O favorito larga na frente

Com sobra Lewis Hamilton é o primeiro pole position da história do circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. O inglês é o franco favorito para levar também a primeira vitória na pista. A Mclaren está praticamente imbatível. Heikki Kovalainen, além de largar mau, trocou o câmbio e perde 5 lugares amanhã. O finlandês será o 18º.

Com relação ao mundial, Rubens Barrichello da Brawn, luta pelo segundo lugar na tabela contra Sebastian Vettel da RBR. O alemão é o 2º colocado, duas posições a frente do brasileiro. Jenson Button, o campeão do mundo, é o 5º.

Mais leve que o concorrente ao vice-campeonato, Barrichello tem tudo para largar bem. Rubinho deve passar o australiano Mark Webber na largada. A luta será difícil. A RBR parece levar vantagem na pista, ainda mais com a temperatura que caí drasticamente quando começa o anoitecer. A última prova do ano promete, não tanto quanto imaginávamos, mas será alucinadora.

• 1. Lewis Hamilton, McLaren, 658.5kg
• 2. Sebastian Vettel, Red Bull, 663
• 3. Mark Webber, Red Bull, 660
• 4. Rubens Barrichello, Brawn GP, 655
• 5. Jenson Button, Brawn GP, 657
• 6. Jarno Trulli, Toyota, 661
• 7. Robert Kubica, BMW Sauber, 654.5
• 8. Nick Heidfeld, BMW Sauber, 664
• 9. Nico Rosberg, Williams, 665
• 10. Sebastien Buemi, Toro Rosso, 661.5
• 11. Kimi Raikkonen, Ferrari, 692
• 12. Kamui Kobayashi, Toyota, 694.3
• 13. Heikki Kovalainen, McLaren, 697
• 14. Kazuki Nakajima, Williams, 704
• 15. Jaime Alguersuari, Toro Rosso, 696.5
• 16. Fernando Alonso, Renault, 708.3
• 17. Vitantonio Liuzzi, Force India, 695
• 18. Adrian Sutil, Force India, 696
• 19. Romain Grosjean, Renault, 710.8
• 20. Giancarlo Fisichella, Ferrari, 692.5
  

Senna na Fórmula 1

Enfim a notícia parece ser verídica. Bruno Senna, o primeiro sobrinho, estará na F1 em 2010. O furo de reportagem foi da revista alemã Motorsport Magazin. O brasileiro será piloto da equipe espanhola Campos no próximo ano. A Fórmula 1 terá um Senna após 16 anos.

Ao lado de Bruno, a força publicitária quer um piloto da nação, então Adrian Campos, dono da equipe, deve fechar com Pedro de la Rosa. O veterano é o terceiro piloto da Mclaren atualmente. Ele tem apenas um pódio na carreira, justamente na corrida em que Jenson Button, campeão do mundo em 2009, venceu pela primeira vez, na Hungria, em 2006.


Bruno Senna, após testar com a antiga Honda, hoje Brawn, finalmente consegue a vaga na categoria máxima do automobilismo. A informação importante – abordada pelo site de esportes da Globo – é que Senna não levará patrocínios para a equipe. Isso geralmente acontece com estreantes em equipes pequenas da F1.

*ATÉ AGORA SÃO 3 BRASILEIROS NA F1 EM 2010 (BARRICHELLO DEVE SEGUIR). ACREDITO QUE ESSE NÚMERO DEVE AUMENTAR.

A cereja do bolo chegou tarde

O circuito mais moderno da categoria principal da FIA surge em um momento de baixa. Abu Dhabi possui um lindo traçado. A mistura de circuito e rua encantou o ex-piloto David Coulthard, hoje comentarista da BBC. Em um carro de duplo cockpit, o escocês guiou junto com Martin Brundle – também ex piloto. Ambos conheceram os desafios do novo circuito do calendário.

O formato da pista lembra muito uma arma, com gatilho e tudo. Existe o setor misto, com curvas lentas e altas, e o setor de alta velocidade, com duas grandes retas. A beleza não fica por conta das curvas e da paisagem em volta de Yas Marina, mas todas as construções arquitetônicas tem um estilo futurístico.


Em praticamente 4 partes do circuito os carros vão chegar a mais de 300 km/h. Um motor como o Mercedes pode funcionar muito bem no circuito árabe. A Force Índia, que fez um papel bonito em duas provas do calendário, pode ter a terceira chance no mundial. As características do circuito também favorecem, em certos trechos a Brawn, em outros a RBR. Fortes mesmo devem estar Mclaren e BMW. A segunda em tom de despedida da Fórmula 1.

No domingo a corrida deve começar ao entardecer. O fim da prova promete ser muito bonito, com o cair da noite. Cenário encantador para um final de campeonato mundial. Um pena que já foi decidido.

Movimentação também nos bastidores da F1

O final do ano de 2009 não está agitado apenas entre os cockpits dos prováveis 26 carros de 2010. Presidente há 16 anos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Max Mosley já tem o sucessor para ano que vem: Jean Todt. O francês foi eleito nesta sexta-feira. Ele venceu a eleição por 135 a 35 votos, sobre o ex-piloto de rali Ari Vatanen.

A Fórmula 1 viveu um ano complicado em 2009, obviamente apenas fora da pista. Dentro dela foi um campeonato muito interessante até as últimas provas. Lembre-se que falta uma. Mas o principal acontecimento, fora das pistas, foi um provável racha da categoria. Com o relacionamento desgastado entre Fota (Associação dos Times da Fórmula 1) e Max Mosley, os amantes da velocidade tiveram a possibilidade de ver duas categorias em 2010. A F1 de Max Mosley e uma segunda, promovida pelos principais times da categoria, a Fota.

A rixa entre ambos aumentou quando o então presidente se envolveu em um escândalo pessoal. Usando teores nazistas, Mosley foi visto em vídeo, que rolou na web, tendo atos sexuais com algumas moças. A partir dali o presidente começou a cair no gosto, não só dos times, que já não era tão bom, mas também dos fãs.

A única saída para a F1 não perder as melhores equipes em 2010 era a saída de Max Mosley. Aos 69 anos, o presidente disse que não buscaria a reeleição, e assim fez. Para 2010 os bastidores estarão mais calmos, com Jean Todt no comando da entidade máxima do automobilismo. O francês trabalhou na Ferrari entre 1993 e 2009, tendo os principais anos entre 2001 e 2006, quando ao lado de Ross Brawn, ganhou vários títulos. Ao total são 13. Seis campeonatos de pilotos e sete de construtores.

Nada assinado

Não falo de Rubens Barrichello com a Williams, negociação que parte da imprensa diz estar praticamente encaminhada. A equipe inglesa usa motores Toyota em 2009. Para o ano de 2010 a renovação não ocorreu. O time de Frank Williams diz que as negociações estão congeladas para o ano que vem. Eles não tem nada certo para o ano seguinte, talvez usem Cosworth. Se Rubens estiver no time, espero que não.

Pelo lado da montadora japonesa, a nova bomba do mercada é a proposta que fizeram por Kimi Raikkonen. O campeão do mundo, sem cockpit definido para 2010, é a nova jóia do presidente da equipe John Howett.

“Colocamos na mesa o que podemos pagar [pode ter certeza que é muito]. Achamos que é uma oferta séria de acordo com o mercado atual”, disse Howett para a Reuters. Dinheiro nunca foi o problema da equipe. Olhando para a oferta à Kimi, o time japonês deseja mesmo ficar. No início do ano eles diziam que apenas uma vitória em 2009 ajudaria na permanência do time em 2010. Parece que mudaram de ideia.

O dia de amanhã não cabe a nós

O mundial de 2009 não acabou. Não literalmente. Mais nada está em jogo a não ser o “primeiro lugar dos perdedores”, que é como Sebastian Vettel descreve o vice-campeonato de pilotos. Estamos ainda em outubro e falta uma prova para acabar a temporada. Mesmo assim, já podemos começar os prognósticos para 2010. As chances de mudança são muitas, mas mesmo assim começamos hoje no 1ºGP.




Brawn GP
Motor: Mercedes
Jenson Button (a equipe que ele for carrega o número 1 no carro)
Nico Rosberg
Kimi Raikkonen
Rubens Barrichello


Red Bull Racing
Motor: Cosworth
Sebastian Vettel
Mark Webber





Mclaren
Motor: Mercedes
Lewis Hamilton
Kimi Raikkonen
Nico Rosberg




Ferrari
Motor: Ferrari
Felipe Massa
Fernando Alonso









Toyota
Motor: Toyota
Kamui Kobayashi
Jarno Trulli
Kazuki Nakajima





Williams
Motor: ?
Nico Hulkernberg
Rubens Barrichello
Kazuki Nakajima



Renault
Motor: Renault
Robert Kubica
Heikki Kovalainen
Romain Grosjean
Lucas di Grassi
Bruno Senna
Adrian Sutil



Force Índia
Motor: Mercedes
Vitantonio Liuzzi
Adrian Sutil
Bruno Senna



Scuderia Toro Rosso
Motor: Ferrari
Sebastien Buemi
Sebastien Loebi
Jaime Alguersuari



Lotus
Motor: Cosworth
Fairuz Fauzy (piloto malaio)
Jarno Trulli
Jacques Villeneuve
José Maria Lopez (argentino)







USF1
Motor: Cosworth
Scott Speed
José Maria Lopez (argentino)
Jacques Villeneuve



Manor Grand Prix *
Motor: ?
Lucas di Grassi
Antonio Pizzonia
Nelsinho Piquet
Rubens Barrichello
Bruno Senna
*possibilidade de dupla brasileira



Campos Racing
Motor: Cosworth
Pedro de la Rosa
Bruno Senna

"We are the champions"

O favorito venceu. Domínio total na primeira metade do ano deu uma largada vantagem para Jenson Button, o novo campeão mundial de Fórmula 1. O inglês tinha uma vantagem enorme para os concorrentes, mas mesmo assim teve desvantagem em Interlagos. Largou na 14ª posição enquanto o parceiro Rubens Barrichello foi o pole position.

A sorte de campeão ajudou o inglês. As primeiras voltas da prova tiraram 3 pilotos que estavam a frente de Button. Jarno Trulli da Toyota e Adrian Sutil da Force Índia se estranharam dentro e fora da pista. O alemão ainda acertou Fernando Alonso da Renault, após sair e voltar para a pista perigosamente. Trulli, exaltado, foi tirar satisfações com Sutil, que parecia querer explicar alguma coisa. Sem explicações ficou o espanhol, bi-campeão do mundo, também em Interlagos, que não teve nada a ver com o entrevero, mas saiu cedo da corrida.

Ainda no conturbado e gostoso GP brasileiro, Heikki Kovalainen da Mclaren saiu no momento errado dos boxes e arrancou a mangueira de reabastecimento. O compartimento espalhou gasolina pelo pit lane e acertou o carro do compatriota Kimi Raikkonen da Ferrari. O Homem de Gelo se transformou em Tocha Humana por alguns instantes. A cena é forte, mas nada de grave ocorreu.

Na frente da prova, enquanto Button galgava lugares, mas agora por competência própria, Rubinho fazia um ótimo primeiro setor de prova. Quando parou para reabastecer, a equipe mudou a estratégia do brasileiro. Novamente deu errado e a proposta de uma perna de corrida mais longa deu instabilidade ao carro de Barrichello. O peso atrapalhou o rendimento dos pneus. Com isso, Mark Webber da RBR e Robert Kubica da BMW abriam vantagem para o brasileiro.

Com o título nas mãos de Button, Barrichello ainda foi ultrapassado por Lewis Hamilton. Mas logo depois, com a 4ª posição nas mãos, Rubinho parou no pit, após um suposto furo no pneu dianteiro direito. O brasileiro sentia trepidações no carro, típicas de um pneu murcho.

A vitória ficou com Webber. A segunda na carreira. Mas as atenções não estavam aí, mesmo com o talvez último pódio da BMW, com um renovado Robert Kubica – inspirado com a chance de guiar um novo carro em 2010 (Renault). O foco ficou com Jenson Button. O inglês foi regular o ano todo e venceu por merecimento o campeonato de F1. Parabéns para Rubinho, o nosso guerreiro, que não desistiu em momento algum. Para a última prova fica a luta pelo vice-campeonato, caso ocorra. será o terceiro da vida de Barrichello. Pouco para alguém que mostrou vontade, talento e empenho nos 17 anos de F1. Valeu Rubinho!

• 1- Mark Webber (RBR) - Vencedor
• 2- Robert Kubica (BMW) + 7.6 s
• 3- Lewis Hamilton (McLaren) + 18.9 s
• 4- Sebastian Vettel (RBR) +19.6 s
• 5- Jenson Button (Brawn Gp) + 29.0 s
• 6- Kimi Raikkonen (Ferrari) + 33.3 s
• 7- Sebastien Buemi (STR) + 35.9 s
• 8- Rubens Barrichello (Brawn Gp) + 45.4 s

A chance

imagem: f1.com

Foi tudo o que Barrichello pediu: pole-position, Button em 14º e Vettel em 16º.

Um dia marcado por chuvas fortes que atrasaram e pararam os treinos diversas vezes, fazendo alguns pilotos sofrerem. Button e Vettel foram dois deles. O alemão não passou da primeira parte do treino, quando a chuva caiu forte e fez com que o carro aquaplanasse em linha reta. Saiu bravo com a equipe. O inglês, cauteloso, não arriscou na segunda parte do treino e ficou por ali mesmo. Já Barrichello passou para a Q3 na ultima vaga, foi o 10º.

Com o carro mais leve do grid, Rubens marcou a pole sendo apenas 92 milézimos mais rápido que o australiano Mark Webber da RBR, o que indica que para vencer, Barrichello terá que fazer quase o impossível.

Lembrando que para Button ser campeão no Brasil, é necessário um desses casos:

1) Vencer a prova e Barrichello terminar na 4º colocação.

2) For 2º colocado e Barrichello terminar a prova na 6ºcolocação.

3) For 3º colocado e Barrichello terminar na 8º posição.

4) For 4º colocado e Barrichello abandonar a prova ou ficar fora da zona de pontuação.

Destaques especiais para as duas McLarens, que vão largar na 17ª e 18ª posição, Giancarlo Fisichella, que rodou e vai largar em último com a Ferrari e Romain Grosjean, que rodando muito, parece tentar ajudar Luca di Grassi a conseguir a vaga na equipe Renault para o próximo ano.

Confira o Grid de largada e os pesos para o Gp de Interlagos, no Brasil:

1 - Rubens Barrichello (Brawn GP) - 1:19.576 - 650,5kg
2 - Mark Webber (RBR) – 1:19.668 - 656
3 - Adrian Sutil (Force India) - 1:19.912 - 656,5
4 - Jarno Trulli (Toyota) - 1:20.097 - 658,5
5 - Kimi Raikkonen (Ferrari) - 1:20.168 - 651,5
6 - Sebastien Buemi (STR) – 1:20.250 - 659
7 - Nico Rosberg (Williams) – 1:20.326 - 657
8 - Robert Kubica (BMW-Sauber) – 1:20.631 - 656
9 - Kazuki Nakajima (Williams) – 1:20.674 - 664
10 - Fernando Alonso (Renault) – 1:21.422 - 652

11 - Kamui Kobayashi (Toyota) - 1:21.960 - 671,6kg *
12 - Jaime Alguersuari (STR) - 1:22.231 - 671,5*
13 - Romain Grosjean (Renault) - 1:22.477 - 677,2 *
14 - Jenson Button (Brawn GP) – 1:22.504 - 672*
15 - Vitantonio Liuzzi (Force India) – Sem tempo - 680 *

16 - Sebastian Vettel (RBR) - 1:25.009 - 683,5kg **
17 - Heikki Kovalainen (McLaren) - 1:25.052 - 656,5 **
18 - Lewis Hamilton (McLaren) – 1:25.192 - 661 **
19 - Nick Heidfeld (BMW-Sauber) - 1:25.515 - 650,5 **
20 - Giancarlo Fisichella (Ferrari) - 1:40.703 - 683,5 **

Q2 *

Q3 **

Um terceiro lugar já basta

O site de esportes da Globo divulgou a imagem do troféu que será entregue ao terceiro colocado em Interlagos. Os de 1º e 2º lugares ainda não estão prontos. Feito após reciclagem dos copinhos descartáveis, usados no autódromo, a obra é muito singular. Diferente de todos do ano. Para que Jenson Button se torne campeão mundial de F1 no domingo, um 3º lugar dá o título ao inglês sem depender de resultados.

Os dois postulantes ao título que correm atrás de Button, Barrichello e Vettel, já demonstraram que estão melhores que o inglês em Interlagos. Em ambos os treinos livres, Barrichello ficou a frente do líder. Como já postado aqui, o alemão ficou na frente de Button apenas no TL1, no segundo treino Vettel foi 7º e o piloto da Brawn 5º. Barrichello foi o 3º e mostra um bom desempenho em casa. Aliás no TL2, Giancarlo Fisichella deixou o motor de sua Ferrari morrer na saída dos boxes.

Falando no desempenho do brasileiro, ele já mostrou ser rápido em Interlagos. Os resultados em treinos são bem diferentes com relação as corridas. Ele foi pole duas vezes com a Ferrari – 2003 e 2004. Também conseguiu um 4º lugar em 2000 com a equipe italiana. Em 1996 Barrichello largou em 2º com a Jordan. No ano de 1999, com a Stewart, Rubinho saiu em 3º.

Entretanto os resultados em prova não são tão satisfatórios assim. Barrichello, ao todo, marcou 14 pontos no Brasil. Rigorosamente o mesmo número que tem de desvantagem para Button. Em duas provas – contando com o algoz circuito brasileiro – Rubinho precisa fazer mais pontos – no mínimo 15 – que fez em toda a história dele, na F1, em Interlagos. O retrospecto realmente não esta a favor de Barrichello.

Clima tipicamente paulistano

Era de se esperar um tempo instável em São Paulo. Não deu outra. O TL1 (Treino Livre 1) aconteceu sob muita influência da chuva. Em momentos do treino ela veio forte, outras horas ficava fraca ou até mesmo parava. Caso a corrida tenha esse clima, veremos muitas estratégias, onde tudo pode acontecer.

Na primeira manhã de velocidade em Interlagos, Mark Webber, já fora das chances de brigar pelo título mundial, foi o mais rápido. O brasileiro Rubens Barrichello ignorou a baixa temperatura da pista, que não favorece a Brawn, e marcou o 2º tempo. Atrás dele mais uma RBR, mostrando que a equipe austríaca veio forte para o Brasil, com Sebastian Vettel. Jenson Button foi o 7º colocado com 1m13s141.

Entre alguns problemas, rotineiros nos treinos livres da F1, Sebastien Buemi da STR bateu e quebrou a roda traseira direita. Romain Grosjean, sempre ele, atropelou uma das placas de isopor que mostram limites de velocidade e ficam ao lado da pista – mesmo acidente que Nelsinho Piquet teve na China, com o mesmo carro da Renault de número 8. Rubens Barrichello também errou quando passou demais na zebra – todas pintadas em verde e amarelo – e rodou. Mas nada que influenciasse o desempenho do brasileiro.

Tempos do TL1

• 1. Mark Webber RBR 1m12s463 - 29 voltas
• 2. Rubens Barrichello Brawn 1m12s874 - 32 voltas
• 3. Sebastian Vettel RBR 1m12s932 - 27 voltas
• 4. Heikki Kovalainen McLaren 1m12s989 - 25 voltas
• 5. Lewis Hamilton McLaren 1m13s048 - 25 voltas
• 6. Kazuki Nakajima Williams 1m13s067 - 21 voltas
• 7. Jenson Button Brawn 1m13s141 - 29 voltas
• 8. Nico Rosberg Williams 1m13s147 - 23 voltas
• 9. Adrian Sutil Force India 1m13s232 - 23 voltas
• 10. Kimi Raikkonen Ferrari 1m13s321 - 24 voltas
• 11. Jarno Trulli Toyota 1m13s326 - 26 voltas
• 12. Nick Heidfeld BMW 1m13s464 - 28 voltas
• 13. Sebastien Buemi STR 1m13s503 - 24 voltas
• 14. Robert Kubica BMW 1m13s563 - 24 voltas
• 15. Giancarlo Fisichella Ferrari 1m13s619 - 23 voltas
• 16. Fernando Alonso Renault 1m13s787 - 28 voltas
• 17. Vitantonio Liuzzi Force India 1m13s829 - 26 voltas
• 18. Kamui Kobayashi Toyota 1:14.029 1.566 - 27 voltas
• 19. Jaime Alguersuari STR 1m14s040 - 38 voltas
• 20. Romain Grosjean Renault 1m14s173 - 23 voltas
  

Sem comparação

O mundial de pilotos está cada vez mais próximo de ser decidido. Amanhã começam os treinos livres do Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos. As 10 horas da manhã o TL1 tem início, como sempre com transmissão do Sportv.

Como estamos falando de São Paulo, e nos últimos dias a chuva que destelhou casas na região sul do Brasil, sobe em direção ao sudoeste do território nacional, o final de semana em Interlagos deve ter muita água. A probabilidade é de 60% de chuva na corrida e nos treinos livres. Para o sábado, a chance de chuva é de 40%. Quem sabe veremos uma corrida como na Malásia. Vimos a chuva parando e voltando, vezes forte, vezes fraca. Uma instabilidade típica do clima brasileiro.

A reviravolta no tempo pode não ocorrer e a previsão deve se confirmar. Rubens Barrichello já declarou – como falamos aqui no 1º GP em algumas oportunidades – que com Sol e clima quente, a Brawn rende mais que a RBR. E isso faz a diferença. Com chuva, todo potencial aerodinâmico da equipe inglesa cai por “água a baixo”. Na água a RBR parece ser mais forte, com Sol a Brawn deve levar vantagem. Não esquecendo, é claro, da Mclaren, que novamente corre por fora, e deve fazer bonito na pista brasileira.

Agora é o momento de explicar o título deste texto. A cerveja Itaipava vai patrocinar os carros da Brawn nesse final de semana decisivo. A equipe inglesa vai faturar muito no Brasil. Além da cervejaria, a bebida energética TNT e o Banco do Brasil vão dar um colorido a mais aos “carros brancos”. E também um brilho a mais nos cofres ingleses. Só esqueceram de avisar ao pessoal da Itaipava que colocaram o carro de Jenson Button no site oficial. Mancada.

Com um pódio o inglês é campeão mundial de 2009, sem depender dos resultados de Sebastian Vettel e Rubens Barrichello. Para Rubinho se manter na briga do título mundial, deve fazer 5 pontos a mais que o inglês. Para o alemão da RBR as contas são mais difíceis. São 7 pontos a mais que ele deve conseguir em relação à Button para se manter na disputa até a última prova em Abu Dhabi.

Mundial de pilotos:

• 1 Jenson Button Inglaterra Brawn-Mercedes 85
• 2 Rubens Barrichello Brasileiro Brawn-Mercedes 71
• 3 Sebastian Vettel Alemão RBR-Renault 69
• 4 Mark Webber Australiano RBR-Renault 51.5
• 5 Kimi Räikkönen Finlândes Ferrari 45
• 6 Lewis Hamilton Inglês McLaren-Mercedes 43
• 7 Nico Rosberg Alemão Williams-Toyota 34.5
• 8 Jarno Trulli Italiano Toyota 30.5
• 9 Fernando Alonso Espanhol Renault 26
• 10 Timo Glock Alemão Toyota 24
• 11 Felipe Massa Brasileiro Ferrari 22
• 12 Heikki Kovalainen Finlândes McLaren-Mercedes 22
• 13 Nick Heidfeld Alemão BMW Sauber 15
• 14 Robert Kubica Polonês BMW Sauber 9
• 15 Giancarlo Fisichella Italiano Ferrari 8
• 16 Adrian Sutil Alemão Force Índia 5
• 17 Sebastien Buemi Suiço STR-Ferrari 3
• 18 Sebastien Bourdais Francês STR-Ferrari 2

Mundial de construtores

• 1 Brawn-Mercedes 156
• 2 RBR-Renault 120.5
• 3 Ferrari 67
• 4 McLaren-Mercedes 65
• 5 Toyota 54.5
• 6 Williams-Toyota 34.5
• 7 Renault 26
• 8 BMW Sauber 24
• 9 Force India-Mercedes 13
• 10 STR-Ferrari 5

Alguém pediu um brasileiro ai?

Aproveitando a deixa da dança das cadeiras, vale lembrar que o Brasil provavelmente estará bem servido de brasileiros nos próximos anos, ou pelo menos, dois brasileiros estarão garantidos entra as 24, 26 ou 28 vagas na categoria top do automobilismo mundial, podendo esse número se estender para cinco, ou talvez seis..

Veja só:
Primeiramente, por mais um, dois ou até mesmo três anos (ou mais talvez?!), temos Rubens Barrichello. Depois, nossa maior esperança entra nas pistas com Felipe Massa, por, acredito eu, talvez mais uns 10 anos.

Então surgem os representantes que ainda estão em outras categorias:
Luca di Grassi: atualmente na GP2, vai correr pela Renault no Brasil e com os péssimos resultados de Grosjean poderá assumir a vaga no ano que vem, se conseguir oferecer um pouco mais de dinheiro para entrar na categoria que seus atuais concorrentes da GP2.

Bruno Senna: Ainda é o Sobrinho do tricampeão. Bruno está muito próximo de entrar na Fórmula 1 em alguma das equipes novas, ou na Force India. Acredito que todos os brasileiros e até mesmo os apaixonados pelo esporte no mundo estão esperando para que o piloto entre em cena (com “C”). Dinheiro e patrocínios não devem faltar.

Antonio Pizzonia: Em estágio de conversação e acerto com algumas equipes novas. Também está quase certo para o ano que vem. Ele diz estar muito mais preparado e experiente do que da ultima vez que atuou e nada obteve. Força Slash!

Nelsinho Piquet: Carta quase fora do baralho para o ano que vem. Porém, após o Gp do Brasil, Nelsinho diz que vai conversar com algumas equipes para tentar voltar para a Fórmula 1 em 2010.

Henrique Bernoldi: 2010 não. 2011 talvez. Os resultados positivos que o piloto está conquistando na Europa podem o ajudar.

Felipe Nasr: 17 anos e uma das revelações brasileiras. Por onde passou colecionou títulos. Este ano foi campeão europeu da Fórmula BMW e iria ser o piloto mais jovem a testar um carro de Fórmula 1 no final deste ano, mas com a venda da BMW, provavelmente não testará. Seu talento é indiscutível, como diria Galvão Bueno, “anotem o nome desse menino”.

Fora outros brasileiros que também podem conquistar um espaço na Fórmula 1, são oito brasileiro, cinco deles podem estar nas pistas no ano que vem. A esperança de um novo campeão mundial renasce à cada ano em cada coração.

Dança das cadeiras

Todo final de ano na Fórmula 1 é assim: movimentado ao extremo. As últimas corridas do ano já possuem novos pilotos. Esse ano não foi diferente. Para Interlagos dois são esperados. O primeiro é Kamui Kobayashi, substituindo o machucado Timo Glock na Toyota. O segundo, mas mais importante para os brasileiros, é Lucas de Grassi.

O paulista está cotado para assumir o cockpit da Renault, no Brasil. No lugar, é claro, de Romain Grosjean. O brasileiro luta por uma vaga ao lado de Robert Kubica, nome confirmado na equipe francesa no ano de 2010. A chance em casa é fundamental para as pretenções do ano seguinte.

A danças das cadeiras na F1 está cada dia melhor. Hoje, a Rede Globo anunciou o acerto entre Rubens Barrichello e Williams. Mesmo com as críticas do Senhor Frack para cima do brasileiro, dizendo que ele reclamava demais, após o GP da Espanha deste ano, os ingleses, pelo que diz a Globo, buscaram Rubinho para a vaga de Nico Rosberg – o alemão que provavelmente estará na Brawn em 2010.

Na Ferrari, como todos já sabem, Fernando Alonso será o parceiro do recuperado Felipe Massa. Na pista de Fiorano, na Itália, o piloto voltou a guiar um carro de F1, o modelo 2007 da equipe italiana. Massa esta 100% recuperado e não vê a hora de voltar. De acordo com os dirigentes da equipe de Maranello, o brasileiro não volta em 2009.

Takuma Sato é outro que deve retornar ao circo da velocidade. Em entrevista ao site Autosport, o japonês voador contou que a Fórmula 1 é a categoria do automobilismo que mais ama – recentemente estava na Fórmula Indy – e que está em conversação com alguns times. Sato falou também do líder do mundial, Jenson Button, parceiro do japonês na antiga B.A.R. – British American Racing –. “Em 2004 nós éramos competitivos e fomos mostrando nossa velocidade. Um de seus pontos fortes foi a consistência, e ele certamente está mostrando esse ano”.

O 1º GP se desculpa pela falta de textos nas últimas semanas, e informa que isso não ocorrerá mais. Super Abraço.

Vettel respira

O mundial de pilotos está praticamente decidido, mas não consumado. Quem se deu bem no GP do Japão foi o garoto Sebastian Vettel. Ele é o piloto que tem menos possibilidades de título. O alemão venceu, mas as chances são poucas. Desde a tranquila largada, Vettel não teve adversários a altura do desempenho de sua RBR. Dividiram o pódio com ele Jarno Trulli, que levou a Toyota ao segundo posto, pela segunda corrida seguida, mas dessa vez em casa e Lewis Hamilton da Mclaren.

“Consegui manter uma distância boa e de forma rápida. Tomei cuidado com os pneus com a entrada do Safety Car. Depois disso foram 3 ou 4 voltas fenomenais [últimas da prova]”, disse um esperançoso Vettel na entrevista coletiva ao final da prova, transmitida pelo Sportv. De certa forma o alemão possui até mais chances que Barrichello, já que ele utiliza um carro diferente de Jenson Button. A desigualdade de acerto no carro pode acontecer em qualquer corrida daqui pra frente, como em Susuka. Rubinho nunca terá um carro tão superior ao de Button, já que as informações de mudança de acerto são visíveis tanto para um, quanto para outro.

Enquanto Mark Webber dava adeus ao sonho do título com 4 paradas no box, a corrida teve duas batidas que ajudaram demais o inglês líder do mundial. A primeira foi entre Adrian Sutil da Force Índia e Heikki Kovalainen da Mclaren. A vantagem de Rubinho com relação a Button só aumentava com os dois pilotos entre eles [o terceiro era Nico Rosberg]. Mas o toque aconteceu e o inglês teve pista livre. Com um rendimento superior ao do brasileiro, ele foi apagando a diferença entre ambos.

Ao final da prova, quando Barrichello era apertado por Button, Jaime Alguersuari da STR bateu novamente [a primeira foi no sábado]. O Safety Car teve que entrar e aproximou todos os carros. Ele ficou por 4 voltas e foi decisivo na tática de Rosberg da Williams. O alemão conseguiu duas posições nessa brincadeira e passou Rubens Barrichello. O brasileiro terminou em 7º, uma posição a frente de Button.

“As chances são pequenas, mas não tão pequenas quanto o déficit de 26 pontos que eu tive em um momento, então elas existem. Tenho que ir lá e vencer a corrida. Este é o objetivo. O resto é o resto, não me importa”, afirmou Barrichello em entrevista ao site Autosport. O inglês, líder do mundial desde a primeira prova, tem 14 pontos de vantagem para Rubinho e 16 para Vettel. Precisa apenas administrar para tornar-se campeão do mundo no Brasil.

• 1- Sebastian Vettel (RBR) - Vencedor
• 2- Jarno Trulli (Toyota) + 4.8 s
• 3- Lewis Hamilton (McLaren) + 6.4 s
• 4- Kimi Raikkonen (Ferrari) +7.9 s
• 5- Nico Rosberg (Williams) + 8.7 s
• 6- Nick Heidfeld (BMW Sauber) + 9.5 s
• 7- Rubens Barrichello (Brawn Gp) + 10.6 s
• 8- Jenson Button (Brawn Gp) + 11.4 s

Poderia ser o Button

Forte batida de Timo Glock. Ele foi encaminhado ao centro médico

O treino classificatório para o GP de Suzuka foi movimentado. Foram 5 batidas fortes, sendo que duas acionaram a bandeira vermelha na pista – treino interrompido. Sem contar o problema de Mark Webber da RBR. O australiano bateu forte no 3º treino livre (TL3) e com isso não participou do qualifyng. Faltou o problema com Jenson Button. O inglês chegou a tocar com Sebastian Buemi da STR – um dos que se acidentaram – no TL3, mas nada demais ocorreu.

Muitas punições também existiram. As duas Brawn não diminuíram a velocidade em trecho de bandeira amarela e vão perder 5 posições cada. Adrian Sutil também recebeu 5 posições. Heikki Kovalainen foi um dos pilotos que bateu forte no treino. A caixa de câmbio do carro da Mclaren do finlandês quebrou. Com a troca ele também perde 5 lugares no grid. Fernando Alonso da Renault, também foi apressado como as Brawn e perde 5 posições para amanhã.

acidente de Jaime Alguersuari

Entre entreveros e batidas, Sebastian Vettel respirou no mundial de pilotos. O alemão da RBR tem poucas chances de título. Ele precisa fazer 6 pontos a mais que Button nessa prova, para seguir sonhando. Começou bem. É o pole position e o adversário larga para trás da 10ª posição. E no meio do pelotão tudo pode acontecer.

• 1. Sebastian Vettel, Red Bull, 658.5kg
• 2. Jarno Trulli, Toyota, 655.5
• 3. Lewis Hamilton, McLaren, 656
• 4. Nick Heidfeld, BMW Sauber, 660
• 5. Kimi Raikkonen, Ferrari, 661
• 6. Nico Rosberg, Williams, 684.5
• 7. Robert Kubica, BMW Sauber, 686
• 8. Adrian Sutil, Force India, 650
• 9. Rubens Barrichello, Brawn GP, 660.5
• 10. Jaime Alguersuari, Toro Rosso, 682.5
• 11. Jenson Button, Brawn GP, 658.5
• 12. Heikki Kovalainen, McLaren, 675
• 13. Giancarlo Fisichella, Ferrari, 661.5
• 14. Sebastien Buemi, Toro Rosso, 665.4
• 15. Kazuki Nakajima, Williams, 695.7
• 16. Romain Grosjean, Renault, 691.8
• 17. Fernando Alonso, Renault, 689.5
• 18. Vitantonio Liuzzi, Force India, 682.5
• 19. Timo Glock, Toyota, n/a
• 20. Mark Webber, Red Bull, n/a
  
  

Atenção voltada para o lado de fora da pista

Essa primeira imagem resume o TL2 (Treino Livre 2). A visão ficou mais para o lado de foramda pista, do que dentro. Os carros apareceram apenas nos últimos 10 minutos, quando os tempos começaram a surgir. Durante toda a uma hora e vinte, os holofotes e as máquinas fotográficas registravam apenas os bastidores da prova. Vitantonio Liuzzi que o diga.

O “fotógrafo” italiano voltou a andar na frente. Foi o 3º com uma impressionante Force Índia, que marcou o melhor tempo com Adrian Sutil. A chuva foi tão forte que alguns carros nem ousaram sair para a pista: Barrichello, Button e Kovalainen, o último teve o melhor tempo do dia.

A volta mais rápida de Sutil, no TL2, fica longe da pior marca de Romain Grosjean, último no primeiro treino: 1:47.261 do alemão, contra 1:43.572 do piloto da Renault. Destaque do treino fica pela velocidade de Sebastien Buemi no molhado. O piloto da STR já havia mostrado suas qualidades na pista com chuva. Novamente chamou a atenção com duas boas classificações. Foi 5º na primeira sessão e 6º no TL2.

O novo ferrarista, Fernando Alonso, em suas últimas voltas com a Renault, marcou o 7º tempo nos dois treinos, mostrando a velocidade quem tem debaixo d’água. Dos bons pilotos em chuva, apenas Barrichello não confirmou a qualidade. Sebastian Vettel fez o segundo tempo no TL2. A classificação de sábada deve ser com pista seca, o que trás uma incógnita para a cabeça das equipes e dos astros. Confira a lista de tempos da segunda sessão: http://www.formula1.com/results/season/2009/820/6684/.

imagem: formula1.com