segunda-feira, 24 de maio de 2010

Quadro: Minha PROVA

O 1º GP lança mais uma novidade: a interatividade. Agora é o momento de VOCÊ participar. Envie-nos um texto e conte qual foi a corrida de F1 que marcou sua vida. Envie para williamkayser@yahoo.com.br e tenha o seu texto publicado aqui. A equipe 1º GP ficará a espera da sua participação. Mostre aos amigos, familiares e colegas o dia que a F1 esteve mais do que presente em sua vida. Participe!

Felipe Botion, estudante, Maringá-PR, tema: "A primeira vitória de Barrichello"

Era manhã de 30 de julho de 2000. A corrida era na Alemanha, no belíssimo circuito de Hockenheim, mais conhecido como Floresta Negra.

Esse dia não foi especial somente para mim. Foi especial também para milhões de brasileiros que esperaram pouco mais de sete anos para ver a bandeira verde e amarela tremulando no alto do pódio da F1. Foi sensacional rever um brasileiro no lugar mais sonhado da F1.

Quando se encerraram os treinos no sábado, pensei comigo mesmo que o GP de domingo seria mais um como todos os outros. Vitória de Schumacher ou Mika Hakkinen. Rubinho era apenas o 18º no grid de largada. O motivo dele ter ido tão mal assim, não me recordo. E também nem vale a pena, né? O final que é importante lembrar. Um final feliz.

Acordei no domingo, às 9h da matina, meio desanimado para ver a corrida. Estava meio friozinho na quente Maringá-PR. Para sair da cama em um domingo de manhã e ainda por cima um friozinho tentador e chamativo, é somente por uma boa causa.

Ritual de sempre, ir na geladeira, encher um copo com leite com “toddy”, deixar por um tempo no microondas e depois ir para a sala ver a corrida.

Vamos à corrida. Logo na largada Schumacher e Fisichela se tocam, ambos ficaram de fora da prova. Ainda bem. E Rubinho, diferente de seu companheiro de equipe, largou muito bem. Logo na quinta volta, o brasileiro já ocupava a quinta colocação na prova. Mais algumas voltas para frente e o velho Rubens já ocupava o terceiro lugar.

Um fato que ajudou o Rubinho na corrida foi que um bêbado entrou na pista, deixando esse GP ainda mais conturbado. Rubinho tem sorte quando uns malucos entram na pista, vide o GP da Inglaterra em 2003.

Curada a ressaca do senhor bêbado, outro fato, bastante corriqueiro na F1, aconteceu: chuva. Praticamente todos os pilotos foram para os boxes trocar de pneus. Rubinho, não. Ele ficou firme e forte, mas logo atrás vinha o finlandês Hakkinen, tirando quase dois segundos por volta.

Não sei como que o Rubinho conseguiu segurar sua Ferrari naquela chuva. Só sei que eu estava sentado no sofá de casa torcendo, e muito, para aparecer logo no vídeo a famosa bandeirinha quadriculada. Hakkinen e Coulthard vinham atrás. Qualquer vacilo de Rubinho e pronto, fim de corrida.

Confesso que escrevendo esse texto, vi o vídeo dessa vitória umas sete vezes no Youtube. Até o tão contestado Galvão Bueno mandou bem nesse dia. A narração dele deu um toque a mais na sensacional vitória de Rubinho.

Como foi bom ver o Schumacher fora. Como foi bom aquele bêbado ter invadido a pista. Como foi bom ter começado a chover. Como foi bom levantar cedo para ver essa corrida. Como foi bom ver um brasileiro vencer uma corrida após sete anos de angustia e espera. Como foi bom ver logo a bandeirinha quadriculada, Hakkinen vinha logo atrás. Como foi bom ver o Rubinho cruzar a reta. E, finalmente, como foi engraçado ver o Rubinho no pódio sendo carregado por Hakkinen e Coulthard.

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