domingo, 5 de abril de 2009

Lambança premeditada

No momento em que a chuva parou, Mark Webber, piloto da RBR, e líder da associação dos pilotos (GPDA) andou de lá para cá em busca de dicas e sugestões para a conclusão da corrida. Em alto e bom som, foi possível, pela transmissão da televisão, ouvir o australiano sugestionar à Fernando Alonso, da Renault, algo como 8 voltas com Safety Car à frente do pelotão, e após isso, fim de prova. Neste caso, os pontos seriam contados em sua totalidade – os pontos foram divididos por 2, já que menos de 75% da prova foi completada –.

Mas aí o questionamento aparece. Mas se a chuva parou, por que não recomeçar a prova? Devido ao horário do GP da Malásia, como também na Austrália, que Bernie Ecclestone, presidente da FOA (Formula One Administration), introduziu, para a melhor adequação dos horários de televisão inglesas, teve o por do sol no final da prova, o que deixou mais bonito o pódio. Até aí tudo bem. Mas a corrida não voltou a ser realizada porque o anoitecer chegaria em menos de 20 minutos. A questão do tempo – duas horas de prova – não era o maior motivo, já que com a prova parada, o tempo não continua, ele para. Mas como estamos falando de Kuala Lumpur, circuito de Sepang, e não de Cingapura – corrida noturna da F1, realizada com iluminação artificial – e os carros de Fórmula 1 não possuem farol, seria impossivel de guiar no escuro. Ecclestone, poderia ter ficado sem essa "cartolada".

Lambança à parte, o alemão Timo Glock, da Toyota, parecia muito feliz ao término da corrida, já que chegou no pódio. O piloto até brincou, durante a entrevista coletiva dos três primeiros colocados, transmitida pela Spotv, que durante a corrida recebeu informações de que era o líder. Logo depois, quando a prova foi paralisada, as informações é que ele era o 2º. Instantes antes de subir ao pódio, recebeu a informação de que caiu para o 3º posto. Na mesma entrevista, Nick Heidfeld, o alemão da BMW, que ganhou de presente o 2º lugar – que em 2007 e 2008 poderia ser considerado normal – comentou que a demora para a finalização da prova, já com ela paralisada, demorou, pois a decisão de encerrar a prova na última volta antes da bandeira vermelha ou na penúltima volta, não havia saído ainda.

Feliz mesmo ficou Jenson Button, o inglês da Brawn GP e líder do mundial de pilotos. Rubens Barrichello, também da BGP, ainda saiu no lucro. Caso a pontuação fosse normal, neste momento Button seria líder com 20 pontos e o brasileiro teria 12. 8 pontos de desvantagem e ainda estaria apenas 1 ponto, a frente de Jarno Trulli, italiano da Toyota, que teria 11 pontos. Com a pontuação pela metade – última vez que isso ocorreu foi em 1991, quando o brasileiro Nelson Piquet, pela Benetton (26,5 pontos) e o italiano Gianni Morbidelli (0,5 ponto), pela Ferrari, ficaram com a pontuação quebrada – confira como está a diferente tabela – com pontos quebrados – do mundial de pilotos e em seguida de contrutores.

Pilotos:
1 Jenson Button (Brawn-Mercedes) 15
2 Rubens Barrichello (Brawn-Mercedes) 10
3 Jarno Trulli (Toyota) 8.5
4 Timo Glock Toyota 8
5 Nick Heidfeld BMW Sauber 4
6 Fernando Alonso Renault 4
7 Nico Rosberg Williams-Toyota 3.5
8 Sebastien Buemi STR-Ferrari 2
9 Mark Webber RBR-Renault 1.5
10 Lewis Hamilton McLaren-Mercedes 1
11 Sebastien Bourdais STR-Ferrari 1

Construtores
1 Brawn-Mercedes 25
2 Toyota 16.5
3 BMW Sauber 4
4 Renault 4
5 Williams-Toyota 3.5
6 STR-Ferrari 3
7 RBR-Renault 1.5
8 McLaren-Mercedes 1
9 Force India-Mercedes 0
10 Ferrari 0

Ferrari no último lugar! E olha que o dia 1º de abril já passou.

2 comentários:

  1. A Corrida foi emocionante, parabéns pelo blog.

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  2. Fala William,

    Muito legal o seu blog, gostei muito. Topa trocar links para veicular nos blogs?

    Obrigado pela visita no Super GP.

    Abraços,

    Matheus

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