O primeiro treino livre para o GP da Malásia de Fórmula 1 já começou com muito pano para a manga. Os pilotos são contra os pneus mais duros, fornecidos pela Bridgestone. Eles alegam que, quando frios, os pneumáticos não se comportam bem. A soma: discos de freio e pneus duros com ambos frios, acarreta em lances como o de Nelsinho Piquet, brasileiro da Renault, que rodou logo após a saída do Safety Car em Melbourne na Austrália.
A reclamação por parte dos pilotos é justa. Os pneus duros, antes de aquecer, se comportam como patins em cima do gelo. As Toyota que o digam. Ambas – com o alemão Timo Glock e o italiano Jarno Trulli (que recebeu de volta o 3º lugar na Austrália, após desclassificação de Hamilton) – rodaram na pista de Kuala Lumpur.
O circuito malaio difere muito do australiano, além da temperatura ser quente – imagino que não tão quente quanto o cockpit do finlandês Kimi Raikkonen, quando algo do painel de sua Ferrari pegou fogo –, parece muito com o circuito americano de Indianápolis, que possui uma parte mista, com muitas curvas, o que necessita de muita pressão aerodinâmica dos carros e a outra parte com trechos de grandes retas, que seguram a velocidade de um carro que esteja preparado para a parte mista – um fórmula 1 com muita pressão aerodinâmica, saíra melhor na parte mista –.
Com os treinos entre os intervalos de grande prêmio banidos, os livres se tornam essenciais. O que observei neste primeiro, na Malásia, é que os carros com “algo à mais” estão se saindo melhor. Nas 4 primeiras posições, duas Williams e duas Brawn GP, donas dos difusores mágicos. Respectivamente Nico Rosberg (1:36.260), Kazuki Nakajima, Jenson Button e Rubens Barrichello. Na BGP001, o carro de Button parece mais estável que o de Barrichello. Em muitas vezes, o brasileiro teve que segurar o carro na última curva do circuito, enquanto Button guiava limpo. Na 5ª e 6ª posições, mais dois carros com diferencial: as Ferrari ( o brasileiro Felipe Massa na frente de Raikkonen), com o KERS (sistema de recuperação de energia cinética – proveniente dos freios –.)
Enquanto isso, os carros de BMW e Renault, lutam, mas não saem das últimas posições. Nelsinho, desta vez, teve seu pneu dianteiro direito estourado, e teve que se contentar com a 14ª posição, mesmo assim, à frente do espanhol Fernando Alonso, seu parceiro de equipe, em 16º. Circuito a parte, os melhores – da nova hierarquia da F1 – seguem na ponta.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Segura "pneu"
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