Tudo pode acontecer

O mundial de Fórmula 1 está afunilando e restam 3 provas para o término do ano. A vantagem de Jenson Button é de 15 pontos com relação a Rubens Barrichello. Nunca o brasileiro chegou ao fim de um campeonato com tantas chances de título. O crescimento nas últimas etapas foi tamanho, que especialistas começaram a achar que era sorte de campeão. Mas uma corrida com vantagem do inglês, já bastou para a desmotivação.

O discurso de Button é de cautela. Ele não está preocupado com os 5 pontos que podem lhe dar o título já no Japão. “Todos estão dizendo que se eu somar cinco pontos a mais que Rubens eu vou ganhar o campeonato. Sei que é verdade, mas meu objetivo é vencer o Mundial e não vou correr riscos incomuns. Vou pilotar como venho fazendo e espero que isso seja suficiente”, comentou o piloto ao site Autosport.

Cautela foi o que sobrou em Lewis Hamilton tanto em 2007 quanto em 2008. Ele tinha a vantagem na liderança, mas foi tão preocupado em não se expor, que quase perdeu o título mundial nos dois anos [perdeu em 2007 com 17 pontos de vantagem nas duas útlimas etapas]. Tudo pode acontecer, mas o inglês pode acabar entrando na mesma vala que o compatriota em 2007. Hamilton venceu no Japão e abriu 17 pontos do “futuro campeão mundial”, Kimi Raikkonen, quando apenas duas provas restavam.

Cingapura e Bélgica foram exemplos em que Barrichello poderia ter diminuído uma grande margem de pontos. Se vão faltar ou não, isso o tempo dirá. Mas algo me diz que esse campeonato só será decido na última etapa. Imaginem, Abu Dhabi com uma diferença de 5 pontos apenas? Seria incrível. O que não precisa de cálculos são as chance da Brawn ser campeã de construtores. A RBR pode fazer no máximo 164.5, ou seja, a equipe de Ross necessita de 11.5 em 3 corridas. São 4 pontos por prova.

Mundial de pilotos:

1 Jenson Button Inglaterra Brawn-Mercedes 84
2 Rubens Barrichello Brasileiro Brawn-Mercedes 69
3 Sebastian Vettel Alemão RBR-Renault 59
4 Mark Webber Australiano RBR-Renault 51.5
5 Kimi Räikkönen Finlândes Ferrari 40
6 Lewis Hamilton Inglês McLaren-Mercedes 37
7 Nico Rosberg Alemão Williams-Toyota 30.5
8 Fernando Alonso Espanhol Renault 26
9 Timo Glock Alemão Toyota 24
10 Jarno Trulli Italiano Toyota 22.5
11 Felipe Massa Brasileiro Ferrari 22
12 Heikki Kovalainen Finlândes McLaren-Mercedes 17
13 Nick Heidfeld Alemão BMW Sauber 12
14 Robert Kubica Polonês BMW Sauber 9
15 Giancarlo Fisichella Italiano Ferrari 8
16 Sebastien Buemi Suiço STR-Ferrari 3
17 Sebastien Bourdais Francês STR-Ferrari 2

Mundial de construtores

1 Brawn-Mercedes 153
2 RBR-Renault 110.5
3 Ferrari 62
4 McLaren-Mercedes 59
5 Toyota 46.5
6 Williams-Toyota 30.5
7 Renault 26
8 BMW Sauber 21
9 Force India-Mercedes 13
10 STR-Ferrari 5

Motor atrapalhou Barrichello

O brasileiro da Brawn perdeu a grande vantagem que havia aberto com relação a Jenson Button. Rubinho perdeu os mais de 7 segundos a mais que o inglês. Mas de acordo com ele, uma falha no segundo pit stop pode ter sido decisiva para o revés com relação ao líder do mundial.

“Era o que dava para fazer no segundo trecho. O carro não rendia o que esperávamos, mas a minha estratégia era para abrir sete segundos para o Button e fiz isso. No segundo pit stop, o ponto-morto não entrou, o giro baixou e, na hora que tinha de entrar o anti-stall, que me atrapalhou em outras corridas, não funcionou. O motor apagou e eu perdi dez segundos.”, foi o que disse Barrichello à Rede Globo.

O tal anti-stall é o sistema que não deixa o F1 morrer. Ele é acionado quando os giros do motor ficam baixos demais. Foi isso que fez com que Rubinho ficasse parado nas largadas na Austrália, Turquia e Bélgica. Quando precisou, hoje, o sistema não funcionou. Sorte de não campeão? O tempo dirá. Ainda restam 3 provas. O brasileiro precisa tirar uma vantagem maior que 5 pontos por corrida para ser campeão do mundo.

Incertezas e problemas na manchada Cingapura

Na segunda corrida mais demorada do ano [a primeira foi na China 1:57:43.485], Lewis Hamilton da Mclaren venceu mais uma no ano. Se igualou ao número de vitórias de Barrichello em 2009: duas. E também ao número de vitórias na carreira: 11 [assim como Massa]. Estranho a ponta da prova não ter nenhum candidato ao título, e assim parece que será até o final de ano da Fórmula 1.

Rubens Barrichello mostrou apetite na largada – o que não faltou em nenhum momento do ano –, e conseguiu duas ótimas posições. Ele brigou forte com Robert Kubica da BMW e Heikki Kovalainen da Mclaren. O brasileiro, que perdeu 5 posições no grid, já que trocou o câmbio, ganhou mais uma de Nick Heidfeld da BMW, que largou dos boxes.

Alguns ponteiros da corrida alternavam posições. Mark Webber da RBR, ultrapassou Fernando Alonso da Renault, mas logo devolveu a posição. Sebastian Vettel da RBR perdeu, na largada, o 2º lugar para o veloz Nico Rosberg da Williams. Na frente, soberano, nem o problema com o KERS segurou o inglês da Mclaren que abria vantagem. A distância poderia ser maior, não fosse o acidente entre Adrian Sutil da Force Índia e Heidfeld, na volta 21, o que obrigou a entrada do SC (Safety Car).



O SC ajudou o líder do mundial, Jenson Button, por um lado, já que caso ele seguisse por mais voltas na pista, poderia conseguir logo no primeiro trecho a posição em cima de Barrichello. Mesmo assim o inglês voltou bem. Quem não retornou tão bem foi Jaime Alguersuari da STR. O espanhol, como Massa em 2008, arrancou do pit com a mangueira acoplada no carro.


O problemas inesperados começaram a surgir daí em diante. Vettel perdeu o retrovisor e excedeu o limite de velocidade no pit lane, com isso foi punido com uma passagem nos boxes. Webber, com problemas no disco de freio, perdeu o controle do carro e bateu. Esse mesmo problema apareceu no carro do “pesado” Button, que fez uma rápida parada na última parte da prova e passou Rubinho. O brasileiro chegou a apertar no fim, mas não conseguiu a ultrapassagem.

A vantagem cresceu em um ponto: são 15 agora. Mas como estamos falando da corrida, Hamilton venceu tranquilo, seguido por Timo Glock da Toyota e Alonso da Renault. O inglês e o espanhol voltaram ao pódio no país, mas em posições opostas. Com inúmeros erros e problemas, as RBR não mantiveram a vantagem de sábado em cima da Brawn. Perderam uma ótima chance em uma pista desfavorável. O mundial de pilotos segue indefinido, mas cada dia com mais cara de Button campeão. Nos construtores a equipe inglesa é a virtual campeã.


1- Lewis Hamilton (McLaren) - Vencedor
2- Timo Glock (Toyota) + 9.6 s
3- Fernando Alonso(Renault) + 16.6 s
4- Sebastian Vettel (RBR) + 20.2 s
5- Jenson Button (Brawn Gp) + 30.0 s
6- Rubens Barrichello (Brawn Gp) + 31.8 s
7- Heikki Kovalainen (Mclaren) + 36.1 s
8- Robert Kubica (BMW) + 55.0 s

Acidente, carro leve e 10ª posição o Brasil

É muito difícil caracterizar o sábado classificatório de Rubens Barrichello. Por um lado foi bom, já que Jenson Button é o 12º e ficou logo no Q2. O lado positivo da batida do brasileiro é que não se perdeu nada com isso. Agora vou analisar o lado ruim. Barrichello trocou o câmbio, com problemas desde as últimas voltas em Spa-Francorshamps. Com isso, ele perdeu 5 posições no grid. Também como ponto negativo ele é o 4º mais leve para a corrida e a batida deve ter tirado posições importantes no grid.

No Q1 e Q2 as Brawn sentiram dificuldade para passar de fase. O líder do mundial, Jenson Button, larga na 12ª posição, duas a frente do penalizado Barrichello. Enquanto o favorito Lewis Hamilton marcou a pole, e um surpreendente Nico Rosberg, com a Williams, foi o 3º, as duas RBR podem se encher de moral amanhã. Sebastian Vettel é o 2º e Mark Webber o 3º.


A diferença de Vettel para Button é de 26 pontos, já para Rubinho, fica em 12. O grande problema é que com um adversário nos calcanhares, a escolha pelo piloto número 1 pode voltar a aparecer. As expectativas para amanhã mostram uma Mclaren forte, que deve disparar na frente. Apesar da vantagem nas posições, as RBR devem parar antes que todas as equipes.

• 1. Lewis Hamilton, McLaren, 660.5kg
• 2. Sebastian Vettel, Red Bull, 651
• 3. Nico Rosberg, Williams, 657.5
• 4. Mark Webber, Red Bull, 654.5
• 5. Fernando Alonso, Renault, 658
• 6. Timo Glock, Toyota, 660.5
• 7. Nick Heidfeld, BMW Sauber, 650
• 8. Robert Kubica, BMW Sauber, 664
• 9. Heikki Kovalainen, McLaren, 664.5
• 10. Rubens Barrichello, Brawn GP, 655.5
• 11. Kazuki Nakajima, Williams, 680.7
• 12. Jenson Button, Brawn GP, 683
• 13. Kimi Raikkonen, Ferrari, 680.5
• 14. Sebastien Buemi, Toro Rosso, 678
• 15. Jarno Trulli, Toyota, 690.9
• 16. Adrian Sutil, Force India, 693
• 17. Jaime Alguersuari, Toro Rosso, 683.5
• 18. Giancarlo Fisichella, Ferrari, 678.5
• 19. Romain Grosjean, Renault, 683
• 20. Vitantonio Liuzzi, Force India, 656

Noites movimentadas em Marina Bay

O charmoso circuito de rua em Cingapura finalmente chegou. Amaldiçoada pelos fantasmas da antiética atitude de Nelsinho Piquet, o lindo GP não perde a elegância em nenhuma das 23 curvas. Iluminado por luzes artificiais, a prova assemelha-se muito aos antigos jogos de vídeo game, como para o Super Nintendo e Mega Drive. Mas nada de recordar o passado, já que em Cingapura temos péssimas lembranças com relação a F1.

Serão 61 voltas de muita emoção. O circuito está diferente com relação a estreia em 2008. A entrada do pit-lane não é mais na última curva. Os boxes estão mais adiantados, com a abertura na curva 22. A saída fica após a primeira perna do circuito. O sistema de zebras altas também chegou em Marina Bay. Tudo isso para deixar mais lentas as chicanes, e assim, diminuir o risco de colisões e acidentes.

O final de semana será mais frio do que o do ano passado – essas informações são do site oficial da F1. A temperatura deverá oscilar entre 28° e 29° graus. A previsão diz que a chuva pode cair em todos os dias em que a categoria estará em Cingapura.

Mas a notícia mais forte de quinta-feira é a indisposição do franco-suiço Romain Grosjean da Renault. O brasileiro Lucas di Grassi, terceiro piloto da equipe, já fez inclusive o teste exigido pela FIA – velocidade para sair do cockpit. Que seja um final de semana surpreendente, e claro, sem manipulação de resultado.

Novidades para 2010

O calendário 2010 para a F1 foi divulgado hoje pela FIA (Federação Internacional do Automobilismo). Para o ano de 2010 serão 19 etapas, duas a mais que esse ano. Grande destaque fica para Interlagos, que volta a ser a sede da última prova do circo da velocidade. O circuito brasileiro é o penúltimo em 2009.

Mais uma prova entra no calendário da Fórmula 1, desta vez é o circuito da Coréia do Sul, em Yeongnam, que inova o calendário 2010. O Gp de Montreal, no Canadá, fora em 2009, tem tudo para voltar. Uma decisão entre a FOM (Formula One Management) e o país, decidirá o veredicto sobre a volta do autódromo Gilles Villeneuve à F1. Caso a FOM empeça a entrada de Montreal no calendário, o GP de Istambul, na Turquia, mudará de data, será, então, realizado no dia 6 de junho.
as imagens acima são do novo circuito da Fórmula 1

O mundial de Fórmula 1, em 2010, começará no Bahrein. O país sediará a abertura do campeonato, em 2006 também foi assim. Para evitar as fortes chuvas tropicais – penso eu – o GP de Sepang, na Malásia, começará mais cedo ainda. Uma hora de diferença.

Confira o calendário para 2010:

1. 14/3 - GP do Bahrein (Sakhir)
2. 28/3 - GP da Austrália (Melbourne)
3. 04/4 - GP da Malásia (Sepang)
4. 18/4 - GP da China (Xangai)
5. 09/5 - GP da Espanha (Barcelona)
6. 23/5 - GP de Mônaco (Monte Carlo)
7. 30/5 - GP da Turquia (Istanbul Park)
8. 13/6 - GP do Canadá (Montreal)
9. 27/6 - GP da Europa (Valência)
10. 11/7 - GP da Inglaterra (Donington Park ou Silverstone)
11. 25/7 - GP da Alemanha (Hockenheim)
12. 01/8 - GP da Hungria (Hungaroring)
13. 29/8 - GP da Bélgica (Spa-Francorchamps)
14. 12/9 - GP da Itália (Monza)
15. 26/9 - GP de Cingapura (Cingapura)
16. 03/10 - GP do Japão (Suzuka)
17. 17/10 - GP da Coreia do Sul (Yeongnam)
18. 31/10 - GP dos Emirados Árabes (Abu Dhabi)
19. 14/11 - GP do Brasil (Interlagos)

Crescendo sutilmente

Ele não estreou como Lewis Hamilton, que logo no primeiro ano de F1 quase foi campeão do mundo. Também não começou como Jacques Villeneuve, que marcou uma pole position logo na primeira prova da carreira. Não venceu nenhuma prova com condições adversas e um carro ruim, como Sebastian Vettel em 2008, na Itália. Adrian Sutil vem conquistando o espaço que merece aos poucos.

Lá se foram 2 anos desde o primeiro ponto na carreira do alemão. Foi pela Spyker, no GP do Japão de 2007. O piloto sempre se mostrou muito rápido, mesmo assim não precisou de empresários para alavanca-lo na carreira. O próprio talento vem dando conta do recado.

Agora pela Force Índia, o primeiro resultado expressivo em provas. Depois de um 2º lugar no grid de largada, Sutil foi o 4º na corrida, quase chegou a um pódio. Enquanto equipes brigam por pilotos experientes e apostas, o alemão já alia as duas características. Já não mais nenhum menino, e pisa forte, com pinta de futuro campeão. Posso queimar minha língua – no caso aqui as palavras do texto – mas se derem uma oportunidade boa para o “mineirinho” da Alemanha, o resultado será expressivo.

Stop and Go: Parenteses para a GP2

Enquanto a Fórmula 1 está mais parada que o Fluminense no ultimo lugar do Brasileirão, apenas com rumores de que Raikkonen poderá voltar à Mclaren, abro aqui um parenteses para a Gp2. A ultima corrida do campeonato foi realizada hoje, no novo autódromo do Algarve, em Portugal (que deseja receber também a Fórmula 1). O vencedor da primeira prova foi o alemão Nico Hulkenberg (ART grand Prix) e na segunda, após uma batida muito estranha e bastante feia na largada, quem levou o troféu de primeiro lugar para casa foi o italiano Luca Filippi (Super Nova).

Antes mesmo da corrida, Nico Hulkenberg, o Hulk, (atual "piloto de testes" da Williams) ja era o virtual campeão da categoria, mostrando que merece uma vaga na Fórmula 1. O melhor brasileiro, mais uma vez foi Lucas di Grassi, terminando na terceira posição do campeonato.

Confira a pontuação final após 20 corridas:

1 - Nico Hulkenberg (ALE) - 100

2 - Vitaly Petrov (RUS) - 75

3 - Lucas di Grassi (BRA) - 63

4 - Romain Grosjean (FRA) - 45

5 - Luca Filippi (ITA) - 40

6 - Pastor Maldonado (VEN) - 36

7 - Giedo van der Garde (HOL) - 34

8 - Álvaro Parente (POR) - 30

9 - Jerome D' Ambrosio (BEL) - 29

10 - Javier Villa Garcia (ESP) - 27

15- Alberto Valério (BRA) - 16

18 - Diego Nunes (BRA) - 12

(No total, 30 pilotos fizeram parte das 13 equipes neste ano).

Stop and Go: O adeus de Briatore

Ou vocês pensam que ele saiu cabisbaixo, maltrapido, triste e chorando?

Após uma carreira cheia de problemas, Flávio Briatore foi demitido (talvez tenha pedido demissão) da Renault, muito provávelmente, para não voltar para a Fórmula 1 (pelo menos nos próximos três anos). De quebra, a Renault aproveitou e demitiu também o engenheiro chefe, Pat Symonds, ligado ao acidente forçado por Nelsinho Piquet, aquele que segundo o próprio Briatore, "não é um piloto".

Provávelemente essa foi a última cartada de Max mosley contra seus principais inimigos na Fórmula 1, já que ele deixa a presidenciada FIA no fim deste ano. A briga entre os dois, vem desde 1994, quando Mosley tentou aumentar a segurança dos carros após o acidente fatal de Ayrton Senna e Briatore não aceitou as exigências e, ainda no mesmo ano, Briatore pediu para Schumacher desrespeitar a bandeira preta, que desclassificava o piloto do Gp da Grã-Bretanha, contrariando as ordens de Mosley, sem falar que Briatore mandou retirar os filtros das máquinas de combustível da Benetton para ganhar tempo na operação de reabaestecimento, o que ocasionou um grande incêndio dentro dos boxes e algumas queimaduras no então piloto Jos Verstappen.

Adeus Briatore, pelo menos um adeus momentâneo, uma vez que, possivelmente, ele ainda coordenará a carreira de alguns de seus pilotos à distância e, porque não, a própria Renault?!

Stop and Go: Lotus com estilo de carnaval

Aproveitando o gancho deixado por Victor Edu, nosso fiel leitor do 1º GP, assim como Adriano, o Autosport divulgou uma entrevista com o inglês Mike Gascoyne, diretor técnico da Lotus versão 2010. A imagem divulgada é de uma Lotus muito diferente da tão conhecida, usada por Senna. Ela é colorida e tem predomínio das cores da bandeira da Malásia.

“Nosso carro deve estar pronto na segunda semana de fevereiro, já que estamos começando do zero. Será um grande desafio estar no grid, mas no meio da temporada acho que seremos a melhor das equipes novas. No fim do ano, quero estar entre os dez melhores” disse o diretor técnico, em entrevista ao Autosport.

Prefiro crer que esse pequeno modelo, que simboliza a Lotus 2010, seja alguma pintura comemorativa para o GP da Malásia. Espero que as cores pretas predominem na equipe. Nos resta esperar até fevereiro do próximo ano para saber a verdade.

Lotus de volta à F1

A BMW já anunciava a retirada do circo da velocidade. Medidas para salvar a equipe de Mario Thyssen até aconteceram, mas não deram certo. A equipe vendeu o chassi para o banco suíço “Qadbak Investments”. Com isso, a vaga para o mundial 2010 foi perdida. No lugar da equipe alemã a Lótus volta para a F1. O time voltará à Fórmula 1 depois de 16 anos.

A Lotus foi a primeira equipe em que Ayrton Senna venceu uma corrida. A FIA anunciou a entrada da equipe inglesa para 2010 e ainda proporcionou uma surpresa: a possível entrada de uma 14ª equipe para o ano seguinte. De acordo com a FIA, será a Sauber. A Federação prometeu estudar uma possibilidade de 14 times para o ano que vem. Mas a grande chance da equipe será caso exista alguma desistência de algum time que já deverá compor o grid em 2010.

Para encerrar o assunto, não será nada impossível acontecer alguma desistência, já que as novas equipes deram os nomes para a entrada no circo, de acordo com o antigo regulamente. Nele, existia o famoso teto orçamentário e vantagens para as montadoras que utilizarem motores Cosworth. Claro que não entrariam em um barco furado, mas tudo pode acontecer.

Domínio brasileiro e inglês na Itália

Rápido, inteligente, tático e ousado, são alguns adjetivos que podem caracterizar Rubens Barrichello, o brasileiro que pela Brawn GP, alcançou a segunda vitória pela equipe, terceira em Monza, na Itália e 11ª na carreira.

O brasileiro fez as escolhas certas. A equipe inglesa também parece ter jogado no lixo as táticas de 3 paradas. Com uma parada em Monza, o time foi genial. A Brawn voltou a dominar um final de semana na Fórmula 1. Mais uma dobradinha no ano, a 4ª, mas dessa vez com Barrichello à frente.

Ousado, Rubinho fez bem quando escolheu começar com os pneus duros. Sempre rápido, o brasileiro, em muitas voltas foi mais veloz que Button – o inglês optou pelo pneu macio no primeiro trecho de prova. Voltas rápidas e um pit stop mais ligeiro que do parceiro, culminaram em uma grande vantagem na última parte da corrida.

Com o potente motor Mercedes e com uma mudança de asa, para diminuir a pressão aerodinâmica – a Brawn é a melhor nesse quesito – a equipe de Ross soube dominar mais um circuito no ano. Está na hora da renovação com ambos os pilotos.

Apesar da proximidade de Button, a diferença caiu apenas 2 pontos. Mas a péssima corrida das RBR, com Mark Webber fora da prova e Sebastian Vettel que fez 1 ponto, liberam ainda mais a briga entre Button e Barrichello para as últimas etapas. A vantagem do inglês é de 14 pontos e Rubinho tem 3 provas para chegar em Abu Dhabi com uma diferença de 9 pontos – ou menor –, suficiente para brigar pelo mundial.

Rubens Barrichello vence mais uma

Em terra da Ferrari quem dominou foi a Brawn Gp e, muito aplaudido, o brasileiro Rubens Barrichello venceu a segunda no ano, a terceira em Monza na carreira e diminuiu a vantagem para o companheiro Jenson Button para 14 pontos, restando 4 corridas para o final da temporada.

Confira as oito primeiras posições do Grande Prêmio da itália, válido pelo 13ª etapa do Mundial de Fórmula 1:

1 - Rubens Barrichello (Brawn Gp) - Vencedor
2 - Jenson Button (Brawn Gp)

3 - Kimi Raikkonen (Ferrari)

4 - Adrian Sutil (Force India)

5 - Fernando Alonso (Renault)

6 - Heikki Kovalainen (McLaren)

7 -Nick Heidfeld (BMW)

8 - Sebastian Vettel (RBR)

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Resumo da corrida:

Lewis Hamilton largava na pole, seguido da Force India de Adrian Sutil e da Ferrari de Kimi Raikkonen. Mesmo com dificuldades, Hamilton segura a ponta na largada e Raikkonen assume a segunda posição. Ainda na primeira volta, Rubens Barrichello, Jenson Button e Vintantonio Liuzzi ultrapassam Heikki Kovalainen, assumindo assim a quarta, quinta e sexta posição. Mark Webber é tocado por Robert Kubica na chincane, perde o controle do carro, bate e é fim de corrida para ele.

Poucas voltas depois, Kovalainen também perde a posição para Alonso e os oito primeiro ficam nessa ordem: Hamilton, Raikkonen, Sutil, Barrichello, Button, Liuzzi, Alonso e Kovalainen.

A impressionante Force India seguia perto da Ferrari (no caso de Sutil - 3º) e da Brawn (caso de Liuzzi - 6º), sem perder o contato.

No final da volta 15, Hamilton faz a primeira parada para troca de pneus e reabastecimento, comprovando que estava mais leve. Giancarlo Fisichella que está se acostumando com a Ferrari, andava no pelotão intermediário, entre o 9º e o 13º lugar, não muito bom, mas longe daquilo que estava fazendo Luca Badoer. Kimi Raikkonen fez sua parada e voltou extamente atrás de Sutil, que havia parado antes do finlandês.

Enquanto isso, os dois carros da Brawn tentavam abrir o máximo possível para que conseguissem voltar à frente de Hamilton, Sutil e Raikkonen.

Vitantonio Liuzzi, criticado por Bernie Ecclestone, que disse que não gosta muito do italiano, após quase dois anos sem correr, estava supreendendo na sexta posição, mas sua Force India não aguentou e o câmbio quebrou, tirando o piloto da prova.

Rubens Barrichello e Jenson Button, que fizeram a estratégia de apenas uma parada, foram para o pit. Hamilton pararia mais uma vez, o que significava que ele teria pneus em melhores condições e provávelmente andaria mais rápido que os pilotos da Brawn.

Nessa parada, Barrichello e Button ganharam a posição de Hamilton, mas estavam atrás de Raikkonen e Sutil.

Não demorou muito e finlandês e alemão foram juntos para o box. Raikkonen, mesmo com um pequeno problema, voltou na frente de Sutil, mas ambos voltaram atrás de Barrichello (que agora liderava a prova), Button e Hamilton.

Lá na nona posição, um dos candidatos ao título, Sebatian Vettel, lutava contra o próprio carro para conseguir andar rápido e deixar o monoposto na pista. Fernando Alonso que utilizava o KERS vinha bem com a Renault na sexta posição.

Enquanto os dois pilotos da Brawn se respeitavam lá na frente, lá atrás os pilotos da Toyota (que estão com seus cargos ameaçados para o ano que vem) faziam um incrível "pega". Pior para Trulli, que foi parar na caixa de brita, mas controlou o carro e voltou para pista.

Rubens Barrichello conseguiu abrir uma vantagem confortável para Jenson Button, quase quato segundos. O problema do ingles da Brawn, era o ingles da McLaren, Lewis Hamilton, que se aproximava a cada volta utilizando o KERS. Problema esse, que acabou na ultima volta, quando Hamilton foi além do limite do carro, colocou a roda traseira esquerda fora da pista, rodou e bateu forte.

Era o que a Brawn precisava para passear pelo resto da pista até a linha de chegada. Vitória do brasileiro Rubens Barrichello, segundo lugar para Jenson Button e completando o pódio para a "alegria" da torcida italiana, Kimi Raikkonen, da Ferrari.

Importante ressaltar o carinho da torcida da Ferrari com Rubens Barrichello, comemoraram como se fosse um piloto italiano vencendo com uma Ferrari.

ACREDITA RUBENS BARRICHELLO!

O caso Renault

Resumo do caso Renault, que está tirando o brilho da temporada 2009 de Fórmula 1. Tire suas próprias conclusões:

28/09/08 - Gp de Cingapura. Nelson Angelo Piquet bate sua Renault entre as voltas 13 e 14, obrigando a entrada do Safety Car. O então companheiro de Nelsinho, Fernando Alonso, está no box no momento da batida e é favorecido com a entrada do carro de segurança. Alonso vence a corrida;

28/09/08 - Nelson Angelo Piquet afirma que perdeu o controle do carro e que a batida não foi proposital;

30/08/09 - Reginaldo Leme, em primeira mão pela Rede Globo, diz que a FIA está investigando o caso em que Nelsinho pode ter sido obrigado pela equipe Renault, a bater propositalmente em um local demarcado para causar a entrada do Safety car e beneficiar Fernando Alonso;

01/09/09 - Nelsinho afirma em seu Twitter que "as coisas para o ano que vem estão andando bem.";

08/09/09 - Equipe Renault nega ter armado o acidente;

10/09/09 - Nelsinho Piquet admite em carta para a FIA, que a batida foi proposital e armada antes da corrida por Flávio Briatore e Pat Symonds (que chegou a indicar o local exato da batida em um mapa do circuito). Uma vez que a situação dentro da equipe não estava definida para este ano, Nelsinho aceitou, se fosse bem sucedido, seu contrato teria mais chances de ser renovado;

10/09/09 - Fernando Alonso afirma que não sabia de nada;

10/09/09 - Flávio Briatore nega que sabia de algo relacionado ao acidente e que Nelsinho piquet estava "mentalmente frágil" no dia;

10/09/09 - Pat Symonds revela que houve uma conversa antes da corrida, mas que a ideia de bater propositalmente teria sido do próprio Nelsinho;

10/09/09 - Flávio Briatore e a Equipe Renault, prometem processar Nelsinho Piquet e Nelson Piquet por falsas acusações e por tentarem chantagear a equipe para a renovação do contrato do piloto;

11/09/09 - Carlos Ghosn, brasileiro e presidente da Renault, chama Briatore para esclarecer o caso. No mesmo dia, Ghosn também ameaça processar Nelsinho Piquet e critica duramente o compatriota;

11/09/09 - Flávio Briatore dispara novamente contra Nelsinho, dessa vez acusa o brasileiro de ter um "caso" com um homem mais velho;

11/09/09 - Em suposto depoimento, Pat Symonds teria negado responder à 4 de 5 perguntas feitas pela FIA, como por exemplo, se ele sabia que Nelsinho Piquet sofreria o acidente em Cingapura e se havia indicado no mapa, o local da batida do piloto brasileiro;

12/09/09 - Telemetria do carro de Nelsinho Piquet vaza e comprova que o brasileiro bateu propositalmente.

O caso continua em aberto e só será julgado no dia 21 deste mês. Até lá, muitas acusações e suposições deverão ser feitas.

Alguns acreditam que a Renault será excluida do campeonato, o que poderá acarretar no fim da equipe francesa. Outros acreditam que Nelsinho nunca mais será contratado por alguma equipe e que a Fórmula 1 acabou para ele. E ainda, alguns acreditam que é o último ano de Flávio Briatore (que além de Alonso, também fez Schumacher ser campeão) na Fórmula 1.

Vamos aguardar.

Hamilton faz a pole na Itália

Na Itália da Ferrari, de Fisichella, de Trulli e de Liuzzi, a pole ficou com piloto e equipe britânica.

Confira o Grid de largada (tendo entre os 7 primeiros, 6 motores Mercedes) para a 13ª etapa do Mundial de Fórmula 1, em Monza:

1 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes)

2 - Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes)

3 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari)

4 - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren-Mercedes)

5 - Rubens Barrichello (BRA/Brawn-Mercedes)

6 - Jenson Button (ING/Brawn-Mercedes)

7 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India-Mercedes)

8 - Fernando Alonso (ESP/Renault)

9 - Sebastian Vettel (ALE/RBR- Renault)
10 - Mark Webber (AUS/RBR - Renault)

11 - Jarno Trulli (ITA/Toyota)

12 - Romain Grosjean (FRA/Renault)
13 - Robert Kubica (POL/BMW Sauber)

14 - Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari)

15 - Nick Heidfeld (ALE/BMW Sauber)

16 - Timo Glock (ALE/Toyota)

17 - Kazuki Nakajima (JAP/Williams - Toyota)

18 - Nico Rosberg (ALE/Williams - Toyota)

19 - Sebastien Buemi (SUI/STR - Ferrari)

20 - Jaime Alguersuari (ESP/STR - Ferrari)

Q1 (chegaram na decisão pela pole-position)

Q2 (sairam na segunda parte da classificação)

Q3 (sairam na primeira parte da classificação)

(imagem: f1.com)

Alemão voa na terra da velocidade

No circuito da velocidade, os prognósticos de Rubens Barrichello estavam certos. A Force Índia tem o carro preparado para andar forte também em Monza. Adrian Sutil, da equipe indiana – tem como dono Vijay Malia, que parece já estar acostumado com os primeiros lugares, sequer comemorou – fez o tempo mais rápido da sexta-feira. Não dando ouvidos aos quase 3 décimos mais velozes que o KERS proporciona por volta, Sutil foi o mais rápido, na prova mais voadora da temporada.

O circuito recebeu mudanças. Duas chicanes estão com zebras altas. Diferentes do habitual, elas [zebras] dificultam as manobras dos apressadinhos, que geralmente cortam-nas para serem mais rápidos. Os carros mais velozes devem ser os com melhor desempenho, já que Monza possui 85% de retas na pista. É pé cravado quase o tempo todo. Daí surgiu a decisão acertada da Renault – pelo menos essa – de usar o KERS.

O primeiro treino livre (TL1) teve dobradinha da Mclaren. Lewis Hamilton foi o mais veloz, seguido pelo companheiro, Heikki Kovalainen. Sutil foi o terceiro e Fernando Alonso o quarto. Entre os italianos “estreantes”, Giancarlo Fisichella, pela Ferrari, foi o oitavo, duas posições a frente do parceiro Kimi Raikkonen. Vitantonio Luizzi não fez tão feio, foi o 16º. Confira a lista do TL1: http://www.formula1.com/results/season/2009/818/6671/.


Notaram que não comentei sobre Brawn e RBR. Pois bem, não tiveram bom desempenho. A dizer pelo segundo treino livre, quando Jenson Button foi o penúltimo e Barrichello o 16º. Mark Webber em 14º e Sebastian Vettel em 18º, confirmaram o medo da equipe austríaca em não dar chance ao azar. Ambos possuem poucos motores para usarem até o fim da temporada. O alemão tem apenas 2. Caso tenha que utilizar mais que isso, será punido no grid de largada.

No TL2 o KERS funcionou para a Renault. Pelo menos dentro da pista o foco foi bom. Romain Grosjean chegou em 2º, logo a frente de Alonso. Sutil, com uma fênix – pelo menos em duas corridas – nas mãos, foi o mais rápido do dia com 1:23.924, 12 milésimos mais rápido que o inglês Lewis Hamilton, na primeira sessão. Confira os tempos do TL2: http://www.formula1.com/results/season/2009/818/6672/.

Com 8 vitórias brasileiras, o circuito italiano é um dos mais charmosos e conhecidos do calendário. Barrichello terá um difícil tarefa a partir de amanhã. Buscar preciosos 10 pontos em meio a novos carros que a cada prova estão melhores, consistentes e rápidos.

Último capítulo de uma saga

Mais uma novela da Fórmula 1 está chegando ao fim. Dessa vez, as histórias dos pilotos da Ferrari para 2010 parece que vai se desenrolar. Vários personagens passaram por esta saga: Fernando Alonso, Michael Schumacher e até Giancarlo Fisichella. Várias especulações que provavelmente acabam na quinta-feira.

Luca di Montezemolo participará de uma entrevista coletiva em Monza. Na quinta, o presidente da Escuderia italiana faz a conhecida entrevista, em que é de praxe anunciar os pilotos que vão assumir os cockpits para o ano seguinte.

O último capítulo não será “Você decide”. Já deve estar decidido a tempos, bem como a entrada de Fisichella no lugar de Badoer. Nada é movimentado as pressas na F1. O prognóstico é o seguinte: Felipe Massa e Kimi Raikkonen não encerrarão os contratos em 2009. Para que um piloto diferente assuma a Ferrari em 2010, uma quebra de contrato teria que acontecer com o brasileiro ou com o finlandês. Quinta a novela acaba. Com final feliz ou não, previsível ou surpreendente, só nos resta esperar.

A culpa agora, é da imprensa

Luca Badoer afirmou que grande parcela da culpa por ele ter saído da Ferrari foi da Imprensa. Vamos apenas tentar entender a culpa mídiatica.

Gp da Europa

Classificação: Badoer larga em último lugar, seu companheiro é o 6º.

Corrida: Badoer chega uma volta atrás do primeiro colocado. Kimi Raikkonen chega em 3º.

"Calma", pede Badoer "eu vou melhorar".

Gp da Bélgica

Classificação: As posições se repetem, Badoer bate nos treinos e mais uma vez larga em último, Raikkonen novamente em 6º.

"Estarei melhor na corrida" - afirma Luca.

Corrida: Badoer chega novamente em último, 102.1 segundo atrás do vencedor da corrida: Kimi Raikkonen.

"Calma, correndo na Itália eu serei melhor"

Não, não. Não colou dessa vez Badoer. Fisichella assume o lugar na Ferrari. Vitantonio Liuzzi entra na Force India.

Badoer desabafa:

"Quem escreve não entende o dano que pode causar. A mídia representou um papel fundamental na decisão de me substituírem."

Badoer, essa também não colou...

(Imagem: band.com)

Stop and Go: Físico foi vermelho por um dia

Em 1995, Giancarlo Fisichella, então campeão da Fórmula 3 italiana, recebeu o convite de guiar o carro da Ferrari. Na oportunidade, em testes particulares em Fiorano, o carro era do mesmo ano, mas usava o motor do ano seguinte. De 1995 para 1996, a F1 trocou a força dos motores, o V12 foi aposentado, dando as cartas para o V10. Ele e mais três pilotos italianos tiveram a oportunidade de guiar o 412T2, modelo da Ferrari de 95. Gianni Morbidelli, Pierluigi Martini e um tal Luca Badoer, tiveram a honra. Naquela ocasião, Badoer foi o mais rápido com 1min04s391, bem mais veloz que o melhor tempo de Giancarlo: 1min05s470. Hoje os tempos mudaram muito. Como mudaram. Badoer saiu “linchado” de críticas, já Fisichella chega com alvoroços de esperança.

Na sequencia: Martini, Badoer, Morbideli e Fisichella. As imagens são do site uol

Físico é vermelho

A partir do próximo GP, caso a primeira e a segunda posição na Bélgica, se repita, a Ferrari terá feito mais uma dobradinha para o cartel. O italiano Giancarlo Fisichella, enfim, foi anunciado como piloto ferrarista até o final da temporada. Físico, como é carinhosamente chamado, assume a vaga de Luca Badoer. Ambos ocupam o lugar que antes era de Felipe Massa.

Como comentado em textos passados, Vitantonio Luizzi deve ocupar a vaga na Force Índia. Tanto Fisichella, quanto Liuzzi, além de serem italianos, ocupam novas vagas em uma ótima situação. A equipe indiana deverá andar bem também em Monza. “Temos duas provas com a carga aerodinâmica baixa: Monza e Spa. Acho que, quando eles viram no início do campeonato que o carro da Force Índia tem uma eficiência aerodinâmica muito boa na reta, eles conseguiram otimizar o carro para duas provas”, comentou Rubens Barrichello no programa Linha de Chegada do Sportv.

Para Fisichella a situação também é boa. O piloto está empolgado com o ótimo resultado em Spa e com um carro de ótimo desempenho, deverá ser um dos favoritos na prova da Itália. Em forma e em ritmo, o piloto realizará o sonho de infância. Como no Brasil, os jogadores de futebol sonham com a seleção nacional. Os pilotos italianos tem como alvo a Escuderia mais famosa do mundo: a Ferrari. Chegou o momento de Fisichella.

Obs: Um participante do Programa Arquibancada (www.arquibancadanet.com.br), em que faço parte, pela Rádio Cesumar FM (www.radiocesumar.com.br), me perguntou se aposto em Fisichella na Ferrari. Não é bem assim. O italiano já teve uma grande oportunidade na Renault, quando Fernando Alonso foi bi-campeão mundial [2005-2006]. Para que não se faça nenhuma injustiça, no ano seguinte, também pela equipe francesa, o parceiro de Físico foi Heikki Kovalainen. O finlandês acabou na frente do italiano. 30 pontos [um pódio no Japão, 2º lugar] contra 21 de Fisichella.

Stop and go: "Ao infinito e além"

Após Buzz Lightyear (personagem de Toy Story) quem tentará chegar ao infinito e além será Rubens Barrichello, acompanhado do ex piloto de Fórmula 1 Niki Lauda. Ok, pode não ser ao infinito, mas pelo menos para o espaço. Ambos compraram uma passagem num ônibus espacial que será lançado 109 Km acima da superficie da terra pela Virgin Galactic (patrocinadora da Brawn Gp), por mais de R$ 400 mil e Lauda ainda quer pilotar a nave. O problema, é que rumores indicam que a Virgin não vai mais patrocinar a Brawn no ano que vem. E agora José? Digo, e agora Rubens? A vaga ainda será sua ou será de algum piloto da nova equipe patrocinada? Acho que o dinheiro contará mais dessa vez, porém, “Houston, we have a problem”.

48 horas para a decisão

“Os resultados dos exames foram muito bem recebidos em Maranello, no sentido de que o time pode contar 100% com Felipe para o início do próximo ano”, comunicou a Ferrari, através do site oficial. A equipe italiana não deve chamar Felipe Massa para as próximas etapas. O brasileiro já foi liberado para praticar exercícios físicos, mas ainda vai passar por um plástica.

De acordo com o pronunciamento no site, a equipe deve anunciar nas próximas 48 horas o substituto do brasileiro para as próximas etapas do mundial. “Seria um absurdo e ficaria muito desapontado se fosse substituído, porque sinto que em Monza terei a evolução que preciso. Posso dizer após duas corridas que tenho muito a melhorar e aprender. Para mim, seria uma pena interromper isso agora”, comentou Luca Badoer sobre a possível troca. As falas do piloto estão no site da uol.

O piloto mais cotado para assumir a vaga de “How Bad you are” – como os ingleses chamam o italiano Badoer “Como você é ruim” – é o também italiano Giancarlo Fisichella. As especulações aumentaram com a ótima atuação do piloto na Bélgica. Os rumores apontam que Físico assinaria um contrato para as próximas 5 corridas e seria o piloto de testes da equipe em 2010, no lugar do próprio Badoer.

Para a vaga de Fisichella, ao lado de Adrian Sutil, na Force Índia, mais um italiano, dessa vez Vitantonio Liuzzi. “Há muitos comentários sobre isso. Espero que os rumores estejam certos. Preciso voltar às pistas o mais rápido possível, porque estou morrendo sem correr”, disse o italiano em entrevista ao “GP Week”. Ao contrário do zerado Badoer, Liuzzi tem seus 5 pontinhos na carreira. Ele já defendeu a STR e RBR. Logo na estréia, pela equipe maior, substituindo Christian Klien, ele marcou o primeiro ponto da carreira.

Stop and go: STR, manter ou terminar?

Já que o assunto do momento é o entra e sai de equipes, vamos a mais uma; A STR entrou na categoria um ano depois da “irmã mais velha”, a RBR. No ano passado surpreendeu e até mesmo venceu uma prova com Sébastian Vettel. Esse ano, a equipe está quase sempre entre as últimas nas corridas e atualmente é a ultima do campeonato. Qual será a intenção de manter uma equipe que possa dar prejuízo? Revelar talentos para RBR, que parece estar bem servida de pilotos? Descobrir novas opções aerodinâmicas, apesar de estar copiando a RBR? Verificar qual motor é o melhor? Simplesmente ajudar a categoria? Realmente tentar evoluir e ser uma equipe de ponta? Por quanto tempo será que a STR deverá resistir a Fórmula 1? Mas pense, se caso a RBR começar a vencer campeonatos e a STR for na mesma balada, ambas ganhando muito dinheiro, vai ser difícil pará-las.