na corrida. Sexta é apenas aquecimento para os austríacos.

Nenhum brasileiro ficou entre os 10 primeiros. Felipe Massa foi apenas o 11º. O piloto da Ferrari cometeu alguns erros durante o TL1. Rubens Barrichello, em termos de carros rápidos, foi o último – 18º –, apenas a frente dos 6 carros novos do grid. Acredito que o brasileiro fez um treino com tanque cheio. Lucas di Grassi, pela Virgin, foi o 21º. O brasileiro esteve a frente dos dois carros da Hispania e de Fairuz Fauzy, piloto reserva da Lotus, que substituiu Kovalainen.

Bruno Senna completou 27 voltas, apenas Kamui Kobayashi da Sauber andou mais que ele – 28. O piloto da Hispania ficou na penúltima colocação, 6.911s atrás do tempo de Hamilton. O brasileiro recebeu um tanque de combustível novo para o GP da Malásia. Agora o compartimento possui divisórias, que impedem que o combustível fique balançando no tanque.

Confira os 10 primeiros do TL1:

1º- Lewis Hamilton – Mclaren – 1:34:921
2º- Nico Rosberg – Mercedes – 1:35.106
3º- Jenson Button – Mclaren – 1:35.207
4º- Michael Schumacher - Mercedes – 1:35.225
5º- Robert Kubica – Renault – 1:35.402
6º- Mark Webber – RBR – 1:35.479
7º- Adrian Sutil – Force India – 1:35.955
8º- Fernando Alonso – Ferrari – 1:35.959
9º- Sebastian Vettel – RBR – 1:36.043
10º- Sebastien Buemi – STR – 1:36.100
11º- Felipe Massa – Ferrari – 1:36.451
18º- Rubens Barrichello – Williams – 1:38.278
21º- Lucas di Grassi – Virgin – 1:40.159
23º- Bruno Senna – Hispania – 1:41.832